quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Um livro a pairar sobre uma tragédia ou um amor feliz?



Uma cena inquietante com um livro a pairar no voo de duas pombas...qual será a história deste livro, deste homem armado que nos olha de soslaio, desta mulher que dorme vulnerável e tranquila, com um sorriso a colorir-lhe o sono?

 Personalizará ela a vítima inocente face à determinação assassina dele? Não é ele que nos sobressalta com o ar astuto, dissimulado, traiçoeiro, as armas escondidas atrás das costas?

Ou será que ele apenas protege com a sua força de guerreiro o sono tranquilo da sua amada e o sorriso dela advém de se saber amada, guardada e segura?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Poemas vs Árvores: "I shall never see a poem lovely as a tree"



Trees

I think that I shall never see

A poem lovely as a tree.


A tree whose hungry mouth is prest
Against the sweet earth’s flowing breast;


A tree that looks at God all day,
And lifts her leafy arms to pray;


A tree that may in summer wear
A nest of robins in her hair;


Upon whose bosom snow has lain;
Who intimately lives with rain.


Poems are made by fools like me,
But only God can make a tree.

Joyce Kilmer


sábado, 19 de fevereiro de 2011

Há poemas que caem das árvores como frutos maduros / There are poems falling from the trees


Sue Shanahan


Este foi o que caiu no meu colo:


Loss And Gain


When I compare
What I have lost with what I have gained,
What I have missed with what attained,
Little room do I find for pride.


I am aware
How many days have been idly spent;
How like an arrow the good intent
Has fallen short or been turned aside.


But who shall dare
To measure loss and gain in this wise?
Defeat may be victory in disguise;
The lowest ebb is the turn of the tide.



Henry Wadsworth Longfellow, "Loss And Gain"

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Uma inquietação constante é fundamental para a criação




"Eu penso que aquilo que faz com que nós continuemos vivos e capazes de criar é isso mesmo, uma inquietação constante. Sem ela não pode haver criação, quem não põe sempre tudo em causa, arrisca-se a ter uma vida interior de três assoalhadas, num bairro económico."

António Lobo Antunes


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O problema das citações na Internet

"The trouble with quotes in the internet is that you can never know if they are genuine"

Abraham Lincoln


(um homem realmente muito à frente do seu tempo) :)))


Realmente as citações que encontramos na Internet podem ser um problema em termos de presença e correção das fontes assim como a sua adulteração no processo de circulação pela rede (quem copia/cola um conto acrescenta um ponto). Ou podem simplesmente ser inventadas e atribuídas levianamente a algum nome célebre. É realmente um problema...a não ser que sejam tão flagrantes como a que está acima. :)))))

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Vamos processar a Bela Adormecida!!!


A minha tradução muito livre:

A Princesa Aurora, vulgarmente conhecida como Bela Adormecida, ao dormir durante 100 anos negligenciou gravemente o seu reino e o seu povo. Quanto ao dragão foi preso por desacato, perturbação da ordem pública e resistência às forças da autoridade. Ambos foram julgados e executados. A partir daí o povo viveu feliz para sempre.

Sempre há histórias com finais felizes!!! :)
Posted by Picasa


Não consuma drogas, beije muito, apaixone-se e o efeito é o mesmo! :)

O Cupido de Kenyon Cox (1856 – 1919)

A bióloga norte-americana Sheril Kirshenbaum afirma, no seu livro "The Science of Kissing.", que o beijo tem um efeito semelhante no cérebro a uma dose de cocaína:

"A tese não é nova, já que nos últimos anos vários investigadores têm demonstrado que a paixão resulta de um cocktail de químicos semelhantes aos libertados pelo consumo de droga, que actuam nas zonas de gratificação do cérebro.

Helen Fisher, especialista em biologia antropológica da Universidade Rutgers, New Jersey, tem sido uma autora prolífica. Allen Gomes sublinha que, apesar de uma comparação directa entre um beijo e uma dose de cocaína poder ser excessiva, Fisher demonstrou existir uma grande proximidade entre as zonas do cérebro atingidas por uma e outra. "Tem que ver sobretudo com a dopamina e parece ser esta a base para o amor ser uma motivação natural", diz o psiquiatra. "Mas se analisarmos, o ódio também acontece perto do amor e a felicidade perto da raiva."

