domingo, 4 de abril de 2010
sábado, 3 de abril de 2010
Meravigliosa creatura, Gianna Nannini
Molti mari e fiumi
attraverserò,
dentro la tua terra
mi ritroverai.
Turbini e tempeste
io cavalcherò,
volerò tra i fulmini
per averti.
Meravigliosa creatura,
sei sola al mondo,
meravigliosa paura
di averti accanto,
occhi di sole
bruciano in mezzo al cuore
amo la vita meravigliosa.
Luce dei miei occhi,
brilla su di me,
voglio mille lune
per accarezzarti.
Pendo dai tuoi sogni,
veglio su di te.
Non svegliarti, non svegliarti ancora.
Meravigliosa creatura,
sei sola al mondo,
meravigliosa paura
di averti accanto.
Occhi di sole,
mi tremano le parole,
amo la vita meravigliosa.
Meravigliosa creatura,
un bacio lento,
meravigliosa paura
di averti accanto.
All'improvviso
tu scendi nel paradiso.
Voglia di amare meravigliosa.
Heath Ledger canta "Can't take my eyes off you"
Do filme "10 things I hate about you", Can't take my eyes off you:
You're just too good to be true.
Can't take my eyes off you.
You'd be like Heaven to touch.
I wanna hold you so much.
At long last love has arrived
And I thank God I'm alive.
You're just too good to be true.
Can't take my eyes off you.
I love you, baby,
And if it's quite alright,
I need you, baby,
To warm a lonely night.
I love you, baby.
Trust in me when I say:
Oh, pretty baby,
Don't bring me down, I pray.
Oh, pretty baby, now that I found you, stay
And let me love you, baby.
Let me love you.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Uma crónica com muito amor, poucas palavras e pequenos gestos...
Como fazer chichi contra as paredes...porque isso é de homem...pieguices não!
Excelente crónica de António Lobo Antunes, a desta semana, para a revista Visão:
Excelente crónica de António Lobo Antunes, a desta semana, para a revista Visão:
O João trouxe-me um Santo António pequenino de Pádua: comoveu-me que se tivesse lembrado de mim. Na minha família não se fala de mariquices mas, de vez em quando, há gestos destes, de ternura escondida, como quem não quer a coisa. Deve-se gostar das pessoas sem lhes mostrar. Deve-se gostar das pessoas sem lhes mostrar? Pelo menos entre nós é assim: não há elogios, não há censuras, raramente há perguntas. Para quê? Há um estar ali que é já tanto. Diz-se sem as palavras e percebe-se que se diz e o que se diz porque o clima, não sei explicar de outra maneira, se torna diferente. Não falamos do que cada um faz: a gente sabe. Do que cada um sente: a gente sabe. Não se fala do sofrimento, não se fala da alegria: a gente conhece. É melhor desta forma. Uma única ocasião o meu pai fez-me uma confidência, sacudiu-a logo com a mão
- Chega de pieguices
e alegrou-me que se penitenciasse por transgredir as regras. Não há efusões, não há gestos e, no entanto, as efusões e os gestos estão lá. Quem souber ver que veja, quem não souber é porque não pertence à tribo. Não há lamentos: porque é que hei-de lamentar a minha sorte, interrogava o grego. Não há censuras, não há críticas, salvo em ocasiões muito, mas mesmo muito, especiais. O Zé Cardoso Pires percebia isto
- Vocês estão muito ligados
disse-me um dia, e mudou logo de paleio.
- Nenhum escritor gosta de falar do que escreve
afirmava ele. E, realmente, nunca falámos um ao outro do que escrevíamos. Quase todos os dias conversávamos mas não se tocava nesse assunto. Quando muito
- Estás a trabalhar?
e acabou-se. Ou
- Não estou a trabalhar
e acabou-se. Uma tarde telefonou-me
- É para te dar os parabéns porque ganhei um prémio
desviou logo o assunto e isto é o cúmulo da amizade. Foram os parabéns que, até hoje, mais prazer me deram. Até as nossas dedicatórias mútuas eram secas: Para o António do Zé, Para o Zé do António e um rectângulo à volta, a cercar as palavras, a fechá-las lá dentro. O rectângulo, claro, era o mais importante, e o que estava naqueles quatro riscos, meu Deus. Maior elogio mútuo
- Belo livro
maior crítica mútua: silêncio dentro de um soslaio breve. Não, maior elogio:
- Posso ser amigo de um médico, de um engenheiro, de um pedreiro. Para ser amigo de um artista tenho que admirá-lo.
