É Daniela Andrade, com um cãozinho amoroso e tudo. :)
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Pai Natal com livros / Santa with books
Este Pai Natal não vem de trenó puxado por renas mas num passaroco gigante com arrumação para livros!
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Um artigo para pensar: "O tempo das bibliotecas privadas está a acabar"?
Digo já que não concordo com o Pacheco Pereira. Não acho! Vivo rodeada de pessoas que alimentam metodicamente as suas bibliotecas, que lêem. E que lêem tanto livros digitais como em papel. Eu leio nos dois suportes. E leio muito.
O espaço sim, é um factor mas, por isso, a biblioteca cá de casa está em permanente evolução: há muitos livros que saem para outros entrarem.
Os miúdos lêem, vão à biblioteca da escola requisitar livros mesmo com toda a palafernália de telemóveis, computadores e tablets...Enfim, sou mais optimista no que concerne à relação dos portugueses com a literatura.
"Pelo trabalho que tenho tido de salvar livros e papéis, posso perceber algumas tendências da relação das pessoas com os livros, e ver o modo como, na substituição das gerações, numa elite letrada e educada, algumas coisas estão a mudar. É ainda uma observação muito impressionista, mas penso que fundada. Resumindo e concluindo: está a morrer uma geração que tinha muitos livros, pequenas e médias bibliotecas, e a geração dos seus filhos e netos não sabe o que há-de fazer com aquilo que herda. Não digo isto em sentido pejorativo, até porque seria contra o meu interesse próprio, pois tenho recebido muitas ofertas de bibliotecas, algumas integrais, e compreendo bem demais como os livros se podem tornar um ónus para os mais novos, que não têm condições, nem casas, nem interesse em os manter. Mesmo que os mantivessem, seriam bibliotecas mortas, sem ser usadas ou alimentadas. E uma biblioteca para ser viva precisa de alimento, de livros novos.
É verdade que mais gente lê hoje do que no passado, com a democratização do ensino e o avanço da escolarização. Mas haver mais gente a ler, não significa que se reproduzam o mesmo grau qualitativo de leitura, de necessidade de leitura, de intensidade de leitura, o hábito quase quotidiano de ler e de ler durante um tempo que hoje seria tido por “muito tempo”. A verdade é que as pessoas estão a ler de forma diferente, mas também é verdade que estão a ler menos porque, se não fosse assim, se podiam “desfazer” das pesadas bibliotecas de seus pais, mas estariam a fazer a sua, uma estante ou duas, de livros realmente lidos, ou seja, teriam mais livros do que têm. Leitores dedicados, com a mesma pulsão do passado, em ecrã, ainda é uma maravilha que está para aparecer. Duas horas a ler um romance, era um tempo trivial de leitura há 40 anos. Quem é que está duas horas diante de um ecrã a ler Balzac, Faulkner, Roth ou Coetzee? E utilizo deliberadamente estes exemplos, porque quem lê estes autores lê-os em livro, até porque, razão grande, é mais cómodo. E também não me parece que façam o mesmo a ler literatura policial, ou ficção científica ou romances cor-de-rosa, num ecrã.
Não escrevo isto por qualquer nostalgia do cheiro dos livros ou da textura do papel. Percebo que há vários tipos de livros que são substituídos com vantagem por um ecrã, e o hipertexto dá uma dimensão completamente nova a um certo tipo de leitura, introduzindo volume e dimensão espacial à folha fixa do papel. Manuais técnicos, livros de referência, enciclopédias (em parte), livros técnicos, cada vez têm mais sentido apenas em versão electrónica.
Poemas, artigos, pequenos contos, rápidos, também não fazem grande diferença. O tempo que se demora a ler é um factor. Como é um factor a fluidez da leitura de ficção, que é linear e não se coaduna com o volume do hipertexto. Mas digam-me quantos dos leitores deste artigo, novos ou velhos, leram alguma vez Eça de Queirós, Cardoso Pires, Saramago, Esteves Cardoso, Margarida Rebelo Pinto, num ecrã?
Coloquem-se a ler um livro de papel ou a ler um livro no ecrã. O texto é o mesmo, mas há várias coisas que fazemos, mesmo inconscientemente e que se fazem melhor num livro em papel do que num ecrã. Uma delas é, por exemplo, folhear, e folhear não é “procurar” como se pode fazer facilmente com um motor de busca, aí o ecrã tem vantagem, mas andar para trás e para a frente à procura de uma frase, um nome de uma personagem, uma descrição.
