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terça-feira, 28 de maio de 2013

"Quando se faz amor assim..."

s.id.

"Quando se faz amor assim, de paixão total, fica-se longe das palavras.
O encantamento é uma casa que tem o silêncio por teto".


MIA COUTO

domingo, 10 de fevereiro de 2013

A sexualidade numa mulher por João Morgado




«Sexo pelo sexo é apenas o atulhar de um oco - o banquete de um côncavo dentro do convexo (...) Podemos aterrar mil vezes num aeroporto e não conhecer o país, como podemos entrar mil vezes uma mulher e não a conhecer… (...) A sexualidade numa mulher começa na cabeça e prolonga-se pela pele como um horizonte em que se funde o mar com o céu infinito. A mulher é um pensamento com pele»


João Morgado IN: Diário dos Imperfeitos

Romance, Kreamus, 2012
Prémio Literário Vergílio Ferreira

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Amor verdadeiro / True love

 Elena Odriozola
 
“Te amo para amarte y no para ser amado, puesto que nada me place tanto como verte a ti feliz.”
 George Sand

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Pelo Dia dos Namorados participe no Concurso de Textos de Amor Manuel A. Pina



O Museu Nacional da Imprensa promove, a partir do dia 11 de Fevereiro, o Concurso de Textos de Amor Manuel A. Pina, em homenagem ao jornalista e escritor falecido em outubro de 2012. A iniciativa, especial para o Dia dos Namorados, prolonga-se até 17 de Fevereiro, em busca de textos de amor originais.
Dirigido aos apaixonados de todas as idades e residentes em qualquer parte do país (e a portugueses no estrangeiro), o concurso, já na 13ª edição, vai premiar os melhores textos concorrentes, em poesia ou prosa.

Os prémios principais são uma viagem de avião (destino Europa) e um cruzeiro no Douro para duas pessoas, além de livros e cd-roms.

O Museu Nacional da Imprensa pretende, com esta iniciativa, motivar a emergência de novos autores, apelando à escrita de textos de carácter amoroso.

Durante a “semana dos namorados”, o museu está aberto à recepção de textos originais alusivos ao amor e os visitantes poderão imprimir poemas de diversos autores (Camões, Florbela Espanca, Bocage, Pessoa, Eugénio de Andrade…), nos prelos-relíquia do Museu.

Os textos concorrentes devem ser registados num impresso próprio, disponível nas instalações daquele Museu e no seu sítio oficial (www.museudaimprensa.pt) onde está patente o regulamento.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Concurso Literário Alfarroba 2012/2013 - AMORES CONTADOS

Uma iniciativa de Alfarroba Edições:

Conta-me. Conta-me como me conheceste, como me deste o primeiro beijo. Conta-me das mãos dadas e dos olhos brilhantes. Conta-me do nosso início e do nosso fim. Ou só do nosso início. Ou só do nosso fim. Conta-me do meio. Conta-me do nosso amor de verão, do nosso casamento. Fala-me de isso tudo, diz-me coisas dos nossos netos. Ou então de nunca mais me teres visto depois da nossa única noite. Conta-me tudo.

Até 15 de fevereiro de 2013, envia-me, envie-nos a sua história de amor num máximo de 6000 palavras.

As 5 melhores serão editadas em livro.

Para detalhes, informações e regulamento:
e-mail: geral@alfarroba.com.pt
telefone: 210 998 223

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Primeiro a tua mão sobre o meu seio




Primeiro a tua mão sobre o meu seio

Primeiro a tua mão sobre o meu seio.
Depois o pé - o meu - sobre o teu pé.

Logo o roçar urgente do joelho
e o ventre mais à frente na maré.

É a onda do ombro que se instala.
É a linha do dorso que se inscreve.
A mão agora impõe, já não embala
mas o beijo é carícia, de tão leve.

O corpo roda: quer mais pele, mais quente.
A boca exige: quer mais sal, mais morno.
Já não há gesto que se não invente,
ímpeto que não ache um abandono.

