"….a good book can teach you about the world and about yourself. You learn more than how to read better; you also learn more about life. You become wiser. Not just more knowledgeable - books that provide nothing but information can produce that result. But wiser, in the sense that you are more deeply aware of the great and enduring truths of human life."
Entre as afecções de boca dos portugueses que nem a pasta medicinal Couto pode curar, nenhuma há tão generalizada e galopante como a Portugalite. A Portugalite é uma inflamação nervosa que consiste em estar sempre a dizer mal de Portugal. É altamente contagiosa (transmite-se pela saliva) e até hoje não se descobriu cura.
Um discurso brilhante sobre a necessidade de uma revolução na educação a uma escala global. A criação de um modelo personalizado de educação. A importância da criatividade e da paixão pelo que fazemos:
"Sir Ken Robinson demonstra-nos de uma forma divertida e pertinente como é necessário fazer uma mudança radical -- de uma escola estandardizada para uma aprendizagem personalizada -- e assim criar condições para que as aptidões naturais das crianças possam desabrochar livremente".
Aqui fica a transcrição do lindíssimo final do discurso:
«I wanted to read you a quick, very short poem from W.B. Yeats, who's someone you may know. He wrote this to his love, Maud Gonne, and he was bewailing the fact that he couldn't really give her what he thought she wanted from him. And he says, "I've got something else, but it may not be for you."
He says this: "Had I the heavens embroidered cloths, Enwrought with gold and silver light, The blue and the dim and the dark cloths of night and light and the half-light, I would spread the cloths under your feet; But I, being poor, have only my dreams; I have spread my dreams under your feet; Tread softly because you tread on my dreams." And every day, everywhere, our children spread their dreams beneath our feet. And we should tread softly.»
«Num país onde se liga tanto ao "comer bem" e ao "beber bem", porque é que os amigos e familiares não começam a preocupar-se com quem não lê? Porque é que não se há-de dizer "Ela não anda bem, sabes? Ultimamente, tem estado a ler muito mal...". E já agora diga-se do país inteiro. Por alto, na diagonal, como quem treslê...»
"Books are a hard-bound drug with no danger of an overdose. I am the happy victim of books".
Karl Lagerfield
"I sat before the fire in the Library—and read—almost a little wildly. I wanted to drug myself with books—-drown my thoughts in a great violet sea of Oblivion".
"Study-time cycles in Uris Library with 1920's style animation. A student project made at Cornell University in Lynn Tomlinson's Film 325 summer course".
A relação cada vez mais próxima entre a literatura e o marketing é o ponto de partida do debate “Best-sellers ou bestas céleres? Como se constrói um êxito editorial”, que vai reunir no sábado (dia 24), às 17 horas, no piso 3 do Dolce Vita Porto, diferentes agentes do meio editorial e livreiro com o objectivo de analisar as transformações ocorridas neste sector nos últimos anos.
O livreiro Antero Braga, o editor Francisco Madruga, o gestor de marcas Paulo Ribeiro e o escritor José Rodrigues de Carvalho são os participantes de um debate em que vão ser passados em revista temas como o peso crescente das grandes cadeias comerciais no circuito livreiro ou o recente fenómeno dos escritores por convite (figuras televisivas que escrevem best-sellers).
A sessão faz parte de “Cultura no Centro”, ciclo de debates sobre temas relacionados com as artes que se realiza mensalmente no Dolce Vita Porto .
É possível aprender a ser escritor, ou seja, é possível estudar para sê-lo? Há "técnicas" para isso?
R. Z.: É possível aprender e apreender técnicas, tal como é possível aprender a tocar piano ou a pintar ou a dançar. Naturalmente que dar o passo extra depende de algo que não se pode ensinar e que a pessoa tem ou não em bruto dentro dela. Mas o treino, a técnica e a teimosia ajudam, e não há artista digno desse nome sem nenhuma destas três coisas.
Qual é o seu primeiro conselho a um aspirante a escritor?
R. Z.: Ler e copiar, copiar muito. E, já agora, viver.
Concorda com o apelo à concisão de Saul Bellow? Onde termina uma narrativa literária concisa e começa uma listagem de frases ligadas por um mesmo tema?
R. Z.: Boa questão. Obviamente o apelo de Bellow tem uma batota: ele fê-lo depois de ter escrito prolixos calhamaços. Mas a busca da palavra exacta parece-me tão aconselhável como a busca da nota certa. Senão somos como aquele aluno a quem o professor pediu quanto eram 2+2 e que responde 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, e fica espantado por chumbar, já que deu a resposta certa.
Um escritor principiante deve ousar experimentar novas estruturas narrativas ou deve ater-se às consagradas pela literatura?
R. Z.: E porque não ambas? Com peso e medida umas vezes, sem peso nem medida outras.
Ter um "estilo próprio" é coisa a acalentar como virtude ou é um vício de escrita a combater?
R. Z.: É um objectivo a acarinhar. Mas não serve de nada pensar muito nisso. Ou se chega ou não se chega. Só é escritor, para mim, quem alcança uma voz própria.
Excerto de uma entrevista concedida pelo escritor à revista brasileira Samizdat, em 15 de Outubro de 2008.