segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Hoje, no Brasil, comemora-se o Dia Nacional do Leitor.


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A "Palavra do Ano" 2012 eleita pelos portugueses



Os Portugueses sentem-se "entroikados". Quer saber o que isto significa?



entroikado


adjetivo

1.
sujeito às condições de austeridade impostas pela troika (equipa que negociou as condições de resgate financeiro em Portugal e é constituída por responsáveis da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional)



2.
coloquial que está numa situação difícil; tramado, lixado

(Particípio passado de entroikar)


 
entroikado In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-01-04].
Disponível na www: http://www.infopedia.pt/pesquisa-global/entroikado


Não sei se ria se chore porque também me sinto "entroikada".

"O Jardim Secreto da D. Jacinta" está de volta!



Nos dias 12,13,19 e 20 de Janeiro, às 16h, no Auditório de Alfornelos, o Teatro Carbono leva a cena mais uma batalha entre o cinzento do betão e o verde dos jardins. A "D. Jacinta" está de volta!





Esta é a D. Jacinta, uma personagem hilariante que faz rir miúdos e graúdos.  :) A peça é para maiores de 5 anos e depois vai até aos 100! :D 
Os meus filhos, uma de 12 e dois de 6 adoraram!

Veja AQUI a localização.
(metro linha azul, estação de Alfornelos) 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

"Adeus" por Eugénio de Andrade

O poeta do início da minha adolescência. Depois vieram Sophia e Fernando Pessoa.

 

Adeus
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já se não passa absolutamente nada.E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.






Eugénio de Andrade, in “Poesia e Prosa”

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

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