Então já a maré subiu de vez.
É todo o mar que inunda a nossa cama.
Afogados de amor e de nudez
Somos a maré alta de quem ama

Por fim o sono calmo, que não é
Senão ternura, intimidade, enleio:
O meu pé descansando no teu pé,
A tua mão dormindo no meu seio.

Rosa Lobato Faria in Cem Poemas Portugueses no Feminino (Terramar, 2005)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Amor e peixes / Love and fishes





Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
... É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.

 Adélia Prado

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

"Só de Mim": uma declaração de amor bonita que passeia por Lisboa.

Um poema de Shakespeare pelo Dia dos Namorados / Shakespeare's poem for Valentine's Day


"Grey Lovers", 1917, Marc Chagall (1887-1985)

         

          Doubt thou the stars are fire;     
          Doubt that the sun doth move;     
          Doubt truth to be a liar;     
          But never doubt I love.     


William Shakespeare

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

domingo, 25 de setembro de 2011

Era uma vez um amor / "Once upon a time there was a boy who loved a girl..."


Marc Chagall (1887-1985), Grey Lovers, 1917


Once upon a time there was a boy who loved a girl, and her laughter was a question he wanted to spend his whole life answering.

Nicole Krauss, The History of Love

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

"Gostava dela porque era ela, porque era eu."

"...pra explicar o amor entre duas pessoas: gostava dela porque era ela, porque era eu."


http://www.youtube.com/v/_JEsCzTinac?version=3">name="allowFullScreen" value="true">http://www.youtube.com/v/_JEsCzTinac?version=3" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowScriptAccess="always" width="640" height="390">

Lindo de tão simples. Complicado de tão simples. :)
Chico Buarque é sempre fascinante!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

"Gosto de ti": um poema de Francisco Valverde Arsénio







Gosto de ti
e das marcas do teu rosto
na almofada da minha cama;

Gosto de ti
e do teu sorriso sereno
adormecido nos lábios;

Gosto de ti
quando nos momentos de paixão e abandono
me desenhas na tua pele;
Gosto de ti
quando vagueias à sombra das laranjeiras
e as folhas caem no chão como poemas;

Gosto de ti e de ser eu… em ti.


Francisco Valverde Arsénio (2011)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

"Uma das Manhãs": mais um poema sensual




De Joaquim Monteiro, aqui fica "Uma das Manhãs":


Rente à manhã, sinto uma leve brisa.
Suave e fresca. Acaricia-me.
O dia descobre-me aos poucos, beijando-me,
e eu sou um, entre tantos que desperta.

Docemente me beija a pele adormecida,
sem pudor, desperta-me a virilidade,
assustada, de incontidas noites desejada.
Num alvoroço de luas peregrinas.

A meu lado, o amor ainda dorme.
Tão nua, num desapego lírico de se ver.
Aveludado, meu afago a percorre,
deixando adormecer minha mão,
no ventre luminoso de perdão.

Estremece um pouco; na vã tentativa
de encobrir, desfolhada rosa, que,
meus dedos no orvalho se inquietam.

Lentamente os seios despontam ao raiar,
num leve acariciar dos lábios.
Docemente sorri: afastando-me a mão.
{que agora não; ainda não despertou o coração}

(2011-06-18)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Desperta-me de noite...um poema sensual




De Maria Teresa Horta:

Desperta-me de noite
O teu desejo
Na vaga dos teus dedos
Com que vergas
O sono em que me deito

É rede a tua língua
Em sua teia
É vício as palavras
Com que falas

A trégua
A entrega
O disfarce

E lembras os meus ombros
Docemente
Na dobra do lençol que desfazes

Desperta-me de noite
Com o teu corpo
Tiras-me do sono
Onde resvalo

E eu pouco a pouco
Vou repelindo a noite
E tu dentro de mim
Vai descobrindo vales.

domingo, 5 de junho de 2011

O medo de ficar com o coração partido / Afraid of getting a heart broken




You say that you love rain, but you open your umbrella when it rains. You say that you love the sun, but you find a shadow spot when the sun shines. You say that you love the wind, but you close your windows when wind blows. This is why I am afraid, you say that you love me too.

