quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ricardo Araújo Pereira esmiuça "O Watergate Português"

"A História repete-se, primeiro como tragédia, depois como farsa". Aqui está mais uma frase de Marx que demonstra o modo como, em certos aspectos, o seu pensamento está desactualizado ou incompleto. Marx não soube perceber (mas quem o censura?) que, quando se repete em Portugal, a História volta na forma de um espectáculo que está vários furos acima da farsa - quer em termos de ridículo, quer quanto à riqueza do enredo. O recente caso do Watergate português merece, por isso, ser analisado mais do ponto de vista humorístico que do ponto de vista político. Felizmente, há muito para dizer. 
 
A primeira grande diferença entre a complexa história de espionagem americana e a nossa soberba comédia talvez seja o facto de, nos Estados Unidos, as escutas existirem mesmo. Parecendo que não, numa história de escutas, isso faz alguma diferença. Em Portugal, até ver, as escutas são imaginárias, o que confere à história este carácter encantadoramente rocambolesco - e muito português: os americanos agem, colocam escutas, espiam mesmo; os portugueses imaginam que estão a ser escutados, fantasiam sobre espionagem, convidam os jornais a efabularem com eles".
 
Podem ler na íntegra na Visão on-line aqui.
 
 

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