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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Verão, a estação da preguiça / Summer, the lazy season


Amos Sewell (1901-1983)


“Deep summer is when laziness finds respectability.” 

Sam Keen

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

terça-feira, 6 de agosto de 2013

A alma nua / The soul laid bare






Words dazzle and deceive because they are mimed by the 
face. But black words on a white page are the soul laid 
bare.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Com este calor aqui fica "SORVETE & POESIA"









SORVETE & POESIA


Sorvete é ouro gelado. Quem não gosta
de sorvete que ande pelado pela Paulista

ou diga o porquê desse doce não querer.
Sorvete parece uma gostosa escultura pop:

bola colorida sobre cone. Ao telefone,
conheço quem se atrapalhou – Alô!

O sorvete no ouvido. Duvida? Verdade!
Era um sorvete de brevidade e breve foi

a conversa – fria e fiada e toda melada.
De outra feita, vi namorado e namorada

no semáforo, a lamber os lábios entre um
e outro beijo, os olhos nos sinais, sem mais

nem menos, como se bolas de sorvete: verde
abacate, amarelo manga, vermelho morango.

Coisa de maluco. Maluco por sorvete. Ninguém
chupa sorvete com cara amarrada. Sorvete

para a bem amada, sorvete para o mal-amado.
Sorvete faz todo mundo feliz, ainda que por um

triz. E tem sorvete para todas as tribos:
de abacaxi para quem abaixa aqui; de caju

para o nome que não cabe aqui; de caqui
para continuar rimando com aqui; de limão

para quem diz não; exótico para o gótico;
de ameixa para quem se queixa; de jabuticaba

para quem se acaba; de chocolate para o cão
que late; de uva para a viúva; de hibisco

para o bispo; de bacuri para Rita Lee; de suspiro
para Biro Biro; de abil para abril; de sapoti

para ti; de baunilha para a família; de geleia
de Pandora para Dulcineia Catadora; de rapadura

para a ditadura; de alecrim para o arlequim; de
jambo para o tocador de banjo; de paçoca para

quem não toca; de não sei de quê para a banda
Cansei de Ser; sexy para as patricinhas; quente

para os pracinhas; de creme para Carla Caffé;
de tapioca para os índios na oca; de atalarico

para Márcia Larica; de amendoim
para os praticantes de do in; de taperebá

para o bebê e a babá; de pera para Peri;
de açaí para Ceci e para o saci… Enfim, tem

sorvete que chega; para você, para mim.
Já viu que sorvete é o único doce gelado

que a boca come até o cabo? Coisa
gostosa é morder uma crocante casquinha

até o fim. Doce mágica: lambidas e mordidas
e tudo desaparece diante dos próprios olhos.

Numa sorveteria, os olhos são maiores
que a barriga. E chupar sorvete

de olhos fechados? A esfera gelada que
a língua contorna sinuosa em lentos

movimentos circulares… Posso continuar
a escrever um monte de palavras geladas

para você sorver como a um sorvete. Mas
o poema já está gordo. Pena que sorvete

engorda. Concorda? Mas isso já é
uma outra história.



Guilherme Mansur

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