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quinta-feira, 9 de março de 2017

O humor corrosivo de Ruben Bolling em relação a Donald Trump / The corrosive humor of Ruben Bolling´s cartoons about Trump


Com quase 30 anos de vida, “Tom The Dancing Bug”, publicado ao longo das décadas em vários jornais e que, todos os dias, pode ser visto no site BoingBoing.net, acaba de ser distinguido com o prémio Herblock Prize Award, na categoria de cartoon editorial. 

Porquê agora? Porque ao longo de 2016, marcado pelas eleições norte-americanas, por vários acontecimentos 'nonsense' e pela inesperada (?) vitória de Donald Trump, a acutilância política dos desenhos de Ruben Bolling fez-se sentir.Confirmem abaixo.

Clique na imagem para aumentar.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Mister Trump, how about America First and Portugal Second? :D




Depois do excelente vídeo dos holandeses a apresentar o seu país a Donald Trump, é a vez de Portugal o fazer com o mesmo humor. Foi divulgado no programa "5 Para a Meia-Noite", exibido na RTP:

"America first e The Netherlands second? A sério? Como assim? Olha agora, querem ficar em segundo e passar a perna ao resto da Europa… Então não estávamos todos juntos nisto? Se é assim então… alguém a ficar em segundo, seremos nós. America First e Portugal second! Mister Trump, you’ve got a message. E vocês também, túlipas d’um caneco.
Este vídeo faz parte do movimento Comedyagainsttrumpism, para o qual tivemos a honra de ser convidados. Bélgica, Espanha, Alemanha, Áustria, Suiça, Dinamarca, Islândia, Estónia, Lituânia, Eslováquia… e até a Austrália, competem connosco pelo segundo lugar na gavetinha do Trump".

Vale a pena ver:


:D



quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

terça-feira, 11 de junho de 2013

Carta aos desempregados por Ricardo Araújo Pereira




CARTA AOS 19% 
(Ricardo Araújo Pereira) 

Caro desempregado, 
Em nome de Portugal, gostaria de agradecer o teu contributo para o sucesso económico do nosso país. Portugal tem tido um desempenho exemplar, e o ajustamento está a ser muito bem-sucedido, o que não seria possível sem a tua presença permanente na fila para o centro de emprego. Está a ser feito um enorme esforço para que Portugal recupere a confiança dos mercados e, pelos vistos, os mercados só confiam em Portugal se tu não puderes trabalhar. O teu desemprego, embora possa ser ligeiramente desagradável para ti, é medicinal para a nossa economia. Os investidores não apostam no nosso país se souberem que tu arranjaste emprego. Preferem emprestar dinheiro a pessoas desempregadas. 

Antigamente, estávamos todos a viver acima das nossas possibilidades. Agora estamos só a viver, o que aparentemente continua a estar acima das nossas possibilidades. Começamos a perceber que as nossas necessidades estão acima das nossas possibilidades. A tua necessidade de arranjar um emprego está muito acima das tuas possibilidades. É possível que a tua necessidade de comer também esteja. Tens de pagar impostos acima das tuas possibilidades para poderes viver abaixo das tuas necessidades. Viver mal é caríssimo. 

Não estás sozinho. O governo prepara-se para propor rescisões amigáveis a milhares de funcionários públicos. Vais ter companhia. Segundo o primeiro-ministro, as rescisões não são despedimentos, são janelas de oportunidade. O melhor é agasalhares-te bem, porque o governo tem aberto tantas janelas de oportunidade que se torna difícil evitar as correntes de ar de oportunidade. Há quem sinta a tentação de se abeirar de uma destas janelas de oportunidade e de se atirar cá para baixo. É mal pensado. Temos uma dívida enorme para pagar, e a melhor maneira de conseguir pagá-la é impedir que um quinto dos trabalhadores possa produzir. Aceita a tua função neste processo e não esperneies. 

Tem calma. E não te preocupes. O teu desemprego está dentro das previsões do governo. Que diabo, isso tem de te tranquilizar de algum modo. Felizmente, a tua miséria não apanhou ninguém de surpresa, o que é excelente. A miséria previsível é a preferida de toda a gente. Repara como o governo te preparou para a crise. Se acontecer a Portugal o mesmo que ao Chipre, é deixá-los ir à tua conta bancária confiscar uma parcela dos teus depósitos. Já não tens lá nada para ser confiscado. Podes ficar tranquilo. E não tens nada que agradecer.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Estou assustada com o estado deste país!


Como vai ser a vida dos portugueses no próximo ano ( e a minha e da minha família), com as medidas de austeridade que constam no novo orçamento de estado?

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Temos de parar de ser tão sensíveis em relação ao nosso governo...


 Cate Blanchett fotografada por Annie Leibovitz.