Passeávamos de braço dado na rua. Com o meu irmão Pedro, por exemplo, darmos o braço é fazermos chichi juntos, no escuro, junto à cascata do jardim dos meus pais, com um comentário sobre o jacto respectivo. Depois sacudirmos os pingos ao mesmo tempo porque a pila não sabe fungar. Então abotoamo-nos e cada um vai para o seu lado, em silêncio. Deve ser difícil as mulheres entenderem isto mas, para os homens, fazer chichi lado a lado, ao ar livre, é sinal de amizade, a olharmos para baixo, cheios de duplos queixos. Tanto che che che nesta frase. Fazer chichi na rua é um dos meus prazeres, devo ter sido cachorro noutra encarnação. Detesto urinóis, retretes: haverá alguma coisa que se compare à exaltação de mijar contra uma parede? Às vezes, a seguir ao jantar, digo ao Pedro
- Já mijaste?
sabendo que ele estava à minha espera para essa celebração da cumplicidade. Nem que sejam três gotas faz-se um esforço. Vemos as árvores, vemos o muro, não nos vemos um ao outro mas estamos ali. Nem quero pensar na ideia de fazer chichi sozinho. No fim pergunta-se
- Como é que estás?
sabendo que o parceiro se cala. Depois cada um no seu carro, sem mais palavras. Um atrás do outro e, a certa altura, separamo-nos, com um sentimentozito de despedida que custa. Quer dizer não custa assim tanto, custa um bocadinho e passa. Eu vou fazer redacções, ele vai fazer não sei o quê: pouco importa. Importa que durante uns momentos estivemos juntos. Agora interrompi esta crónica porque fui lá dentro espreitar o Santo António antes de lhe pôr o ponto final. Que pena um ponto final ser tão pequenino.
António Lobo Antunes
Publicado em 31 de Mar de 2010 AQUI.
Muito bom!
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Os livros têm os mesmos inimigos que o homem
Jonathan Wolstenholme
"Os livros têm os mesmos inimigos que o homem: o fogo, a humidade, os bichos, o tempo e o próprio conteúdo".
Paul Valéry
quarta-feira, 31 de março de 2010
Stephenie Meyer volta a vampirizar
Trata-se de The Short Second Life of Bree Tanner, que vai ficar disponível on-line em Junho, inteiramente grátis no site www.breetanner.com:
“A vampire who first features in Stephenie Meyer's bestselling novel Eclipse but dies shortly afterwards is being resurrected by the bestselling Mormon author in her first new book for two years.
Meyer's novella The Short Second Life of Bree Tanner will be told from the perspective of newborn vampire Bree, who is bitten by the vampire Victoria as she creates an army to kill her enemies Bella Swan and the "vegetarian" vampire family the Cullens. Bree dies shortly after she is introduced in Eclipse, the third in Meyer's bestselling Twilight series about the love between human teenager Bella and handsome vampire Edward Cullen.
"This has been a surprise to me, too," Meyer said. "The reason why it's a surprise was that I never intended to publish this story as a standalone book. I began this story a long time ago – before Twilight was even released. Back then I was just editing Eclipse, and in the thick of my vampire world. I was thinking a lot about the newborns, imagining their side of the story, and one thing led to another. I started writing from Bree's perspective about those final days, and what it was like to be a newborn."
Fonte: guardian.co.uk
sexta-feira, 26 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
Silêncio que se vai cantar a Pedra Filosofal!
Adoro este poema de António Gedeão e esta música desde a minha adolescência! É já para mim um clássico, uma referência.
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
António Gedeão
quarta-feira, 24 de março de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
Para se ser um bom bibliotecário, tudo na vida conta.
Para se ser um bom bibliotecário, tudo conta:
Fonte: Bilingual Librarian“In order to be really good as a librarian, everything counts towards your work, every play you go see, every concert you hear, every trip you take, everything you read, everything you know. I don’t know of another occupation like that. The more you know, the better you’re going to be.” – Allen Smith, PhD
Há outras profissões em que temos de dar muito de nós e tudo contribui para um bom desempenho. Façam o obséquio de se acusar!
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