quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Porque é que os homens gostam tanto de ler aos quadradinhos? / Men, comic books and graphic novels


Parece que o corpo cresce, a altura das prateleiras aumenta, mas o gosto pela banda desenhada mantém-se!!!

Homens aracnídeos, extraterrestres giros mas com pouco sentido de moda, heróis mutantes aparentados de lobos, monstros verdes... sofrem invariavelmente de hipersensibilidade a criptonite, donzelas em apuros e/ou vilões que querem dominar o mundo... detém super-poderes extraordinários que advém de exposições a radiações ou a experiências de cientistas alienados ...ah, e são geralmente tímidos, fogem dos paparazzi e tentam a todo o custo manter o anonimato.

Isto é uma provocação para o meu marido e o meu cunhado...:))))

Ok, pronto, eu confesso: adoro Calvin e Hobbes, Agnes, Zits, Baby Blues, Garfield...E sou um espécimen leitor do sexo feminino! Pronto, já disse! :)))

Incógnito / Nobody knows



segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Tão lindo e tão verdade! / Lost in my imagination...

 s.id.

When my imagination
Takes me by my mind,
It leads me off so far, so fast,
My body's left behind.
Yet, that's when I am most myself,
Lost in wish and dream,
And coming back, I smile and think
I'm more than I might seem.
Sesame Street
By David Korr

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Leituras de Verão / Summer readings


Posted by Picasa

RAP homenageia Raúl Solnado

Ricardo Araújo Pereira escreveu sobre o recentemente falecido Raúl Solnado, um actor que marcou a minha infância:


"Solnado era uma criança sensata, como Falstaff, o herói cómico de Shakespeare, mas sem os seus pavorosos defeitos ­ o que, humoristicamente, era uma desvantagem para Solnado. É muito mais difícil ter graça quando os defeitos não estão à vista e as qualidades são tão evidentes. A ternura não tem piada. A generosidade também não. E, no entanto, Solnado era terno e generoso. Há várias comédias famosas sobre avarentos, misantropos e hipocondríacos, mas não muitas sobre o tipo de pessoa que se percebia que Solnado era. Conseguir ser humorista apesar daquelas virtudes é mais do que problemático: é quase uma falta de ética.

Philip Larkin escreveu que a coragem não isenta ninguém da sepultura: a morte não é diferente para os que a temem ou para os que a enfrentam. Certo. Mas a vida é. A vida é mais vida para quem se ri da morte do que para quem a teme. Raul Solnado viveu bem. E, por causa dele, todos vivemos melhor".


Este é apenas um excerto. O texto na íntegra está aqui.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Zits e o Facebook


Zits é impagável! Sobre as agruras dos pais de um adolescente de hoje, viciado em ecrãs, telemóveis, mp3 ou mp4, computadores, sms, redes sociais, messenger...um retrato hilariante da geração polegar! De Jerry Scott & Jim Borgman.

sábado, 8 de agosto de 2009

Tá tudo dito!




"Se a tua mente não é aberta, fecha a boca também"
"Mai nada!"
(Uma frase de Sue Grafton, aqui ilustrada por Ceó Pontual).

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

"Os gatos são palavras com pêlo."



«Os gatos são palavras com pêlo. Os gatos, como as palavras, rondam à volta dos humanos sem nunca se deixarem domesticar. É tão difícil meter um gato num cesto quando temos um comboio para apanhar do que ir à nossa memória caçar a palavra exacta e convencê-la a tomar o seu lugar na página em branco. Palavras e gatos pertencem ambos à raça dos inefáveis.»
[in Dois Verões, de Erik Orsenna, trad. de Luís Ruivo Domingos, Teorema, 2009]


"Inefável, que significa o que não pode ser expresso verbalmente, é um termo utilizado para identificar algo de origem divina ou transcendente e com atributos de beleza e perfeição tão superiores aos níveis terrenos que não pode ser expresso em palavras humanas".
Fonte: Wikipédia

Este blogue não é só do cão. Aqui também há gato! E muitas, muitas palavras... na vã e patética tentativa da aproximação ao inefável...e na admiração dos que menos patéticos do que eu, deste mais se aproximam. Como os gatos.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Acabei de ler... e já comecei...

...Coraline de Neil Gaiman: lê-se bem (também era melhor, trata-se de um livro para crianças!)... a minha filha leu-o primeiro e gostou. E eu fiquei curiosa sobre este género para mim novo de livros de terror para crianças...

