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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Cinco declarações literárias de AMOR / Five literary LOVE declarations


Inspirado pela "Odisseia" de Homero.

Inspirado por "One" de Sarah Crossan .



Inspirado no belíssimo poema de W.H. Auden, "Funeral Blues"


Há mais AQUI.

sábado, 2 de abril de 2016

"Amar alguém", por Miguel Esteves Cardoso

Silvia Álvarez Castellar


"Amar é como o prazer de conseguir estar sozinho - mas melhor. Amar é o prazer de descobrir continuamente que há alguém com quem se quer passar o tempo todo, incluindo o tempo que se quer passar juntos e o tempo que se quer passar sozinho.

Amar é um casamento de solidões que, gozando o prazer da juntidão, mesmo assim não prescinde dos prazeres de duas solidões juntas, estejam momentaneamente separadas ou reunidas.

Amar alguém é uma coisa egoísta que só nos faz bem. Mas só se a pessoa amada nos contra-ama também. Ser amado alivia muito a loucura de amar e de ser obrigatoriamente infeliz por causa disso.

Amar e ser amado é a melhor sorte que se pode ter. Não são milagres que aconteçam por acaso. É preciso trabalhar com leviandade - por muito cheio de amor que o coração esteja - para que esses milagres, facílimos, comecem a habituar-se a acontecer regularmente.

Amar alguém é um alívio: é poder deixar de pensar que cada um de nós é marginalmente mais importante do que qualquer outra pessoa que nasceu nesta vida e neste planeta.

Amar alguém é um baluarte contra o mundo, um salvo-conduto, uma casa aonde não só se pode regressar como ficar fechado dentro dela, sem precisar de sair.

Amar alguém é a única, verdadeira distracção. Os que não amam - muitos porque têm medo de se entregarem - chamam obsessão ao amor sem saber que o amor é o grande apagador de insignificâncias e a única maneira de fazer coincidir a alma e a atenção em duas vidas".

Miguel Esteves Cardoso, para o Público, em 29 de Março de 2016

domingo, 14 de fevereiro de 2016

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

2 citações sobre o amor





"Amar verdadeiramente alguém é acreditar que, ao amá-lo, se alcançará a uma verdade sobre si. Ama-se aquele ou aquela que conserva a resposta, ou uma resposta, à nossa questão “Quem sou eu?”.



(...)


Alguns sabem provocar o amor no outro, os serial lovers – se posso dizer – homens e mulheres. Eles sabem quais botões apertar para se fazer amar. Porém, não necessariamente amam, mais brincam de gato e rato com suas presas. Para amar, é necessário confessar sua falta e reconhecer que se tem necessidade do outro, que ele lhe falta. Os que crêem ser completos sozinhos, ou querem ser, não sabem amar. E, às vezes, o constatam dolorosamente. Manipulam, mexem os pauzinhos, mas do amor não conhecem nem o risco, nem as delícias”.


Jacques-Alain Miller

Leia mais AQUI.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Se as pessoas fossem chuva... / ...if people were rain...




“I wanted so badly to lie down next to her on the couch, to wrap my arms around her and sleep. Not fuck, like in those movies. Not even have sex. Just sleep together in the most innocent sense of the phrase. But I lacked the courage and she had a boyfriend and I was gawky and she was gorgeous and I was hopelessly boring and she was endlessly fascinating. So I walked back to my room and collapsed on the bottom bunk, thinking that if people were rain, I was drizzle and she was hurricane.” 
John Green

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Um poema sobre a morte: é triste mas muito bonito / W.H. Auden's poem "Funeral Blues"




Cena do filme Quatro Casamentos e Um Funeral.

Funeral Blues


Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.

Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead,
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.

He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last for ever: I was wrong.

The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood.
For nothing now can ever come to any good.

