sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Nós dançamos / We dance


"Dance with the wind", MICHAEL CHEVAL


"We dance for laughter, we dance for tears, we dance for madness, we dance for fears, we dance for hopes, we dance for screams, we are the dancers, we create the dreams."

Albert Einstein (esta autoria tive que confirmar porque não acreditava!) 



"Those who danced were thought to be quite insane by those who could not hear the music".

Angela Monet

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Os clássicos


Edward John Poynter (1836-1919)


"Um clássico é algo que todo mundo gostaria de ter lido e ninguém quer ler".

Mark Twain

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Quem é um diplomata? / Who is a diplomat?

An-He

"A diplomat is a man who always remembers a woman's birthday but never remembers her age". 

Robert Frost

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Le Livros: faça download gratuito de livros digitais em português



O Le Livros é mantido por um grupo de estudantes residentes em Portugal e visa democratizar o acesso à leitura gratuita, e não tem portanto quaisquer fins lucrativos. O projeto começou em 27 de janeiro de 2013. Neste site pode fazer download de livros digitais em português em formato PDF, ePub e mobi. Pode também ler on-line. Aqui fica o LINK.

domingo, 3 de julho de 2016

O livro é uma questão de saúde pública

George B. Kearey, Mitchell´s Book Shop


Livros divertem, instruem, transmitem sabedoria, levam-nos através do tempo, do espaço e do sonho, guardam memórias, apuram o senso estético. Livros trazem outro benefício, pouco divulgado, de suma importância. São questão de saúde pública. Isso mesmo. Saúde pública.

Cientistas em todo o mundo comprovaram que quem lê muito, sobretudo ficção (romances, contos, novelas, poesia), isto é, quem exercita bastante a imaginação, tende a ter menos a doença de Alzheimer. Em outras palavras, a leitura ajuda a evitar que a gente fique gagá. Parece que, igual a outros órgãos, quanto mais se ativam os miolos, melhor eles agem e reagem. Posto de outra maneira, livro é musculação para o cérebro: deixa os neurônios saradaços. Você pode comprovar em sua família. Provavelmente seus avós e bisavós que liam muito chegaram à velhice bem lúcidos. Velhice e lucidez todo mundo quer. As alternativas não são nada agradáveis.

Os benefícios do livro não param por aí. A leitura atua em regiões do cérebro, situadas no meio e na parte de trás da cabeça, ligadas à imaginação e à visão, enquanto os filmes e a televisão agem apenas na parte posterior, vinculada ao córtex visual. É como se a leitura criasse um filme em nossa mente e nós, ao mesmo tempo em que criamos o filme, também assistíssemos à sua exibição. No futebol, seria como bater o escanteio e correr para cabecear no gol.

É assim que a leitura funciona. Excita nossa cabeça, deixa-nos saudáveis por mais tempo. Isso explica, ainda, porque a leitura exige um pouquinho mais de esforço. Mas o resultado compensa. Compensa não apenas na diversão, no entretenimento, no conhecimento adquirido. Na saúde também. Saúde pública.



Resta-me apontar que não previne apenas o Alzheimer mas também ajuda quem tem depressão.

sábado, 2 de julho de 2016

A crise de meia-idade aplicada à linguagem: uma crónica de Ricardo Araújo Pereira



De vez em quando, tenta gostar de uma coisa, em lugar de estares sempre, tipo, a curtir uma cena. Pára de perguntar aos outros se estão a ver, estás a ver? Em princípio estamos a ver, embora cada vez pior, infelizmente

Man, tenho uma cena para te dizer, chaval. Tu tens 45 anos, estás a ver? Puto, já ninguém fala assim, meu. Essa cena era bué da fixe há 30 anos. Quando tínhamos 15 era top, man.

Minto, nessa altura talvez fosse meramente baril. Parece-me que só nos últimos tempos é que as cenas baris passaram a ser top. Mas agora, como já não és um adolescente, é só uma beca estranho. E um coche fatela, até. Acaba mesmo por ser um conhé absurdo. Lembras-te daqueles stôres que se armavam em jovens e procuravam incluir o nosso linguajar na matéria, imaginando que assim captavam a nossa atenção? Tipo: “O Marquês de Pombal é que não papava grupos da Companhia de Jesus”? Ou: “A primeira versão da tabela periódica dos elementos foi criada por um cota chamado Mendeleev”? Ya, tu estás a fazer a mesma figura, man. Não faz muito sentido continuares a referir-te aos teus pais como “os meus velhos” porque tu também já és semi-velho. De vez em quando, tenta gostar de uma coisa, em lugar de estares sempre, tipo, a curtir uma cena. Pára de perguntar aos outros se estão a ver, estás a ver? Em princípio estamos a ver, embora cada vez pior, infelizmente. Evita pedir que te orientem um cigarro. Deixa os pontos cardeais sossegados quando desejas mandar um bafo, boy. Repara, além disso, que a língua portuguesa tem mais dois ou três adjectivos, além de “brutal”. Era brutal começares a usar alguns.

Proponho que, da próxima vez que disseres que assististe a uma cena brutal, estejas a referir-te à cena dois do quarto acto do Macbeth, aquela em que os assassinos matam o filho do Macduff. Essa é, de facto, e podes por uma vez dizê-lo com propriedade, uma cena brutal. As outras cenas a que te referes, na maior parte das vezes nem sequer são cenas. E é muito raro serem brutais. Estas dicas fixes podem ser proveitosas porque, embora julgues que estás a representar altamente, na verdade a tua cena não está a bater. És um bacano cuja língua tem complexo de Peter Pan, mas o resto do corpo foi à vida dele. Era top se conseguisses fazer com que os dois acertassem o passo. Experimenta. Vais curtir tótil.

Ricardo Araújo Pereira, 30.06.2016, Revista Visão

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