quinta-feira, 7 de junho de 2012

Homenagem à minha barriga / "The Beauty Love Left Behind"


Esta não é a minha barriga mas a minha não ficou em muito melhor estado depois de duas gravidezes e três bébés (com gémeos na barriga fiquei tão larga quanto comprida:)).

Guardo numa timidez orgulhosa (tímida porque em nada corresponde à beleza que normalmente se espera) as marcas na pele de acontecimentos felizes que encheram e enchem a minha vida para sempre.

"The Beauty Love Left Behind. A mark for every breath you took, every blink, every sleepy yawn. One for every time you sucked your thumb, waved hello, closed your eyes and slept in the most perfect darkness. One for every time you had the hiccups. One for every dream you dreamed within me. It isn't very pretty anymore. Some may even think it ugly. That's OK. It was your home. It's where I first grew to love you, where I lay my hand as I dreamed about who you were and who you would be. It held you until my arms could, and for that, I will always find something beautiful in it". (autor desconhecido)


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Quem ainda não viu "Era uma vez"? / "Once upon a Time"




Adam Horowitz e Edward Kitsis, os criadores de Lost, criaram uma versão moderna dos contos de fadas. A personagem principal é Emma Swan, que acaba de chegar a uma pequena cidade no Maine. Estou a falar de Once Upon a Time.

Toda a série gira em torno de personagens que todos conhecemos como Branca de Neve e o Principe Encantado, Capuchinho Vermelho, Bela e o Monstro, Cinderela e como não podia deixar de ser a antagonista bruxa e madrasta malvada.

A novidade é que todas estas personagens vivem agora fora do universo da magia, no mundo real, numa pequena vila norte-americana chamada Storybrooke, onde desconhecem completamente as suas verdadeiras entidades. Tudo graças a uma maldição da vilã. A única pessoa que detém a verdade é obviamente uma criança com um livro de histórias.

Cabe à protagonista ( juntamente com o menino com o livro de histórias, seu filho) quebrar o feitiço que aprisiona todos estes personagens.

O mais curioso é que não são só as personagens dos contos tradicionais que têm lugar nesta série mágica. O universo de Alice no País das Maravilhas também é contemplado. Um episódio é dedicado ao Chapeleiro Maluco.

Quanto à acção, oscila entre os dois mundos e dois tempos: o mundo dos contos e o mundo real, o passado e o presente. E os acontecimentos que desaguam na situação actual vão sendo revelados aos poucos pelo que há muitos momenos "Ah, então foi assim que aconteceu!".

Boas notícias: a série dá às sextas-feiras à noite no AXN e vale bem a pena. Esta versão embora leve, é também muito mais adulta que os contos originais. As más notícias: quem não começou a ver desde o início vai ter dificuldade em perceber que raio se passa agora nesta acção que alterna constantemente entre duas realidades distintas em que as personagens são as mesmas mas em tempos e situações diferentes. Um quebra-cabeças! :)

Eu não perco, ou não fosse eu eterna fã dos contos de fadas!




Gostei particularmente da volta que deram à história do Capuchinho Vermelho, fazendo dela um(a) lobisomem transformando-a de presa em predadora.



O elenco.



Os maus da fita. Mas ele, Rumplestiltskine é uma figura âmbigua.


Branca de Neve, uma das figuras dos contos com maior destaque.



Foto de 14 de Maio do meu Projeto 365 / My may 14 photo for my "Capture your 365" project


Chuva no vidro.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

A leitora invisível / The invisible reader


"Autorretrato", Taisia Petrovna

Foto de 7 de Maio do meu Projeto 365 / My may 7 photo for my "Capture your 365" project


Desenhos de luz e água no banco do barco.

A assinalar o Dia da Criança deixo um poema de Fernado Pessoa



A Criança que Fui Chora na Estrada

A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
...
Quero ir buscar quem fui onde ficou.

Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.

Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,

Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim.


Fernando Pessoa

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