quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018
A contadora de histórias / The storyteller
domingo, 6 de abril de 2014
Ricardo Araújo Pereira adapta os contos tradicionais infantis aos tempos modernos
Fonte: Rádio Comercial
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
DN disponibiliza 31 Contos Digitais Grátis
Vai encontrar por lá livros de Pedro Paixão, Inês Pedrosa ou Gonçalo M. Tavares, entre muitos outros grandes autores da literatura portuguesa contemporânea.
Neste momento estão já disponíveis para download os seis primeiros títulos e até ao final do mês de Dezembro de 2013 irão ficando disponíveis todos os outros que completam esta interessante e valiosa colecção.
O único requisito para poder aceder aos livros é fazer o registo grátis no site do DN.
Tenha acesso a esta biblioteca AQUI.
domingo, 13 de outubro de 2013
O que é uma história para Alice Munro? / What's a story for Alice Munro?
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Singularidades de uma Rapariga Loura, de Eça de Queirós: download gratuíto
terça-feira, 30 de abril de 2013
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
A imperfeição é definitivamente mais perfeita
IN: Diário dos Imperfeitos
Prémio Literário Vergílio Ferreira
Romance - Kreamus - 2012
domingo, 13 de janeiro de 2013
Concurso Literário Alfarroba 2012/2013 - AMORES CONTADOS
Até 15 de fevereiro de 2013, envia-me, envie-nos a sua história de amor num máximo de 6000 palavras.
As 5 melhores serão editadas em livro.
Para detalhes, informações e regulamento:
e-mail: geral@alfarroba.com.pt
telefone: 210 998 223
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Vestido tecido de histórias / Storydress
quinta-feira, 5 de maio de 2011
sábado, 8 de janeiro de 2011
terça-feira, 23 de novembro de 2010
As histórias em que moramos / The stories we live in
domingo, 25 de outubro de 2009
sábado, 18 de outubro de 2008
Ovos quentes
Sempre gostei deles estrelados, brilhantes de gordura, com uma grossa fatia de bacon a acompanhar. E ela parecia ficar um pouco incomodada ao ver-me degluti-los com entusiasmo e até alguma precipitação (o apetite tem as suas urgências, e eu sempre fui um homem de apetites!), enquanto comia os seus cereais com baixo teor de calorias, submersos em leite magro e colmatados por uma pecita de fruta de cultura biológica.
Mariana não tinha uma postura descontraída em relação a nada. Se não fosse aquele seu olharzinho pestanudo de mulher fatal, aquele sinalzinho à Cindy Crawford no canto superior dos lábios carnudos e aquele corpo…ai aquele corpinho de pecado…Mas o que tinha de beleza tinha de contenção beata. Éramos amantes há meses mas não se podia dizer que fôssemos íntimos. É impossível a intimidade para quem a nudez é apenas mais uma forma de vestir. Quando andava nua pelo quarto mantinha a pose de quem desfila sobre uma passerelle. Não contávamos segredos, não entrelaçávamos as mãos, não trocávamos olhares de cumplicidade.
Mas o pior de tudo era a sua miopia sexual. Era uma mulher dogmática na cama, sem imaginação ou liberdade. Sempre que eu propunha uma inovação, uma maneira diferente de tocar, um exercício mais experimental e ousado, levava com uma expressão axiomática do género: “ISSO não faço! É animalesco…é pouco higiénico”. E esta era uma proposição reiterada, sentenciosa e indiscutível. Morria ali a discussão, sem espaço a contra-argumentos! E eu que sempre fui adepto do método científico no vale dos lençoís!
“Eh pá, mas porquê?”, indagava eu, desesperado com a sua sovinice sensual. “Porque não.” E, ao ouvir isto, passava-me uma nuvem vermelha pela vista e crescia em mim a vontade de fazer uma loucura…de rasgar-lhe a roupa sempre impecável…despenteá-la…violá-la…destituí-la daquela pose de diva inatingível que me impossibilitava de a amar verdadeiramente.
Uma manhã, mais uma vez apanhado na ratoeira do mecanismo frustração afectiva – compensação alimentar, fritava os meus ovos na gordura luzidia do bacon quando desceu sobre mim uma epifania de inspiração erótica. Decerto instigado pela versão cinéfila do Kamasutra, essa maravilha da 7ª arte que é Nove Semanas e Meia, resolvi oferecer-lhe o pequeno-almoço na cama.
