terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A ironia é mais do que uma figura de estilo...

Ironia - figura de estilo que veicula um significado contrário daquele que deriva da interpretação literal do enunciado; zombaria.

Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

Mas também é uma forma elegante de ser mau!


Ilustração de Ceó Pontual.



Ah, pois é! Mauzinho mesmo mas com alguma sofisticação! :)

A pornografia dos bibliófilos!

"My goodness, it’s like porn for book lovers! "

Este é um comentário hilariante publicado em Librophiliac Love Letter: A Compendium of Beautiful Libraries que publica fotos de algumas das mais belas catedrais do livro. Algumas talvez demasiado imponentes e intimidantes...a grandiosidade impressiona. Eu acabo por preferir algo mais íntimo e acolhedor!

Mas vale a pena visitar!




Theology Room at St. Deiniol’s library, North Wales



George Peabody Library, Baltimore, Maryland, USA


Handelingenkamer Tweede Kamer Der Staten-Generaal Den Haag, the Hague, Netherlands



Biblioteca do Palácio e Convento de Mafra , Portugal
Esta é nossa! :)


Strahov Philosophical Hall




Strahov Theological Hall - Original Baroque Cabinet


Em http://curiousexpeditions.org/?p=78

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Ainda para os fãs do filme A Guerra das Estrelas...


"Lê e a força estará contigo".

Mais um um cartaz para promoção da leitura da ALA, a American Library Association.

Mais em:

A receita de Dr. House? Leia!

Para os fãs da Guerra das Estrelas...

Este blogue é realmente uma miscelânea de cães e livros, cães com livros, espécimens caninos que comem volumes encadernados do Círculo de Leitores (mais propícios a uma boa dentada, sempre dão mais luta que a capa mole de uma edição de bolso da Europa América) só ainda não houve um livro que lêsse um cão, talvez porque como fez notar Grouxo Max, com notável perspicácia, dentro do cão está demasiado escuro para se conseguir ler.
Este Obi One Kãonobi é de Nuno Markel e das suas t-shirts Cão Azul. Podem fazer uma divertida visita ao seu site. O "néon" piscante com o link está na coluna (ou direi antes cãoluna?) da direita deste blogue.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Google Book Search: o monopólio ou a democratização da informação?

Um artigo escrito por NOAM COHEN para o New York Times, publicado em 1 de Fevereiro de 2009, fala do medo de alguns em relação ao crescente poder da companhia Google no universo dos livros digitais:




"In 2002, (...) according to Google’s official history, it began a “secret ‘books’ project.” Today, that project is known as Google Book Search and, aided by a recent class-action settlement, it promises to transform the way information is collected: who controls the most books; who gets access to those books; how access will be sold and attained. There will be blood, in other words.

Like the oil barons in the late 19th century, Google is thirsty for a vital raw material — digital content. As Daniel J. Clancy, the engineering director for Google Book Search, put it, “our core business is about search and discovery, and search and discovery improves with more content.”

O grande encanto e desafio da profissão de bibliotecário está precisamente, pelo menos para mim, no processo de busca e descoberta dos conteúdos.





He can even sound like a prospector when he says Google began its effort to scan millions of books “because there is a ridiculous amount of information out there,” he said, later adding, “and we didn’t see anyone else doing it.”

But there is a crucial difference. (…) when Google copies a book the original remains.

Instead, the “property” being taken is represented by copyrights and other kinds of ownership. There will be lawsuits.

In the latest issue of The New York Review of Books, Robert Darnton, the head of the Harvard library system, writes about the Google class-action agreement with the passion of a Progressive Era muckraker.

Google will enjoy what can only be called a monopoly — a monopoly of a new kind, not of railroads or steel but of access to information,” Mr. Darnton writes. “Google has no serious competitors.”

He adds, “Google alone has the wealth to digitize on a massive scale. And having settled with the authors and publishers, it can exploit its financial power from within a protective legal barrier; for the class action suit covers the entire class of authors and publishers.”

Google is certainly solidifying a dominant position in the world of books by digitizing the great collections of the world. It relies on a basic mathematical principle: no matter how many volumes Harvard or Oxford may have, each can’t have more than Oxford plus Harvard plus Michigan, and so on.

