segunda-feira, 11 de maio de 2015

Leitores com portátil / Readers with laptop





quinta-feira, 7 de maio de 2015

segunda-feira, 4 de maio de 2015

BIBLIOCASA: Serviço Domiciliário de Apoio à Leitura em Loulé


A Biblioteca Municipal Sophia de Mello Breyner Andresen, em Loulé, arrancou no mês de Março com o projecto BIBLIOCASA, um serviço domiciliário de apoio à leitura para munícipes com limitações de mobilidade, permanentes ou temporárias.

O objectivo é garantir às pessoas condicionadas por limitações de mobilidade, ainda que temporárias, um serviço de leitura pública adaptado às necessidades especiais dos seus utentes no que diz respeito ao acesso à informação e ao uso da documentação.

O BIBLIOCASA disponibiliza, em regime de empréstimo, livros, DVDs, VHSs, CDs, jogos e CD-Roms, faz serviço de entrega, procede à recolha de livros e outros documentos, e presta serviço de informação à comunidade.

Os utilizadores podem – autonomamente ou apoiados por funcionários da Biblioteca através da internet – consultar, nas suas casas, a base de dados da Biblioteca Municipal e seleccionar os documentos que desejam para empréstimo.

Para aderir a este serviço os interessados deverão preencher e fazer chegar à Biblioteca Municipal (via email biblioteca@cm-loule.pt ou correio para Rua José Afonso-8100 Loulé) um inquérito para se poder proceder à avaliação e selecção dos leitores que o BIBLIOCASA integrará. Estes inquéritos estão disponíveis na Biblioteca ou nos seus Pólos, através de email ou por telefone (289 400 850).
Ana Viegas

Fonte: BAD

sábado, 2 de maio de 2015

Bibliotecas improváveis / Improbable libraries

Each library boat for Lao children on the Mekong and Ou rivers carries around 1,000 titles. At stops, staff run games and children can borrow books overnight and return them before the boat moves on to another village. 


"Does your library arrive at your home on an elephant? Perhaps it floats down the river? Is it in your local telephone box, railway station – or even your back garden?
Librarians have a long history of overcoming geographic, economic and political challenges to bring the written word to an eager audience. They continue to live up to that reputation, despite the rapid and sweeping changes in how we read and share books in the 21st century.
Part of the change is architectural. Instead of the stately structure in the centre of town with which we are usually most familiar, your local library might now be anything from a pop-up to an imaginative architectural masterpiece resembling a shelf of books or the inside of an iceberg. The shift is also technological, reflecting the increased use of mobile apps and digital technology to bring books to a wired world, although many of the libraries in this book still rely on people lugging traditional print books around".

Continue a ler este artigo do The Guardian AQUI.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Desgosto de amor / Heartbreak

 

 Marcus Stone


"We loved with a love that was more than love".
Edgar Allan Poe



The heart was made to be broken.”
Oscar Wilde


Quem nunca ficou com o coração partido?

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Namora uma rapariga que lê



«Namora uma rapariga que lê. Namora uma rapariga que gaste o dinheiro em livros em vez de roupas. Ela tem problemas de arrumação porque tem demasiados livros. Namora uma rapariga que tenha uma lista de livros que quer ler, que tenha um cartão da biblioteca desde os doze anos.
Encontra uma rapariga que lê. Vais saber que é ela, porque anda sempre com um livro por ler na mala. É aquela que percorre amorosamente as estantes da livraria, aquela que dá um grito imperceptível ao encontrar o livro que procurava. Vês aquela miúda com ar estranho, cheirando as páginas de um livro velho, numa loja de livros em segunda mão? É a leitora. Nunca resistem a cheirar as páginas, especialmente quando ficam amarelas e usadas.

Ela é a rapariga que lê enquanto espera no café ao fundo da rua. Se espreitares para a chávena, verás a espuma a pairar à superfície, porque também ela está enlevada. Perdida num mundo feito pelo autor. Senta-te. Ela pode ver-te de relance, porque a maior parte das raparigas que lêem não gostam de ser interrompidas. Pergunta-lhe se está a gostar do livro.

Oferece-lhe outra chávena de café.

Diz-lhe o que realmente pensas do Murakami. Descobre se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade do Anel. Entende que, se ela disser ter percebido o Ulisses de James Joyce, é só para soar inteligente. Pergunta-lhe se gosta da Alice ou se gostaria de ser a Alice.

É fácil namorar com uma rapariga que lê. Oferece-lhe livros no dia de anos, no Natal, em datas de aniversários. Oferece-lhe palavras como presente, em poemas, em canções. Oferece-lhe Neruda, Pound, Sexton, Cummings. Deixa-a saber que tu percebes que as palavras são amor. Percebe que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade – mas, caramba, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco com o seu livro favorito. Se ela conseguir, a culpa não será tua.

Ela tem de arriscar, de alguma maneira.

Mente-lhe. Se ela compreender a sintaxe, vai perceber a tua necessidade de mentir. Atrás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, subtileza, diálogo. Nunca será o fim do mundo.

Desilude-a. Porque uma rapariga que lê compreende que falhar conduz sempre ao clímax. Porque essas raparigas sabem que todas as coisas chegam ao fim. Que podes sempre escrever uma sequela. Que podes começar outra vez e outra vez e continuar a ser o herói. Que na vida é suposto existir um vilão ou dois.

Porquê assustares-te com tudo o que não és? As raparigas que lêem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Excepto na saga Crepúsculo.

Se encontrares uma rapariga que lê, mantém-na perto de ti. Quando a vires acordada às duas da manhã, a chorar e a apertar um livro contra o peito, faz-lhe uma chávena de chá e abraça-a. Podes perdê-la por um par de horas, mas ela volta para ti. Falará como se as personagens do livro fossem reais, porque são mesmo, durante algum tempo.

Vais declarar-te num balão de ar quente. Ou durante um concerto de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Pelo Skype.

Vais sorrir tanto que te perguntarás por que é que o teu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Juntos, vão escrever a história das vossas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos ainda mais estranhos. Ela vai apresentar os vossos filhos ao Gato do Chapéu e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos da vossa velhice e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto tu sacodes a neve das tuas botas.

Namora uma rapariga que lê, porque tu mereces. Mereces uma rapariga que te pode dar a vida mais colorida que consegues imaginar. Se só lhe podes oferecer monotonia, horas requentadas e propostas mal cozinhadas, estás melhor sozinho. Mas se queres o mundo e os mundos que estão para além do mundo, então, namora uma rapariga que lê.

Ou, melhor ainda, namora uma rapariga que escreve.» 



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