Ainda dormia, vestida apenas pela rebeldia dos seus cabelos ruivos, a nudez sublinhada pela finura do tecido que a cobria. Levantei lentamente o lençol. Senti o desejo pulsante sublinhado pelo travo picante da profanação. E, devagarinho, como obedecendo a um ritual sagrado, espremi o ovo estrelado, escorrendo entre os meus dedos, naquele umbiguinho de sereia.
Levantou-se de um grito. Olhou para mim como se tivesse tido uma revelação e eu fosse o diabo…
E só guardo na memória aquele corpinho nú, lindo, sem vestígios de celulite, a escapulir-se qual ninfa da Ilha dos Amores, fugindo às mãos mas oferecendo-se ao olhar deste argonauta faminto, sem amor nem pequeno-almoço.
Foi este o episódio que marcou o fim da nossa relação. E ainda hoje me arrependo de não ter deixado arrefecer um bocadinho mais o ovo.
Ana Tarouca
23 Dez. 2000, reescrito em Outubro de 2008
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Ignácio de Loyola Brandão conta sobre uma paixão enciclopédica por uma bibliotecária
"- Gosta de ler?
- Gosto. E você, gosta de quem lê?
- Sou bibliotecária, livros são minha paixão. Um dia ainda abro uma livraria.
(…)
- Se eu lesse muitos livros? Você me admiraria?
- Claro que sim.
- Quantos livros eu teria de ler?
- Nunca pensei nisso.
- Pois vou ler esta biblioteca inteira. Depois vou passar por todas as outras bibliotecas de São Paulo, do Brasil.. Onde tiver livro, estarei lendo...
Ele se encaminhou para a porta, voltou-se.
- Por você vou ler 1 milhão de livros. Um bilhão. E aí você vai me admirar.
Quase disse 'gostar de mim', se conteve, apenas pensou que ela veria quanto uma paixão move um homem.
- Vou ler 1 trilhão de livros, vou ler todos os livros do mundo.
Liliani fez um aceno de cabeça e pensou: tomando-se a média de 120 páginas por livro e imaginando que ele demore três minutos para ler uma página, lerá um livro a cada 360 minutos, ou seja seis horas. Seis trilhões de horas, calculando por baixo, significam 250 bilhões de dias. Mais ou menos uns 70 bilhões de anos. Acho que não vou esperar, concluiu. Estou com fome. E saiu para o almoço."
Podem ler aqui o conto na íntegra. Trata-se de Conto de Natal à Minha Maneira, ou seja, à maneira de Ignácio de Loyola Brandão. Foi publicado no Jornal O Estado de São Paulo em 22 de Dezembro de 2006.
As bibliotecárias são assim, hihi, despertam paixões avassaladoras! ;)
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Um Conto Súbito...BANG!
Eis um surpreendente Conto Súbito de Luís Filipe Silva que achei na Revista Bang n.º 3, publicação portuguesa dedicada à literatura fantástica editada pela Saída de Emergência. Pode fazer download dos números 3 e 4 desta revista aqui.
Contra a Demagogia
Funciona assim, sr. Presidente: fica residente no seu cérebro e vai contando as palavras que profere ao falar e escrever. Ao atingir o limite, zás! Abre os milhões de contentores de cianeto que lhe injectámos nas veias. E ao fim de cinquenta palavras...
-Cinquenta palavras?! – berrou o Presidente.
-Quarenta e oito... – corrigiu maliciosamente o terrorista. BANG!
Luís Filipe Silva foi galardoado em 1991 com o prémio Caminho de Ficção Científica. É autor do Ciclo da GalxMente, composto à data pelos romances Cidade de Carne e Vinganças, e colaborou com João Barreiros no “Terrarium” - Um Romance em Mosaicos.Nos últimos anos tem mantido uma presença assídua na internet, onde publicou uma revista por email («Eventos») que se transformou no actual site TecnoFantasia.com.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Era uma vez a liberdade de escolha nas livrarias...
Era uma livraria que vendia um único livro. Havia 100 mil exemplares numerados do mesmo livro. Como em qualquer outra livraria os compradores demoravam-se, hesitando no número a escolher.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Uma bibliotecária que faz sexo por ordem alfabética...
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Escrever um poema é como se fosse uma noite de amor...
Fonte: Jornal a Dias