The class-action settlement (which a judge must still approve), Mr. Darnton writes, “will give Google control over the digitizing of virtually all books covered by copyright in the United States.”

As long as Google has a set of millions of books that it uniquely can offer to the public, he argues, it has a monopoly it can exploit. You want that 1953 treatise on German state planning? You’ll have to pay. Or, more seriously, your library wants unfettered access to these millions of books? You’ll have to subscribe.

While Harvard has allowed Google to digitize its public domain holdings, it has thus far not agreed to the settlement. “Contrary to many reports, Harvard has not rejected the settlement,” Mr. Darnton wrote in an e-mail message, in which he said his essay was “not meant as an attack on Google.” “It is studying the situation as the proposed accord makes its way through the court.”

To professors who track the fast-changing nature of content on the Internet, not to mention Google officials, the idea of Google as a robber baron is fanciful. Google has no interest in controlling content, Mr. Clancy said, and in the few cases where it does create its own content — maps or financial information, for instance — it tries to make it available free.

Eben Moglen, a law professor at Columbia and a free-culture advocate, puts it this way: if the fight over digitization of books is like horse-and-buggy makers against car manufacturers, Google wants to be the road.

To those who write about the significance of Google Book Search — and a bit of a cottage industry has formed online in a few months — it is not Google’s role as the owner of content that preoccupies them. Rather it is the digitization itself: the centralization — and homogenization — of information.

To Thomas Augst, an English professor at New York University who has studied the history of libraries, including those in the past that were run as businesses, what is significant is that the digitization of books is ending the distinction between circulating libraries, meant for public readers, and research libraries, meant for scholars. It’s not as if anyone from the public can walk into the Harvard library.

“A positive way to look at what Google is doing,” he said, “is that it is advancing the circulating of books and leveling these distinctions.”

In a final twist, however, the digital-rights class-action agreement has the potential to make physical libraries newly relevant. Each public library will have one computer with complete access to Google Book Search, a service that normally would come as part of a paid subscription.

One of Mr. Darnton’s concerns is that a single computer may not be enough to meet public demand. But Mr. Augst already can see a great benefit.

Google is “creating a new reason to go to public libraries, which I think is fantastic,” he said. “Public libraries have a communal function, a symbolic function that can only happen if people are there”.

Os sublinhados a negrito são meus.

Podem ler o artigo na íntegra aqui»


Na Internet, e em Português, podemos ler "Acerca da Pesquisa de livros do Google":


  1. "Pesquisar
    A Pesquisa de livros funciona tal como a pesquisa na Web. Experimente procurar na Pesquisa de livros do Google ou em Google.com. Quando encontramos um livro cujo conteúdo corresponde aos termos da pesquisa, apresentamos um link para o mesmo nos resultados da pesquisa.
  2. Consultar livros on-line
    Se o livro não estiver protegido por direitos de autor ou se a editora nos tiver dado autorização para o efeito, poderá ver uma pré-visualização do livro e, nalguns casos, o texto integral. Se for de domínio público, poderá transferir livremente uma cópia em formato PDF.
  3. Mais informações – rápidas
    Criámos páginas de referência para cada livro, a fim de que possa encontrar rapidamente todos os tipos de informação relevantes: críticas de livros, referências da Web, mapas e muito mais.
  4. Compre o livro... ou requisite-o da biblioteca
    Se encontrar um livro que lhe agrade, clique nos links "Comprar este livro" e "Requisitar este livro" para ver onde pode comprá-lo ou requisitá-lo.
  5. Qual a origem dos livros?
    Actualmente, ligamos os leitores aos livros de duas formas: o Programa para parceiros e o Projecto biblioteca."

O Programa para Parceiros destina-se a editoras e autores, para promoção das suas obras.


"
O objectivo do Projecto biblioteca é fazer com que as pessoas encontrem mais facilmente livros relevantes – especificamente, livros que não encontrariam de qualquer outra forma, tais como os que se encontram esgotados – respeitando escrupulosamente os direitos de autor de editoras e autores. O nosso objectivo fundamental consiste em trabalhar com editoras e bibliotecas para criar um catálogo de fichas virtual, abrangente e pesquisável de todos os livros existentes em todos os idiomas, que ajude os utilizadores a descobrir novos livros e as editoras a encontrar novos leitores".

http://books.google.com/googlebooks/about.html


A Google explica também como chegou a um acordo inovador com autores e editoras aqui.

