terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sobre o Google eBooks

No site do Google eBooks encontra vários clássicos de acesso gratuíto de autores como:
Charles Dickens,
Jane Austen,
Hans Christian Andersen



Citando Ciberescritas, de Isabel Coutinho, num post de ontem:

O Google eBooks, que já se chamou Google Editions, acaba de ser lançado pelo gigante tecnológico nos Estados Unidos. “Compre em qualquer lugar, leia em qualquer lugar” é a ideia do projecto de edição da Google que nasceu há anos mas só agora se concretiza. Em 2011, o Google eBooks estará a funcionar em outros países e também na Europa. Desta forma a Google espera mudar a maneira como as pessoas compram e lêem livros no século XXI através do “cloud publishing” (os livros guardados na nuvem).

Os livros da Google ficam armazenados algures na Internet, numa “nuvem” de computadores, e quem os compra pode lê-los em qualquer lado e em vários dispositivos com a ajuda de uma ligação à Internet.

Neste sistema o consumidor não é dono do livro, não o terá fisicamente; ele estará sempre albergado na nuvem, funcionará como se se tratasse de uma espécie de leasing.

“O Google eBooks vem tornar mais fácil aos autores e aos editores encontrarem novos públicos para os seus livros e aos leitores encontrarem, comprarem e lerem livros na maioria de dispositivos”, explicam no comunicado da imprensa.

Os livros são comprados e descarregados através da loja Google eBookstore ou através de qualquer um dos livreiros parceiros da Google. E podem ser lidos no computador, com a ajuda do Google Web Reader, ou em telemóveis e tablets com a ajuda das Google Books apps que funcionam nos dispositivos Android e iOS, da Apple. Esses podem ser portáteis, netbooks, tablets, smartphones e até e-readers de formato aberto.

A partir de hoje, nos Estados Unidos, os leitores podem aceder a mais de 3 milhões de ebooks da Google, tal como fazem para aceder à sua conta de Gmail. Necessitam só de ter uma conta Google (que é gratuita, com password protegida) e que tem uma capacidade de armazenamento ilimitada para ebooks. Os leitores podem aceder aos seus livros a partir de qualquer local não importando qual o dispositivo que estão a utilizar. Em muitos livros é possível seleccionar qual o tipo e tamanho de letra, o modo de leitura (dia/noite) e o espaçamento das linhas que melhor se ajusta a cada um.

A empresa norte-americana fundada em 1998 por Larry Page e Sergey Brin, lançou em 2004 o Google Books que tinha como objectivo “disponibilizar online e de forma acessível e útil a informação armazenada nos livros de todo o mundo.” Desde essa altura, a Google já digitalizou 15 milhões de livros. Trabalhou com mais de 35 mil editores e mais de 40 bibliotecas, em mais de 100 países e em mais de 400 idiomas.

Podem aceder ao novo Google eBooks a partir daqui http://books.google.com/ebooks

Um pensamento para a quadra consumista


Corey Wolfe

Eis um bom pensamento para quem gasta fortunas e até pede empréstimos para fazer as compras de Natal:

"You give but little when you give of your possessions. It is when you give of yourself that you truly give."
Kahlil Gibran

A loucura segundo John Lennon / "Our society is run by insane people for insane objectives"


"Our society is run by insane people for insane objectives. I think we're being run by maniacs for maniacal ends and I think I'm liable to be put away as insane for expressing that. That's what's insane about it."

John Lennon

Um verdadeiro clássico de Natal numa voz aveludada

 Nat King Cole canta "The Christmas Song" (1946).

Mariah Carey canta o que é já um clássico de Natal:"All I Want for Christmas Is You"

"Os livros são metade dos sonhos que tu tens..."

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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Exactamente o que eu acho: livros e cães...

Livros e cães são bons companheiros.

E são uma boa combinação num blogue. :)

A ler na cama / Reading in bed

Um leitor rodeado de neve / Man reading in the snow

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"...o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe."

 
Amor é...(des)atar-mos os atacadores um do outro. :)


Só um Mundo de Amor pode Durar a Vida Inteira

Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.

O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixonade verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.

Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.

O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não.

Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.
 
Miguel Esteves Cardoso, in 'Jornal Expresso'
 

domingo, 5 de dezembro de 2010

Há livros que embalam...



Ilustração de Norman Rockwell.

ADN literário / Literary DNA

Tal como os nossos genes e a nossa alma tornam cada um de nós único, somos também únicos pelos livros que lemos. Somos o nosso ADN literário! Porque nunca ninguém leu exactamente os mesmos livros que nós, todos os mesmos livros, apenas os mesmos livros:

"Books help to form us. If you cut me open, you will find volume after volume, page after page, the contents of every one I have ever read, somehow transmuted and transformed into me. Alice in Wonderland. the Magic Faraway Tree. The Hound of the Baskervilles. The Book of Job. Bleak House. Wuthering Heights. The Complete Poems of W.H. Auden. The Tale of Mr Tod. Howard’s End. What a strange person I must be. But if the books I have read have helped to form me, then probably nobody else who ever lived has read exactly the same books, all the same books and only the same books as me. So just as my genes and the soul within me make me uniquely me, so I am the unique sum of the books I have read. I am my literary DNA".

Susan Hill

Livros são abelhas...


Heather Barron

"Books are the bees which carry the quickening pollen from one to another mind".

 James Russell Lowell

sábado, 4 de dezembro de 2010

Moulin Rouge: soberbo!

"The greatest thing you'll ever learn is just to love and be loved in return".


Baz Luhrmann é o Senhor Realizador. Faz filmes surpreendentemente belos. Já aqui mencionei Romeu + Julieta. Agora é a vez de Moulin Rouge (2001) com Nicole Kidman e Ewan McGregor, que realmente cantam neste filme músicas bem conhecidas do Séc. XX. É uma história de amor, sem ser apenas mais uma.

"Moulin Rouge is a celebration of truth, beauty, freedom, but above all things love - set in the infamous, gaudy and glamorous Paris nightclub, circa 1900. Satine, the star of the Moulin Rouge and the city's most famous courtesan, is caught between the love of a young writer and another man's obsession. Christian is a writer who finds himself plunged into this decadent world where anything goes - except falling in love".




 

 

The show must go on dos Queen:
 

 
E dos Police, Roxanne, escrita por Sting:
 



"Days turned into weeks, weeks turned into months. And then, one not-so-very special day, I went to my typewriter, I sat down, and I wrote our story. A story about a time, a story about a place, a story about the people. But above all things, a story about love. A love that will live forever. The End".


Podem encontrar as letras dos momentos musicais deste filme na Wikiquotes, AQUI.

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