A favor do livro em papel jogam as nossas limitações físicas e psicológicas. E, enquanto elas não forem superadas por qualquer método que nos faça poder ver ao mesmo tempo mais espaço do que o que existe num ecrã de telemóvel, ver bem em letra pequena, estar confortavelmente horas diante de um ecrã, o livro mantém vantagem. E mesmo os jovens que estão o dia todo dependurados num telemóvel não estão a ler, mas a receber e a mandar mensagens, a ver filmes no YouTube, ou a jogar. Por isso, a tese da substituição para explicar a desaparição dos livros nas casas parece-me errada.
A gente não tem os olhos que quer, nem os ouvidos, nem a cabeça. Todos temos regras que estão inscritas no nosso corpo. As máquinas ajudam, mas não acabam com essas limitações. A máquina livro tem respondido muito bem ao nosso corpo. Tão cedo não será substituída. As razões por que as pessoas lêem menos e lêem pior são outras. Estão na sociedade, não nas tecnologias".
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
Os livros são grandes prendas / Books make great gifts
"Books make great gifts because they have whole worlds inside of them.
And it's much cheaper to buy somebody a book than it is to buy them the
whole world!"
Neil Gaiman
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Uma rapariga normal / A normal girl
"My darling girl, when are you going to realize that being normal is not necessarily a virtue? It rather denotes a lack of courage." - Aunt Frances
Alice Hoffman, "Practical Magic"
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
terça-feira, 27 de outubro de 2015
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
terça-feira, 20 de outubro de 2015
4 lições para bibliófilos
Todo bibliófilo apresenta dentro de si uma necessidade louca (eu diria voraz!) de adquirir com-pul-si-va-men-te novos livros.
Este animal da classe homo sapiens (ou Homo
Literatus, como queiram) nem sequer terminou de ler os quatro que
adquiriu no mês anterior e novos títulos já lhe foram (des)cobertos, a
fim de aguçar novamente seu desejo pela compra – e lhe tirar do bolso
alguns expressivos reais (dólares, pesos, libras… dependerá de seu país,
é claro).
Bem, se você consegue se ver fazendo parte deste grupo, saiba que
certamente possui a síndrome do compulsivo (obsessivo) por livros – a
bibliofilia.
Se você não suporta mais gastar praticamente metade de seu salário
neles – os livros –, assim como se encontrar (des)norteado, tendo que
enfrentar filas e mais filas de leituras pendentes que parecem não
acabar jamais (porque você mesmo não as deixa findar, diga-se!), como
também a própria ansiedade que lhe exige carregar, de um lado para o
outro, uma torre de tesouros livrescos (tudo isso somado às faltas
constantes de concentração, porque você acaba pulando de uma leitura
para outra, chegando quase nunca ao fim, ou demorando a isso), saiba que
nem tudo está perdido.
Basta uma boa dose de autoconsciência e alguns exercícios práticos. Vamos às lições!
Lição 1:
Você não vai comprar nenhum livro por cerca de 30 dias (ou seja, 1
mês). Evite entrar em livrarias (por mais que elas sejam sedutoras e
aconchegantes). E, se for, leve o seu próprio livro e contente-se em
tomar apenas um café, de preferência acompanhado por quem sabe que você é
um bibliófilo – e está em tratamento.
Lição 2:
Chegou a vez de você organizar a sua vida com relação aos livros que
foi acumulando e agora precisa ler. Faça uma lista e comece lendo um de
cada vez. No máximo, dois livros simultaneamente. Todavia, não mais do
que isso. É necessário que seja trabalhada a sua ansiedade. Ou seja, ser
extirpado esse desejo voraz que só te favorece a ficar acumulado de
títulos, porém mais disperso e menos focado, já que a ansiedade não lhe
ajuda em nada, apenas o desfavorece ser um leitor qualificado (e este
leitor não é exatamente o que leu as grandes obras ou centenas de
títulos, mas o que tem disciplina durante a leitura, sabendo
aproveitá-la da melhor maneira possível).
Lição 3:
Se você conseguir ficar durante 30 dias sem comprar livros e passar a
ler os que se encontram na fila, já é um grande passo. Mas engana-se ao
achar que está completamente curado. Bibliofilia é uma compulsão. E
toda compulsão precisa ser trabalhada.
Lição 4:
Logo fazemos essa repetição no segundo mês. Tudo bem, para a coisa
não se tornar um ato de crime e castigo, é admissível que se compre um
título. Mas apenas um título!
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