Através da Pesquisa de livros do Google, pode agora pesquisar o texto integral de cerca de 7 milhões de livros.

Experimentem então o Google Book Search/Pesquisa de livros do Google aqui»


Deixo-vos os links para algumas obras disponíveis em texto integral:



A cidade e as serras, por Eça de Queirós

Os Lusiadas, poema epico de Luis de Camões, numa Edição de Va J.-P. Alliaud, Guillard e ca, 1865, com ilustrações.

Moby-Dick, Or, the Whale, por Herman Melville (nada melhor do que ler este "testamento" no écran para marcar uma consulta para o oftalmologista!Se bem que tem a opção de aumentar bastante o texto.)

Claro que estas são obras que já se encontram no dominío público. Agora, não consigo pesquisar mais porque a mensagem de erro se tornou recorrente. Não sei se o problema é do meu computador ou se é sintomático desta ferramenta de pesquisa. A ver vamos. Amanhã volto a tentar.


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Bafo de escritor / Writer's breath


Cãimbra de escritor, bloqueio de escritor, bafo de escritor.

A tira de banda desenhada é da série Pajama Diaries, de Terri Libenson.

Três citações de Pearl S. Buck / 3 Pearl S. Buck's quotes



Pearl Comfort Sydenstricker Buck (1901-1973) foi uma escritora norte-americana vencedora do Pulitzer em 1932 e do Prémio Nobel da Literatura em 1938.

Ficam aqui três citações:

"Many people lose the small joys in the hope for the big happiness."


"The person who tries to live alone will not succeed as a human being. His heart withers if it does not answer another heart. His mind shrinks away if he hears only the echoes of his own thoughts and finds no other inspiration. "


"The young do not know enough to be prudent, and therefore they attempt the impossible -- and achieve it, generation after generation."

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Duas caricaturas e uma citação de António Lobo Antunes


Caricatura de António Carrilho





"(...) penso no absurdo de escrever. De estar a escrever quando podia estar com os amigos, ir ao cinema, ir dançar que é uma coisa de que gosto... mas não, um tipo está ali e é um bocado esquizofrénico. (...) Há sempre uma parte subterrânea nas obras de arte impossível de explicar. Como no amor. Esse mistério é, talvez seja, a própria essência do acto criador. (...) Quando criamos é como se provocássemos uma espécie de loucura, quando nos fechamos sozinhos para escrever é como se nos tornássemos doentes. A nossa superfície de contacto com a realidade diminui, ali estamos encarcerados numa espécie de ovo... só que tem de haver uma parte racional em nós que ordene a desordem provocada. A escrita é um delírio organizado".

Jornal de Letras, Janeiro 1982


domingo, 1 de fevereiro de 2009

António Lobo Antunes por Isabel Stilwell

António Lobo Antunes é, no mínimo, desconcertante. A meio da entrevista, tenho vontade de vir embora. Sinto-me como quando estava no exame de condução - sabia que tinha chumbado mas o examinador continuava a pedir-me que fizesse manobras e tentasse meter o carro em espaços impossíveis. E, no entanto, Lobo Antunes só fez sorrisos - um sorriso angelical que condiz com os seus olhos muito azuis e que se segue, quase como um tique, a uma frase que percebe ter-nos deixado nervosos.


Não grita, fala num tom suave e é educadíssimo - pede para repetirmos a pergunta duas ou tês vezes, as suficientes para que fique bem evidente que estúpida e vazia é.


Afirma repetidamente que não faz juízos de valor, nem se acha acima dos outros, mas depois vai dizendo, a propósito de tudo e de nada, que só gosta de entrevistas quando os entrevistadores têm qualidade, até ao momento em que temos vontade de apresentar desculpas e sair. E aí, faz um outro dos seus sorrisos ternos e garante que não são insinuações, porque não é homem dessas coisas e, de resto, "só a conheço há meia hora".


Tento mais uma pergunta. "Falar de mim? Mas isso não me interessa", diz-me hoje, agora, porque quando marcou a entrevista, informado desse mesmo objectivo, não protestou.


