quarta-feira, 6 de julho de 2011

Quando fores velha / "When You are Old"

Bonito...uma viagem poética à nossa velhice imaginada.



"Old_Thoughts", BlotoAngeles

When You are Old


When you are old and grey and full of sleep,
And nodding by the fire, take down this book,
And slowly read, and dream of the soft look
Your eyes had once, and of their shadows deep;

How many loved your moments of glad grace,
And loved your beauty with love false or true,
But one man loved the pilgrim soul in you,
And loved the sorrows of your changing face;

And bending down beside the glowing bars,
Murmur, a little sadly, how Love fled
And paced upon the mountains overhead
And hid his face amid a crowd of stars.


W. B. Yeats

terça-feira, 5 de julho de 2011

A mestria de uma descrição de Jane Austen / Jane Austen masters descriptions




She is clever and agreeable, has all that knowledge of the world which makes conversation easy, and talks very well, with a happy command of language, which is too often used, I believe, to make black appear white.
Jane Austen, “Lady Susan”

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A profissão mais perigosa do mundo, por Mark Twain



- Eu tenho a profissão mais perigosa do mundo.

- Qual é?

- Sou escritor.

- Ah!?...

- Não está a perceber, eu escrevo sempre na cama.

- E isso é perigoso?

- Pelo menos é lá que morre a maior parte das pessoas.

Mark Twain


Fonte: Pó dos Livros

sexta-feira, 1 de julho de 2011

"É mais fácil ter sexo do que escrever sobre ele"

Recomendo este divertido texto de Mike Fingers, publicado no "blogue para ovelhas negras" do JL, Três Pastorinhos.  Aviso os mais susceptíveis que a linguagem é atrevida.

Aqui ficam alguns excertos para criar o ambiente :) :

"Elias apenas queria aprender a escrever sobre sexo, que como se sabe é coisa sobre a qual a maior parte dos escritores preferem ficar calados..."

"Elias não queria ser escritor, escritores há muitos e a maioria passa fome..."


"Elias era um hedonista de ambições mundanas e toda a sua ambição literária se limitava ao sexo. Esse era o seu leitmotiv, a sua divisa, a sua luta. Sexo. Desde que lera "Amor em tempos de cólera", Elias ficara obcecado com a personagem de Florentino Ariza, que escrevia cartas de amor a soldo e com isso se tornara um Casanova melancólico.

Elias queria ser uma espécie de Florentino Ariza da internet, um predador romântico, cujo domínio do poder sexual das palavras lhe permitisse seduzir mulheres sensíveis as palavras impregnadas daquele cheirinho contagiante a feromonas..."

Leia AQUI as aventuras literário-sexuais de Elias.

E se não leu Amor em Tempos de Cólera, do Nobel da Literatura Gabriel Garcia Marquez, digo que é um "must" literário. Lindo. Com pouco sexo mas lindo. :)

Leitores famosos XXXIII: Paul Newman




Posted by Picasa

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Se no tempo de Fernando Pessoa houvesse Facebook...




As múltiplas referências literárias poderão não ser totalmente apreendidas por todos mas este texto está genial. Para verdadeiros fãs de Fernando Pessoa. :)

"Se no tempo de Fernando Pessoa houvesse Facebook, então é que a arca nunca mais acabava. E os pessoanos estudariam cada like, com afinco, procurando as motivações literárias e as personalidades escondidas naquele gesto espontâneo. E as partilhas. Talvez aquela Oração que circula por aí, da Banda Mais Bonita da Cidade, lhe despertasse os sentidos, ou pelo menos a um dos heterónimos. Ai, se a equipa do Mark Zuckerberg descobrisse os heterónimos iria logo classificá-los como perfis falsos, e lá se ia o mural do Álvaro de Campos. Talvez não dessem por nada. E só anos mais tarde os pessoanos mais aplicados encontrariam um perfil falso sem amigo nenhum, mas pessoanamente genial.



Sim, o Álvaro de Campos seria o mais torrencial. Partilhas em catadupa, remissões para o blogue, momentos de grande euforia e habilidade informática. O Ricardo Reis publicaria, rigorosamente, um post por dia, e só aceitaria amizade de pessoas com quem privasse. O Alberto Caeiro não seria informaticamente dotado, mas até acharia graça à coisa. O Bernardo Soares gostaria mais do Twitter. Nenhum deles teria cinco mil amigos, nem mesmo o Fernando Pessoa ortónimo , sobretudo por uma questão de timidez, apesar de passar demasiado tempo no chat com Ofélia. Todos os posts de amor são ridículos.

Imagine-se o manancial de informação arquivado. As publicações do mural. O Almada Negreiros seria um dos mais fervorosos frequentadores, com considerações e discussões acesas. Até ao dia, claro está, em que via a conta bloqueada, por denúncia de Júlio Dantas, que considerou aquela história do "Pim!" indecorosa e imoral o seu mural.

Quando inventaram a revista Orpheu criariam um evento, a que poucos amigos ligaram. Mas eles insistiram muito. Até criaram um site onde publicavam apenas parte dos conteúdos... Quem quisesse ler o resto que comprasse a revista. Contudo, o volume três teria apenas sairia em edição digital, com grafismo do Almada e ciberarte do Amadeo.

Todos choraram muito a Morte de Mário de Sá-Carneiro. De Paris, ele já tinha colocado uns posts que sugeriam a depressão, mas ninguém poderia esperar aquilo. O Mural encheu-se de comoventes mensagens de despedida. Alguns até lhe dedicariam poemas.

Quando Fernando Pessoa morreu, misteriosamente, Ricardo Reis continuou ativo, a publicar os seus posts diários. Quem descobriu isso foi esse tal de Saramago, que o matou anos mais tarde".

Manuel Halpern em Homem do Leme

Leitores famosos XXXII: Marlon Brando





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