Não há outra forma de contabilizar as sucessivas tragédias políticas e militares para que arrastou o país e o mundo ao longo de oito longos e penosos anos.
Podia ficar conhecido como o "Presidente das Gaffes" - tantas que deram antologia de, pelo menos, três livros.
Podia ficar conhecido como o Presidente da ignorância, que um dia perguntou ao Presidente do Brasil se "vocês aqui também têm pretos"!
Podia ficar conhecido como o Presidente da hipocrisia, que defendeu os remédios tradicionais da abstinência como forma preferencial de combate à SIDA ao mesmo tempo que os estados conservadores de inspiração religiosa seus apoiantes tinham a mais alta taxa de gravidez entre adolescentes e jovens.
Podia ficar conhecido como o Presidente que tentou enlear o pior da política e o pior da religião num abraço oportunista e retrógrado.
Podia ficar conhecido como o Presidente que negligenciou qualquer busca consequente de energias alternativas e qualquer iniciativa coerente para combater o aquecimento global.
Podia ficar conhecido como o Presidente que foi à casa de banho limpar o traseiro com a Constituição e decidiu que a melhor forma de um país democrático fazer guerra ao terrorismo é fazer guerra aos direitos dos cidadãos.
Podia ficar conhecido como o Presidente cretino, sem paciência para ler dossiês, sem curiosidade para fazer perguntas nas reuniões e com apetência para tomar decisões baseadas em convicção em vez de factos.
Podia ficar conhecido como o Presidente que julgou ser possível democratizar um país invadindo-o e ocupando-o.
Podia ficar conhecido como o Presidente da mentira, que levou a América para a guerra, com base em pretextos falsos, com um país que devia ser libertado e acabou destruído. Como fica claro no livro "A Verdadeira Guerra", de Bob Woodward (volume final de uma série sobre as guerras de Bush), foi uma guerra conduzida sem pensar, sem raciocinar mais, ou melhor, do que um grupo de garotos, para quem a morte e a destruição de qualquer hipótese de paz e sossego no Mundo, nos tempos mais próximos, não passou do equivalente, na vida real, de um jogo de vídeo.
Podia ficar conhecido como... Tudo somado, só pode dar... o pior de sempre. Devia ir parar ao Guinness para que a sua pequenez fosse recordada e evitada por muitas e muitas gerações futuras».
Luís Costa Ribas, Jornalista
Fonte: http://sic.aeiou.pt/online/noticias/opiniao/O+pior+de+sempre.htm
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