E eu volto a sentir a mesma perplexidade que senti quando lhe perguntei qual era a memória mais antiga da mãe e ele me respondeu que isso era pessoal e não me dizia, ou se inclinou várias vezes sobre a secretária para me pedir (educadamente) que repetisse outra vez aquela pergunta absurda, estranha, inacreditável do "Tinha um urso de peluche?".


Culpo-me a mim própria. "Ele tem toda a razão, isto são perguntas que se façam a um grande escritor?", penso eu, intoxicada por aquela estratégia que à distância percebo não ser mais do que uma forma de confundir o inimigo.


E, de facto, o que é que interessam as mães, os pais e irmãos, os ursos de peluche e os comboios eléctricos, os psiquiatras e os amigos de infância, a relação com os doentes, as criadas e as tias, os livros lidos alto e os lares de terceira idade, as árvores de Benfica e os jardins onde habitavam os corvos e tudo aquilo com que Lobo Antunes transforma os seus livros em obras de arte, nos atrai, emociona, faz rir e prende página após página? Que importância têm e que interesse há em falar neles, quando podemos meditar sobre o fio da narrativa ou embrenharmo-nos em citações de escritores, grande escritores, que os bananas dos jornalistas não conhecem, nem querem discutir, porque - imagine-se - gastam o tempo todo a tentar perguntar coisas que os leitores da entrevista estariam mais interessados em saber.


E o mais extraordinário de tudo isto é que, durante umas horas, não percebemos a contradição, não damos pelo facto de Lobo Antunes ir falando repetidamente de si próprio - desde, evidentemente, que não seja directamente em resposta a uma pergunta feita, como a criança que só come a sopa quando a mãe olha para o lado. E o mais extraordinário, ainda, é que ficamos com vontade de rezar dois Padres-Nossos e três Avé-Marias por não estarmos à altura de o entrevistar, em lugar de pura e simplesmente batermos com a porta.


E, no entanto, quando deixamos o seu gabinete e percorremos os corredores do Hospital Miguel Bombarda, cruzando-nos com doentes de roupão e a arrastar os chinelos, a conversa parece que normaliza. Ou, pelo menos, a minha cabeça volta a funcionar normalmente - sim, porque não duvido que para o ex-psiquiatra nada disto seja mais que um "delírio persecutório!".


Vamos almoçar ao restaurante mais próximo. Falamos sobre snobeiras e beijos de um lado e dos dois lados, de espelhos de talha e da grandeza da alma, de telenovelas e de tipos de pessoas. E faço o "diagnóstico": Lobo Antunes é um "menino bem (formado)", inteligente, com sentido de humor e espírito crítico que soube libertar-se do casulo onde os "meninos bem" habitualmente vivem a vida toda, e percorrer o resto do mundo, torcendo aqui e ali instintivamente o nariz às mulheres que o tratam por filho e aos escritores que comparam carros parados em semáforos a cavalos impacientes, capaz de gostar para além das aparências, de se emocionar para além do que gostaria e com um génio extraordinário para juntar tudo isto e transformá-lo em personagens e palavras que o tornam num dos nossos melhores escritores. Tudo isto sem deixar de ser, basicamente, um menino "mimado", que com aquele sorriso e aqueles olhos azuis aprendeu todas as técnicas de deixar os outros desconcertados, infelizes e humilhados. Quando quer. Para no momento seguinte ter tanto charme e encanto, que temos medo de ter incorrido em juízos precipitados. E assim sucessivamente.


Texto de Isabel Stilwell a quem, apesar de tudo, invejo aqui o papel de interlocutora. Ou talvez não:talvez seja melhor ficar pelos livros e pelas crónicas.


Publicado em Fevereiro de 2000, na revista Notícias Magazine (suplemento dominical dos jornais Diário de Notícias e Jornal de Notícias), nº 40.


Fonte: http://www.ala.nletras.com/entrevistas/NMFEV2000.htm




sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Os livros nas ilustrações de Silja Goetz / Books illustrated by Silja Goetz



Esta ilustração evoca bem o despreendimento, a descontracção e a saudável inconstância na leitura de múltiplos livros que não temos pudor em pôr de lado e trocar por outros quando o interesse esmorece. Mais vale ler múltiplos livros pela metade que nos cansarmos da leitura e não lermos nenhum! Falei disso em O despudor de largar um livro a meio... .


