quarta-feira, 30 de março de 2011

Quase um Poema de Amor, quase, quase!



Quase um Poema de Amor



Há muito tempo já que não escrevo um poema
De amor.
E é o que eu sei fazer com mais delicadeza!
A nossa natureza
Lusitana
Tem essa humana
Graça
Feiticeira
De tornar de cristal
A mais sentimental
E baça
Bebedeira.


Mas ou seja que vou envelhecendo
E ninguém me deseje apaixonado,
Ou que a antiga paixão
Me mantenha calado
O coração
Num íntimo pudor,
— Há muito tempo já que não escrevo um poema
De amor.


Miguel Torga, in 'Diário V'

quarta-feira, 23 de março de 2011

Eva (sem Adão) no CCB/Fábrica das Artes

Clique na imagem para aumentar.


Em 2009, Margarida Botelho criou um projeto de arte e literacia comunitária, com o apoio do Ministério da Cultura e da UNESCO, ao qual deu o nome de Encontros. Durante oito meses viajou por Moçambique com uma mochila cheia de livros em branco, que foram pouco a pouco ganhando vida através das experiências de muitos meninos grandes e pequenos que participaram no projeto.

Com base nesta experiência nasceu o livro Eva, um livro com duas histórias, com dois retratos de duas meninas, ambas de nome Eva; uma vive na Europa, num país que poderá ser Portugal, e outra em África num país que poderá ser Moçambique.

Depois do lançamento do livro Eva, em Dezembro de 2010, Margarida Botelho regressa durante duas semanas para trazer o seu trabalho ao Espaço CCB/Fábrica das Artes  e apresentá-lo aos nossos diversos públicos: miúdos e graúdos através de uma exposição e várias oficinas, um encontro com mediadores de arte e educação através de uma formação “Modos de Aparição das Artes” e um encontro debate sobre o projeto.

Clique na imagem para aumentar.


Saiba mais AQUI.

terça-feira, 22 de março de 2011

Do amor entre a poesia e o teatro nasce a poesia falada

Não declamada e extrapoladamente dramática mas falada de forma informal e emotiva, pessoal, mais verdadeira que fingida, sentida, original, inspiradora, única. São 18 minutos...é muito, eu sei, mas talvez fiquem presos como eu e os 18 minutos sejam um instante.





"If I should have a daughter, instead of Mom, she's gonna call me Point B ... " began spoken word poet Sarah Kay, in a talk that inspired two standing ovations at TED2011. She tells the story of her metamorphosis -- from a wide-eyed teenager soaking in verse at New York's Bowery Poetry Club to a teacher connecting kids with the power of self-expression through Project V.O.I.C.E. -- and gives two breathtaking performances of "B" and "Hiroshima."

Sarah Kay is a  performing poet since she was 14 years old, Sarah Kay is the founder of Project V.O.I.C.E, teaching poetry and self-expression at schools across the United States.


"hands are not about politics
this is a poem about love
and fingers
fingers interlock like a beautiful zipper of prayer"



Sarah Kay



Fonte: TED

segunda-feira, 21 de março de 2011

"O problema não é meter o mundo no poema"


 Fernando Vicente tem ilustrações simplesmente fantásticas!!! Como esta.


Do Poema


O problema não é
meter o mundo no poema; alimentá-lo
de luz, planetas, vegetação. Nem
tão-pouco
enriquecê-lo, ornamentá-lo
com palavras delicadas, abertas
ao amor e à morte, ao sol, ao vício,
aos corpos nus dos amantes —


o problema é torná-lo habitável, indispensável
a quem seja mais pobre, a quem esteja
mais só
do que as palavras
acompanhadas
no poema.



Casimiro de Brito, in "Canto Adolescente"

Mais um verso pela poesia

"Nuevos poetas" por Fernando Vicente



"O poema tem mais pressa que o romance"

Este é o primeiro verso de um poema de Vitorino Nemésio, Arrependo-me de a Meter num Romance. Acho bonito e verdadeiro.

Leia AQUI todo o poema.

domingo, 20 de março de 2011

A "Morte do Cisne" em versão "Street Dance"

Quem dança é John Lennon...da Silva. :)



A versão convencional em ballet, aqui interpretada pela bailarina Luiza Del Rio, da Escola Bolshoi:




Este jovem brasileiro de 20 anos é sem dúvida criativo e talentoso.

sábado, 19 de março de 2011

Livros Matrioska / Matrioska Books



Livros Matrioska! :)

Não significa que sejam russos mas obedecem à lógica das bonequinhas russas que encaixam umas dentro das outras.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Abrir o livro para a liberdade e a descoberta / Read to be free and "on a journey of exploration and discovery"




“Books. They are lined up on shelves or stacked on a table. There they are wrapped up in there jackets, lines of neat print on nicely bound pages. They look like such orderly, static things. Then you, the reader come along. You open the book jacket, and it can be like opening the gates to an unknown city, or opening the lid of a treasure chest. You read the first word and you’re off on a journey of exploration and discovery.”

David Almond

segunda-feira, 14 de março de 2011

A Saga Twillight, o vampiro cavalheiresco e a donzela voluntariosa / Twillight and the vampire in love




No periódico on-line sobre novas perspectivas de estudo da literatura para crianças e jovens The Looking Glass: New Perspectives on Children's Literature, Vol 15, No 1 (2011) pode ler um artigo sobre a Saga Twillight e de como Stephenie Meyer se inspirou na literaura gótica mas também modificou a imagem do tradicional vampiro dando-lhe um carácter cavalheiresco. À donzela indefesa vítima do ataque implacável das presas sedentas de sangue de um demónio sucede uma adolescente apenas frágil fisicamente mas independente, voluntariosa e senhora do seu destino. Uma combinação decisiva para o sucesso da saga. 

O artigo intitula-se "Vampires Without Fangs: The Amalgamation of Genre in Stephenie Meyer’s Twilight Saga" e é da autoria de Anne Klaus e Stefanie Krüger.



"Through an analysis of the figure of the vampire in literature as well as in folklore it will be observed to what extent Edward differs from the folkloric blood-sucking revenant and also from the master of all literary vampires, Dracula. Furthermore, it will be investigated how his knightly behaviour towards Bella contributes to the impression of a romantic transformation of the gothic form. Special attention will also be paid to the figure of Bella, who, on the one hand seems to be presented as the femme fragile or damsel in distress concerning her physicality, but, on the other hand, represents a figure of identification for female readers as the independent, strong-willed hero of young adult fiction. The analysis seeks to prove that the combination of these various aspects of different genres and traditions allows Meyer to create a new kind of vampire love story".
Leia o artigo na íntegra AQUI.

domingo, 13 de março de 2011

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