Kirshenbaum, citada este fim-de-semana pelo jornal espanhol "El País", explicava que o facto de a dopamina disparar durante um beijo apaixonado, como acontece no consumo de cocaína, pode explicar os "pensamentos obsessivos associados a um novo romance". "Faz-nos querer mais e sentimo-nos carregados de energia. Sob o seu efeito, perdemos o apetite, temos dificuldade em dormir e de-senvolvemos comportamentos erráticos." Allen Gomes ajuda a diagnosticar: "Como lhe chamou Fisher, a paixão é uma dependência agradável se for correspondida e privativa se houver rejeição."

Dopamina, ocitocina, adrenalina e serotonina são algumas das substâncias produzidas pelos neurónios já associadas à paixão. Com base em níveis acima da média quando se está apaixonado, muitos tentaram já impor um prazo de validade ao encantamento: seis meses a dois anos. Num artigo publicado recentemente na revista "Bipolar", Allen Gomes rejeita a limitação: "Casais com ligações de mais de 20 anos e que se declaram ainda apaixonados mostram activações cerebrais semelhantes aos casais a viverem os primeiros estádios da paixão. Quer dizer que a paixão não tem de ser necessariamente breve. Breve será, por definição, o turbilhão emocional que a acompanha." Kirshenbaum pede mais investigação nesta área: o grosso das cobaias têm sido "jovens universitários em pleno despertar sexual", disse ao "El País".

No final do ano passado, um estudo publicado por Stephanie Ortigue, da Universidade Syracuse, revelou que a activação destes circuitos numa situação de paixão demora um quinto de segundo. Segundo a investigadora, além da resposta eufórica, a paixão também incide sobre áreas intelectuais, por exemplo as que processam a imagem corporal".


Artigo de Marta F. Reis , publicado hoje no Jornal i. Leia na íntegra AQUI.

Mais um poema do Dia dos Namorados / Valentines's Day: another poem




On Valentine's Day we think of those
Who make our lives worthwhile,
Those gracious, friendly people who
We think of with a smile.

I am fortunate to know you,
That's why I want to say,
To a rare and special person:
Happy Valentine's Day!




Fonte: Love for Books

Um poema para o Dia dos Namorados / "To my Valentine": the poem




The Rose is Red, the Violet’s Blue
The Honey’s Sweet and so are You
Thou are my love and I am thine,
I drew thee to my Valentine
The lot was Cast and then I drew
and Fortune said it shou’d be You.



Poema inglês típico do Dia dos Namorados ou "Valentine's Day"  publicado em 1784 no Gammer Gurton's Garland (seguindo este link pode aceder a esta publicação na íntegra).

domingo, 13 de fevereiro de 2011

"Não conhece a arte de navegar quem nunca navegou no ventre de uma mulher..."


Giulio Aristide Sartorio (1860 - 1932), pintor italiano.



Não conhece a arte de navegar
quem nunca navegou no ventre
de uma mulher, remou nela,
naufragou e sobreviveu numa das suas praias.


Cristina Peri Rossi in
«Qual é a minha ou a tua língua - Cem poemas de amor de outras línguas»,
(org. Jorge Sousa Braga),
Assírio e Alvim.



Muito bonito.

Poesia de um amor triste ao som de violinos: "Dance Me To The End Of Love"

De Leonard Cohen.






Dance Me To The End Of Love


Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic 'til I'm gathered safely in
Lift me like an olive branch and be my homeward dove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love


Oh let me see your beauty when the witnesses are gone
Let me feel you moving like they do in Babylon
Show me slowly what I only know the limits of
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love


Dance me to the wedding now, dance me on and on
Dance me very tenderly and dance me very long
We're both of us beneath our love, we're both of us above
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love


Dance me to the children who are asking to be born
Dance me through the curtains that our kisses have outworn
Raise a tent of shelter now, though every thread is torn
Dance me to the end of love


Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic till I'm gathered safely in
Touch me with your naked hand or touch me with your glove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

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