Escondida atrás de um livro, os olhos baixos a sublinhar o mistério...como uma dama antiga se escondia atrás do seu leque, adereço de discreta sedução.
Esta ilustradora nasceu na Alemanha em 1974 mas vive e trabalha actualmente em Espanha.

Cinco citações de José Luís Peixoto sobre Literatura

"Acredito que a vida de um livro enquanto está nas mãos do autor não é mais importante do que quando está nas mãos do leitor. O leitor é quase sempre um autor ele próprio. É ele que dá significado às palavras e por isso até acho muito interessante quando as pessoas me vêm apontar coisas que não eram minha intenção, mas que de facto estão lá. E há muitas outras coisas que foram minhas intenções e que nunca ninguém me referiu, e no entanto também lá estão. Se calhar alguém reparou nelas ou ainda vai reparar. Tudo o que um leitor leia num livro é legítimo porque nessa fase o leitor é tudo, é ele que faz o livro".

"A leitura depara-se com uma série de obstáculos, é muito mais fácil sentarmo-nos no sofá a ver televisão do que a ler um jornal até. E a questão parece ser esta sociedade de facilistismo em que deixou de se perceber que as coisas que dão algum trabalho também são as que dão mais prazer, porque são conquistadas. A leitura dá algum trabalho e temos de conquistar um espaço para ela na nossa vida, temos de nos empenhar para absorvê-la completamente, para que faça sentido. Isso é que se perdeu um pouco de vista, mas penso que quem procura acabará por encontrar e tenho esperança de que as pessoas não deixem de procurar, não desistam, porque baixar os braços é ficar sempre no mesmo sítio".

"A forma e o conteúdo são indissociáveis e a qualquer livro que não tome isso em consideração falta uma noção fundamental da literatura. Se a forma não servir o conteúdo não me interessa, se por outro lado a forma for uma sucessão de malabarismos literários sem nenhum outro propósito também não me interessa".

"Tem de se ser verdadeiro na escrita, porque os leitores sentem. A mentira é impossível na boa literatura. E o que procuro, mais do que a beleza ou qualquer outra coisa, é a verdade, livro após livro, tentando desvendar um pouco mais de mim e esperando que essa possa ser uma forma de desvendar alguma coisa dos outros e que eles também se vejam reflectidos nessa procura que faço".

"A escrita, ou a arte, para ser mais abrangente, cumpre funções que mais nenhuma área consegue cumprir. (...) Sinto que há poucas experiências tão interessantes como quando se lê um livro e se percebe "já senti isto, mas nunca o tinha visto escrito", procurar isso, ou procurar escrever textos que façam sentir isso, é uma das minhas buscas permanentes. Trata-se de ordenar, de esquematizar, não só sentimentos como ideias que temos de uma forma vaga mas que entendemos melhor quando os vemos em palavras. Trata-se também de construir empatia: através da leitura temos oportunidade de estar na pele de outras pessoas e de sentir coisas que não fazem parte da nossa vida, mas que no momento em que lemos conseguimos perceber como é. E isso faz-nos ser mais humanos. Na leitura e na escrita encontramo-nos todos naquilo que temos de mais humano".
Pensamentos inteligentes e reflectidos os deste jovem e talentoso escritor. Foram recolhidos de uma entrevista que o autor português deu em Setembro de 2003 à Notícias Magazine (Diário de Notícias).

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A receita de Dr. House? Leia!


Ele é o actor britânico Hugh Laurie, celebrizado sobretudo pelo seu desempenho como Dr. Gregory House na série televisiva que todos conhecemos. Ele, o personagem, é tão arrogante, tão mal-educado, tão...mas entranha-se! É impossível não gostar dele!


E este é um cartaz para promoção da leitura, numa campanha da ALA, a American Library Association.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Goodbye Bush: a campanha da Veet!



Não havia o mundo de estar de ter ficado de pernas para o ar! O Bush nem com um livro "com bonecos" conseguia orientar-se!


A Veet australiana resolveu então lançar uma campanha publicitária com muito humor!Hihi!












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