domingo, 3 de maio de 2015

Tudo flui num eterno presente. / "…everything flows in an eternal present."



"…everything flows in an eternal present."


James Joyce

sábado, 2 de maio de 2015

Bibliotecas improváveis / Improbable libraries

Each library boat for Lao children on the Mekong and Ou rivers carries around 1,000 titles. At stops, staff run games and children can borrow books overnight and return them before the boat moves on to another village. 


"Does your library arrive at your home on an elephant? Perhaps it floats down the river? Is it in your local telephone box, railway station – or even your back garden?
Librarians have a long history of overcoming geographic, economic and political challenges to bring the written word to an eager audience. They continue to live up to that reputation, despite the rapid and sweeping changes in how we read and share books in the 21st century.
Part of the change is architectural. Instead of the stately structure in the centre of town with which we are usually most familiar, your local library might now be anything from a pop-up to an imaginative architectural masterpiece resembling a shelf of books or the inside of an iceberg. The shift is also technological, reflecting the increased use of mobile apps and digital technology to bring books to a wired world, although many of the libraries in this book still rely on people lugging traditional print books around".

Continue a ler este artigo do The Guardian AQUI.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Desgosto de amor / Heartbreak

 

 Marcus Stone


"We loved with a love that was more than love".
Edgar Allan Poe



The heart was made to be broken.”
Oscar Wilde


Quem nunca ficou com o coração partido?

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Namora uma rapariga que lê



«Namora uma rapariga que lê. Namora uma rapariga que gaste o dinheiro em livros em vez de roupas. Ela tem problemas de arrumação porque tem demasiados livros. Namora uma rapariga que tenha uma lista de livros que quer ler, que tenha um cartão da biblioteca desde os doze anos.
Encontra uma rapariga que lê. Vais saber que é ela, porque anda sempre com um livro por ler na mala. É aquela que percorre amorosamente as estantes da livraria, aquela que dá um grito imperceptível ao encontrar o livro que procurava. Vês aquela miúda com ar estranho, cheirando as páginas de um livro velho, numa loja de livros em segunda mão? É a leitora. Nunca resistem a cheirar as páginas, especialmente quando ficam amarelas e usadas.

Ela é a rapariga que lê enquanto espera no café ao fundo da rua. Se espreitares para a chávena, verás a espuma a pairar à superfície, porque também ela está enlevada. Perdida num mundo feito pelo autor. Senta-te. Ela pode ver-te de relance, porque a maior parte das raparigas que lêem não gostam de ser interrompidas. Pergunta-lhe se está a gostar do livro.

Oferece-lhe outra chávena de café.

Diz-lhe o que realmente pensas do Murakami. Descobre se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade do Anel. Entende que, se ela disser ter percebido o Ulisses de James Joyce, é só para soar inteligente. Pergunta-lhe se gosta da Alice ou se gostaria de ser a Alice.

É fácil namorar com uma rapariga que lê. Oferece-lhe livros no dia de anos, no Natal, em datas de aniversários. Oferece-lhe palavras como presente, em poemas, em canções. Oferece-lhe Neruda, Pound, Sexton, Cummings. Deixa-a saber que tu percebes que as palavras são amor. Percebe que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade – mas, caramba, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco com o seu livro favorito. Se ela conseguir, a culpa não será tua.

Ela tem de arriscar, de alguma maneira.

Mente-lhe. Se ela compreender a sintaxe, vai perceber a tua necessidade de mentir. Atrás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, subtileza, diálogo. Nunca será o fim do mundo.

Desilude-a. Porque uma rapariga que lê compreende que falhar conduz sempre ao clímax. Porque essas raparigas sabem que todas as coisas chegam ao fim. Que podes sempre escrever uma sequela. Que podes começar outra vez e outra vez e continuar a ser o herói. Que na vida é suposto existir um vilão ou dois.

Porquê assustares-te com tudo o que não és? As raparigas que lêem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Excepto na saga Crepúsculo.

Se encontrares uma rapariga que lê, mantém-na perto de ti. Quando a vires acordada às duas da manhã, a chorar e a apertar um livro contra o peito, faz-lhe uma chávena de chá e abraça-a. Podes perdê-la por um par de horas, mas ela volta para ti. Falará como se as personagens do livro fossem reais, porque são mesmo, durante algum tempo.

Vais declarar-te num balão de ar quente. Ou durante um concerto de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Pelo Skype.

Vais sorrir tanto que te perguntarás por que é que o teu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Juntos, vão escrever a história das vossas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos ainda mais estranhos. Ela vai apresentar os vossos filhos ao Gato do Chapéu e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos da vossa velhice e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto tu sacodes a neve das tuas botas.

Namora uma rapariga que lê, porque tu mereces. Mereces uma rapariga que te pode dar a vida mais colorida que consegues imaginar. Se só lhe podes oferecer monotonia, horas requentadas e propostas mal cozinhadas, estás melhor sozinho. Mas se queres o mundo e os mundos que estão para além do mundo, então, namora uma rapariga que lê.

Ou, melhor ainda, namora uma rapariga que escreve.» 



Calendário wallpaper de Maio com leitora / May wallpaper calendar with woman reading



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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Primeiro leitor, depois escritor / First a reader, then a writer




"Like many others who turned into writers, I disappeared into books when I was very young, disappeared into them like someone running into the woods. What surprised and still surprises me is that there was another side to the forest of stories and the solitude, that I came out that other side and met people there. Writers are solitaries by vocation and necessity. I sometimes think the test is not so much talent, which is not as rare as people think, but purpose or vocation, which manifests in part as the ability to endure a lot of solitude and keep working. Before writers are writers they are readers, living in books, through books, in the lives of others that are also the heads of others, in that act that is so intimate and yet so alone".

terça-feira, 28 de abril de 2015

Tchauzinho que eu agora vou ler! / Bye, Bye, now I'm going to read!


As nossas obrigações para com a palavra escrita, por Neil Gaiman / Neil Gaiman on Our Obligations to the Written Word



I believe we have an obligation to read for pleasure, in private and in public places. If we read for pleasure, if others see us reading, then we learn, we exercise our imaginations. We show others that reading is a good thing.
We have an obligation to support libraries. To use libraries, to encourage others to use libraries, to protest the closure of libraries. If you do not value libraries then you do not value information or culture or wisdom. You are silencing the voices of the past and you are damaging the future.

We have an obligation to read aloud to our children. To read them things they enjoy. To read to them stories we are already tired of. To do the voices, to make it interesting, and not to stop reading to them just because they learn to read to themselves. Use reading-aloud time as bonding time, as time when no phones are being checked, when the distractions of the world are put aside.
 Neil Gaiman

domingo, 26 de abril de 2015

As máscaras que vestimos para o mundo/ Our fictitious selves




"She was becoming herself and daily casting aside that fictitious self which we assume like a garment with which to appear before the world."

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