William Shakespeare

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Namora uma rapariga que lê




Eu já estou comprometida mas há outras... :)


"Namora uma rapariga que lê. Namora uma rapariga que gaste o dinheiro dela em livros, em vez de roupas. Ela tem problemas de arrumação porque tem demasiados livros. Namora uma rapariga que tenha uma lista de livros que quer ler, que tenha um cartão da biblioteca desde os doze anos.

Encontra uma rapariga que lê. Vais saber que é ela, porque anda sempre com um livro por ler dentro da mala. É aquela que percorre amorosamente as estantes da livraria, aquela que dá um grito imperceptível ao encontrar o livro que queria. Vês aquela miúda com ar estranho, cheirando as páginas de um livro velho, numa loja de livros em segunda mão? É a leitora. Nunca resistem a cheirar as páginas, especialmente quando ficam amarelas.

Ela é a rapariga que lê enquanto espera no café ao fundo da rua. Se espreitares a chávena, vês que a espuma do leite ainda paira por cima, porque ela já está absorta. Perdida num mundo feito pelo autor. Senta-te. Ela pode ver-te de relance, porque a maior parte das raparigas que lêem não gostam de ser interrompidas. Pergunta-lhe se está a gostar do livro.

Oferece-lhe outra chávena de café com leite.

Diz-lhe o que realmente pensas do Murakami. Descobre se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entende que, se ela disser ter percebido o Ulisses de James Joyce, é só para soar inteligente. Pergunta-lhe se gosta da Alice ou se gostaria de ser a Alice.

É fácil namorar com uma rapariga que lê. Oferece-lhe livros no dia de anos, no Natal e em datas de aniversários. Oferece-lhe palavras como presente, em poemas, em canções. Oferece-lhe Neruda, Pound, Sexton, cummings. Deixa-a saber que tu percebes que as palavras são amor. Percebe que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade – mas, caramba, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco com o seu livro favorito. Se ela conseguir, a culpa não será tua.

Ela tem de arriscar, de alguma maneira.

Mente-lhe. Se ela compreender a sintaxe, vai perceber a tua necessidade de mentir. Atrás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. Nunca será o fim do mundo.

Desilude-a. Porque uma rapariga que lê compreende que falhar conduz sempre ao clímax. Porque essas raparigas sabem que todas as coisas chegam ao fim. Que podes sempre escrever uma sequela. Que podes começar outra vez e outra vez e continuar a ser o herói. Que na vida é suposto existir um vilão ou dois.

Porquê assustares-te com tudo o que não és? As raparigas que lêem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Excepto na saga Crepúsculo.

Se encontrares uma rapariga que leia, mantém-na perto de ti. Quando a vires acordada às duas da manhã, a chorar e a apertar um livro contra o peito, faz-lhe uma chávena de chá e abraça-a. Podes perdê-la por um par de horas, mas ela volta para ti. Falará como se as personagens do livro fossem reais, porque são mesmo, durante algum tempo.

Vais declarar-te num balão de ar quente. Ou durante um concerto de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Pelo Skype.

Vais sorrir tanto que te perguntarás por que é que o teu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Juntos, vão escrever a história das vossas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos ainda mais estranhos. Ela vai apresentar os vossos filhos ao Gato do Chapéu e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos da vossa velhice e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto tu sacodes a neve das tuas botas.

Namora uma rapariga que lê, porque tu mereces. Mereces uma rapariga que te pode dar a vida mais colorida que consegues imaginar. Se só lhe podes oferecer monotonia, horas requentadas e propostas mal cozinhadas, estás melhor sozinho. Mas se queres o mundo e os mundos que estão para além do mundo, então, namora uma rapariga que lê.

Ou, melhor ainda, namora uma rapariga que escreve."


(Texto de Rosemary Urquico, encontrado no blogue de Cynthia Grow. Tradução “informal” de Carla Maia de Almeida para celebrar o Dia Mundial do Livro, 23 de Abril.)
 

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