Mais uma crónica contundente de Ricardo Araújo Pereira:

"O aluno do ISCSP que terá assobiado e insultado o primeiro-ministro foi alvo de um inquérito disciplinar. Aqui está um procedimento potencialmente arriscado. Dêmos graças a Deus pelo numerus clausus, porque se todo o povo português pudesse frequentar o ISCSP, a Portucel não conseguiria produzir resmas suficientes para registar tanto processo. Impossibilitado pelo regulamento académico de inquirir toda a população de Portugal, o presidente do ISCSP teve de contentar-se com uma única inquirição.

(...)

Infelizmente, as notícias sobre o caso não revelam o teor do insulto proferido. Numa altura em que milhares de cidadãos se manifestam com sanha, gritam palavras de ordem azedas, concebem cartazes obscenos e ainda injuriam avulsamente no dia-a-dia, um rapaz de 20 anos consegue congeminar um insulto que se destaca de todos os outros. Que estupenda ignomínia foi essa?

(...)

Em defesa do estudante, tem sido dito que o governo também insulta os portugueses. E deu-se como exemplo a recente intervenção de António Borges, segundo o qual os empresários portugueses críticos da TSU não passariam do primeiro ano do curso que lecciona na universidade. Ora, sucede que isto não é um insulto. António Borges não está a sugerir que os empresários não seriam capazes de obter a licenciatura. Não passar do primeiro ano não impede ninguém de tirar o curso. Miguel Relvas não passou do primeiro ano e nem por isso deixou de se licenciar. Temos mesmo de parar de ser tão sensíveis".

Leia na íntegra AQUI.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

"Passos Coelho e Vítor Gaspar descobriram que o limite da algibeira dos portugueses é como a linha do horizonte"

 
Pois é, nesta altura é difícil ver a luz ao fundo do túnel...é só túnel e mais túnel...e nós continuamos no escuro...



Palavras de Ricardo Araújo Pereira para a revista Visão:
 
"O limite da algibeira dos portugueses é como a linha do horizonte: por mais que nos aproximemos dele, nunca o atingimos. Passos Coelho e Vítor Gaspar descobriram que, tal como a terra, também a algibeira dos portugueses é redonda - e serão ambos apontados como pioneiros quando se fizer a história da astronomia dos bolsos.
 
Atrás de sacrifícios, sacrifícios vêm. E só os sacrifícios que fizemos no passado nos oferecem agora a possibilidade de estar na posição privilegiada de poder fazer novos sacrifícios. Pouco a pouco, o Governo começa a fazer cortes significativos na despesa: ainda agora cortou 100 milhões de euros na despesa dos grandes empresários. E o trabalho está muito mais barato - excepto para o trabalhador, que tem de pagar um pouco mais para trabalhar. Mas são as leis do mercado: quando um bem escasseia, o seu valor aumenta. Como há poucos empregos, os que existem são caros. E estaremos perto do momento de viragem, em que o Governo deixará de pedir aos portugueses e passará a oferecer-lhes. É por volta da altura em que se atinge este volume de impostos que se costuma oferecer ao trabalhador dois presentes: umas grilhetas e um chicote".


Ler na íntegra AQUI.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Poema sobre a actualidade nacional QUERO LÁ SABER!

Este texto foi-me enviado por e-mail sem indicar o nome do autor. Isso queria eu saber! Mas aqui fica o anónimo manifesto em verso:


QUERO LÁ SABER!

      Eu quero lá saber
      Da roubalheira e da alta corrupção
      Que o Djaló esteja no Benfica ou no Casaquistão
      Que não se consiga controlar a inflação


      Eu quero lá saber
      Que haja cada vez mais desempregados
      Que dêem diplomas e haja cursos aldrabados
      Que me considerem reformada ou um excedentária?
      Que se financie cada vez mais a fundação do Mário
      Que se ilibe o Sócrates do processo
      Que não haja na democracia um só sucesso


      Eu quero lá saber
      Que o Sócrates já não finja que namora a Câncio
      Que o BCE se livre do pavão armado do Constâncio
      Que roubem multibancos com retroescavadora
      Que o Nascimento esburaque os processos à tesoura
      Que deixe até  de haver o feriado do 1º de Maio
      Que a tuberculose seja mesmo um tacho pró Sampaio
      Que em Bruxelas mamem muitos deputados
      Que o Guterres trate apenas dos refugiados
      Que a nós nos deixou bem entalados


      Eu quero lá saber
      Que ele vá a cento e sessenta e não lhe preguem uma multa
      Que amanhã ilibem os aldrabões da face oculta
      Que o Godinho pese a sucata e abata a tara
      Que pra compensar mande uns robalos ao Vara
      Que o buraco da Madeira sobre também para mim
      Que a Merkl se esteja borrifando pró Jardim