W. H. Auden

William Etty, 1828

 

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Desgosto de amor / Heartbreak

 

 Marcus Stone


"We loved with a love that was more than love".
Edgar Allan Poe



The heart was made to be broken.”
Oscar Wilde


Quem nunca ficou com o coração partido?

segunda-feira, 13 de abril de 2015

sexta-feira, 3 de abril de 2015

sexta-feira, 27 de março de 2015

O meu amor e o mar / My love and the sea


In the summer
I stretch out on the shore
And think of you. Had I told the sea
What I felt for you,
It would have left its shores,
Its shells,
Its fish,
And followed me. 




terça-feira, 22 de julho de 2014

Amor de mãe


Tamara Adams


Amor de mãe


Às vezes choro por ti, meu querido.
Às vezes choro porque o mundo é tão grande e tu és tão pequeno que fico preocupada. Sim…, como eu me preocupo com a tua pequenez neste mundo imenso.
Às vezes choro porque és tão grande e eu sou tão pequena e, quanto maior te tornas para mim, mais pequena eu me torno para ti e fico preocupada. Oh meu Deus, como eu me preocupo com a minha pequenez no teu mundo imenso.
Às vezes choro porque este amor é tão grande e o meu coração tão pequeno. E um coração repleto de amor sofre, estranhamente, como um coração partido.
Às vezes choro porque fico emocionada com a tua beleza.
Às vezes choro porque fico emocionada com a tua força.
Às vezes choro porque desde que tu existes, eu desisti de uma parte de mim e, embora mesmo que pudesse, eu não mudasse nada , às vezes sinto-me completamente perdida.
Às vezes choro porque a tua pele é tão macia e, os teus olhos tão brilhantes e, a tua alma é tão nova e, o teu coração é tão aberto e, eu sinto-me triste. Sinto-me triste porque eu sei que a essa inocência vai desaparecer de dia para dia enquanto cresces e passas por episódios estúpidos e desnecessários que eu não posso prevenir, porque és dolorosamente humano, como todos nós.
Às vezes choro porque precisas de ajuda e não há nada ao meu alcance que possa fazer. O sentimento de impotência, nos pais, é pior do que uma tortura, um pesadelo interminável ou o pior episódio de terror de sempre.
Às vezes choro porque, como mãe, tenho de vestir o meu casaco de menina crescida todos os dias, e vestir o casaco de menina crescida e lidar com o sentimento de impotência ao mesmo tempo não há nada confortável!
Às vezes choro porque me sinto tão estupidamente cansada, não é com sono, mas sim cansada, que não consigo fazer nada. Nem sequer dormir.
Às vezes eu choro, porque sinto Deus cada vez que te ouço a rir.
Às vezes choro porque o simples facto de existires é tão maravilhosamente bom, que não há risos nem gargalhadas que expressem a felicidade que sinto.
Às vezes choro porque todas estas coisas, as preocupações, as tristezas, a beleza, o casaco de menina crescida e tudo o resto, às vezes, é areia a mais para a minha camioneta. É muito mais do que eu consigo lidar. E tem de transbordar por algum lado.
Então às vezes choro por ti. E por mim. E por este mundo imenso. E por milhares de outras terríveis e maravilhosas razões que não irás perceber até teres filhos. E te tornares um Pai.
Às vezes choro por ti, meu querido.

Por Annie Reneau para Scary Mommy
traduzido e adaptado por Up To Lisbon Kids


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Canção da rapariga loucamente apaixonada / "Mad Girl's Love Song"

s.id.



Mad Girl's Love Song

"I shut my eyes and all the world drops dead;
I lift my lids and all is born again.
(I think I made you up inside my head.)

The stars go waltzing out in blue and red,
And arbitrary blackness gallops in:
I shut my eyes and all the world drops dead.

I dreamed that you bewitched me into bed
And sung me moon-struck, kissed me quite insane.
(I think I made you up inside my head.)

God topples from the sky, hell's fires fade:
Exit seraphim and Satan's men:
I shut my eyes and all the world drops dead.

I fancied you'd return the way you said,
But I grow old and I forget your name.
(I think I made you up inside my head.)

I should have loved a thunderbird instead;
At least when spring comes they roar back again.
I shut my eyes and all the world drops dead.
(I think I made you up inside my head.)"


Sylvia Plath 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

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