Adoro livros para crianças, sou completamente louca e infantil na secção mais jovem de uma livraria! E sou exigente com as ilustrações!


De Neil Gaiman, gostei muito mais de Stardust, assumido pelo autor como um conto de fadas para adultos (com direito a assassinatos violentos, a sexo e tudo). Li a versão inglesa ilustrada por Charles Vess ainda antes de aparecer a versão cinematográfica que achei ficar aquém do livro.


E já comecei a ler O Crepúsculo, de Stephanie Meyer, depois de já ter ouvido falar muito quer da série de livros quer do filme. Vi primeiro o filme e gostei. Lembrou-me Anne Rice e a sua Entrevista com um Vampiro, do qual também vi o filme em 1994 e depois li o livro.

Sou um bocado esquisita com vampiros...não gosto de todos. :) Se gostar do filme, então marcha o livro!



Alguém tem sementes destas? / Good seeds



É que era mesmo desta que eu me ida dedicar à fruticultura!!!


A imagem é de Soizick Meister.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

"AH GANDA SHWARZEGGER!" (citando o bibliotecário mais anarquista)

Na Califórnia acabam-se os manuais escolares em papel e adere-se ao e-book reader. Faz bem à coluna dos miúdos, é mais ecológico (são milhões de árvores que agradecem), tem mais arrumação que a maior das mochilas... só não tem o cheirinho, o toque, o prazer de folhear, descobrir e encadernar no início do ano lectivo...não se pode ter tudo...

O bibliotecário anarquista, "ganda maluco" que muito aprecio ler, é quem me deu conta desta notícia...aaaquiii.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ah, tanta luxúria num só livro...perdão, quadro. / Woman sleeping with book


O livro aberto pelo chão, a luxúria do corpo nú de uma mulher, a languidez das roupas abandonadas pelo tapete ... definitivamente paixão! Sono ou prostração? Sim, solidão...uma confusão entre leitura e sexo, entre fruição literária e prazer carnal...

...e a culpa é toda dele, de Ralph Heimans, um pintor soberbo.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Faceabook: desconecta-te e lê um livro! / "Disconnect for a while. Read a book."







"Disconnect for a while. Read a book."


(cliquem na imagem para aumentar)


Gostei do trocadilho com o Facebook, nesta campanha publicitária de 2008, da Tzomet Sfarim Bookstore, em Israel.

Fonte: adsoftheworld.com

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A ida do homem à lua, a calvície e a ficção científica que deixou de ser ficção

"Quarenta anos depois, a ida do homem à Lua continua a impressionar-nos: como é possível que a humanidade tenha colocado dois ou três astronautas em solo lunar, mas continue sem conseguir parar a aparentemente irreversível queda de cabelo que me vai devastando a pelagem do osso frontal? Tenho muito apreço pela investigação científica e pelo valor simbólico da ida à Lua, mas emocionar-me-ia mais se a minha testa não estivesse a ficar mais ampla. Custa a entender que se avance para a Lua antes de estarem resolvidos alguns dos mais graves problemas da Terra, no topo dos quais está a calvície, especialmente a minha. Confesso que já fui menos sensível aos problemas dos carecas, mas vou ficando cada vez mais chocado com a ida à Lua à medida a que a minha cabeça se vai assemelhando à superfície lunar.


Não sou, evidentemente, o único desiludido com a viagem que faz agora 40 anos. Muitos escritores não podem deixar de ter sentido a aventura da NASA como um cínico ataque às suas obras: desde que Neil Armstrong pôs o pé na Lua, boa parte da ficção científica deixou de ser ficção. E, até certo ponto, científica. A saga de Hans Pfaall, o herói de Edgar Allen Poe que chega à Lua a bordo de um balão de ar quente, perde impacto quando comparada com o relato real do feito de 1969. A história de Michel Ardan, que, em Da Terra à Lua, Júlio Verne projecta para a Lua com uma espécie de canhão, deixa de ser fantástica se cotejada com a história de Neil Armstrong e seus colegas. E a proeza do Cyrano de Bergerac de Edmond Rostand, que diz ter saído da Terra após um banho de mar sob a luz da Lua cheia, a qual teria atraído a água dos seus cabelos como faz com as marés, só mantém algum do seu interesse porquanto mistura a ida à Lua com o tema do cabelo - sugerindo, aliás, que a viagem lunar está vedada aos carecas, o que uma vez mais se lamenta".


Excerto de mais uma crónica, a desta semana, de Ricardo Araújo Pereira para a Revista Visão. Na íntegra aqui. Este RAP tem sempre piada!

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