      Eu quero lá saber
      Que a corja dos deputados só se levante ao meio-dia
      Que a "justiça" indemenize os pedófilos da Casa Pia
      Que não haja aumentos de salários nem digna concertação social
      Que os ministros e gestores ganhem muito e façam mal
      Que Guimarães este ano se mantenha a capital
      Que alguem compre gasolina na cidade de Elvas
      Que só abasteça o condutor do Dr. Relvas
      Que na Assembleia continuem  230 cretinos
      Que nas autarquias haja muitos Isaltinos
      Que o Álvaro por tu ai esse sim hei-de eu vir a tratar
      Que se lixe o falar doce do grande actor Gaspar
      Que morram os pobres e os velhos portugueses
      Que eles querem é que fiquem só os alemães e os franceses


      Eu quero lá saber
      Que o Zé seja montado quer por baixo quer por cima
      Que a justiça safe bem depressa o influente Duarte Lima
      Que o bancário Costa não volte a dormir na prisão
      Que o Cavaco chegue ao fim do mês sem um tostão
      Que na Procuradoria continue o Pinto Monteiro
      Que prós aldrabões tem sido um gajo porreiro
      Que os offsores andem a lavar dinheiro
      Que o BPN tenha sido gamado pelo Loureiro
      Que no BPP prescrevam os processos do Rendeiro
      Que à CEE presida um ex-maoista sacana e manhoso
      Que agora é o snob democrata Zé Manel Barroso


      Tudo isto já nada pra mim tem de anormal
      Mas o que eu quero mesmo saber
      é onde está o meu país chamado PORTUGAL
      que isto aqui é vilanagem pura, roubalheira, corrupção
      Meu Deus manda de novo o Marquês de Pombal
      antes que este povo inerte, permita a destruição !!!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ricardo Araújo Pereira: "Procurem a poesia no desemprego"


O desemprego ilustrado por Jon Keegan.


E  a crónica desta semana de Ricardo Araújo Pereira para a revista Visão:

Quando Pedro Passos Coelho reconheceu que o nível da carga fiscal, no nosso país, é insuportável, mostrou a todos que a direita também pode ser sonhadora. Que pode ambicionar ir além do possível, rejeitar o espartilho do realismo e tornar viável aquilo que, à primeira vista, parece não passar de uma fantasia. O primeiro-ministro admite que a carga fiscal é insuportável, mas não é por isso que deixa de pedir aos portugueses que a suportem. Suportem o insuportável, diz ele. Passos Coelho descobriu uma utopia na nossa algibeira.

Acaba por ser reconfortante que, em tempos de crise, um chefe de Governo faça sonhar o povo e adopte um discurso em que a política se deixa permear pela poesia. A política não é boa, e a poesia também não, mas não há dúvida de que uma anda a permear a outra. Além de deverem suportar o insuportável, os portugueses são incentivados a olhar para o desemprego como uma oportunidade. Os rústicos que olhavam para o desemprego como desemprego devem estar bem envergonhados. Pois que façam também desse embaraço uma oportunidade: procurem a poesia no desemprego. E, como sonhar não custa dinheiro, sigamos o exemplo de Passos Coelho e descortinemos oportunidades em todas as desgraças. Porquê ficar apenas pelo desemprego? Os acidentes rodoviários são uma oportunidade para trocar de carro. Os incêndios são uma oportunidade para organizar uma grande churrascada com amigos. As cheias são uma oportunidade para fazer um passeio de barco bem romântico. E a cadeia é uma oportunidade para descansar e descobrir novas sensações no duche.

O desemprego talvez seja a oportunidade mais promissora, e por isso aquela que o Governo mais acarinha. Parece que certas empresas estão a preparar oportunidades colectivas. A indemnização por despedimento tende a desaparecer. A única formalidade a cumprir cabe ao trabalhador despedido, que deve dirigir-se ao seu ex-empregador para lhe agradecer a oportunidade. Depois de beneficiar dessa oportunidade, deve aproveitá-la para empreender e inovar. A maior parte dos desempregados reduz estas actividades ao mínimo, e limita-se a tentar empreender uma ou duas refeições quentes por dia e inovar pagando contas para as quais não tem dinheiro. O problema é que a oportunidade do desemprego esgota-se na eventualidade, felizmente remota, de o desempregado encontrar emprego. Nessa altura, perdeu a oportunidade. E, embora não mereça, talvez deva receber nova oportunidade, até para animar a sua vida. O ideal é manter-se desempregado, estado em que se mantém permanentemente a aproveitar a oportunidade. É possível que haja quem não aguente e morra. Mas a morte, não sei se já adivinharam, é uma oportunidade. Para fertilizar a terra, por exemplo. É aproveitar, portugueses.

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