quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Cá está o cão...


...a escolher o livro que vai trincar. Há gostos literários e apetites textuais que têm de ser ponderados!
A fotografia foi retirada de http://www.eyeonthestrand.com/.

Roberto Bolaño e os escritores sem mundo

"Sou apenas eu que o digo, mas estou convencido de que a pior coisa que se poderá dizer de um escritor é que não tem mundo. Já li muitos livros assim: a linguagem é perfeita (por vezes completamente inovadora), as metáforas são precisas, há silepses voluntárias, adjectivos inesperados, comparações maravilhosas, e personagens que racionalizam o que não deveria poder ser racionalizado; fazem-no com brilhantismo, tal como o autor brilhantemente ordena as palavras no papel, constituindo uma mónada quase perfeita. E, depois, o livro é igual a nada. Quero dizer: eu conheço razoavelmente bem o Tratado Lógico-Filosófico de Wittgenstein , e asseguro-vos de que não é propriamente divertido ou emocionante; isto é, não constitui material de romance. E, no entanto, sempre que abro um livro, nos últimos tempos, onde diz na capa em letras maiúsculas: Romance, parece que encontro mais um escritor determinado a abrir outro guichet vanguardista pós-moderno, determinado a ser (muito) mais inteligente do que o leitor, a querer demonstrar tudo sem nos mostrar nada. E torno a fechá-lo imediatamente, porque lições de filosofia disfarçadas de literatura não me interessam, da mesma maneira que não me interessa filosofia de pacotilha disfarçada de romance. Por que é que escrevo isto? Ah, porque cheguei à conclusão que estes são os escritores sem mundo, que resolveram ser génios à força toda sem terem a incómoda necessidade de sair do quarto e, portanto, parece-me que andam refugiados numa espécie de eterno retorno ao mesmo tema, ao mesmo universo, à mesma lengalenga, que é o que acontece quando se passa a vida a olhar para dentro e não para fora. Por cá sofremos bastante deste mal, e incluo-me no lote dos cobardes e dos reticentes. Recentemente, porém (e tarde como tudo) descobri Roberto Bolaño e estou apaixonado".
 
Excerto de um excelente texto de João Tordo sobre o  escritor chileno Roberto Bolaño, cujo 2666 está prestes a ser publicado no nosso país, pela Quetzal. Pode ler o resto aqui.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Conselhos de Vampiros Leitores


Poster da ALA, American Library Association,  de incentivo à leitura, com Robert Pattinson e Kristen Stewart a lerem o Crepúsculo de Stephenie Meyer, cuja adaptação para o cinema os lançou para  estrelato hollywoodesco e os tornou alvo preferencial de adoração estridente de milhares de teenagers (e não só).

Os bibliófilos de Norman Rockwell




Clareza na leitura

“Clarity is the most unsettling thing possible. It allows the reader, in some sense – if you do it well – to forget that the medium of expression is language; you’re somehow in with what the words are saying, but you’re not even thinking about the words anymore”.

Paul Auster, entrevista à revista Granta (último número 106).
 
Fonte: uma agradável surpresa que descobri agora, João Tordo, blog de um escritor português!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Read to the X-Treme

Conselhos de Super-Heroís Leitores!

Gosto desta revista sobre livros



"Os meus livros" é uma revista portuguesa independente dedicada ao mundo dos livros. Em cada edição, a revista antecipa os títulos que vão ser lançados no mercado, os principais eventos em agenda para o mês, assim como analisa o conteúdo dos livros mais importantes recentemente lançados. A secção de críticas, destaca os prós e contras de cada livro, atribuindo-lhes uma classificação numérica, enquanto entrevistas com escritores, editores e outros protagonistas ajudam a conhecer melhor este mundo. Por tudo isto "os meus livros" é O Guia da Boa Leitura.



Fonte: http://www.oml.com.pt/


Só gostava que tivesse mais conteúdos on-line.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Lobo Antunes na "New Yorker"

Ilustração de André Carrilho.


"In the case of Lobo Antunes, that world is the size of a country—small and marginal, perhaps, but teeming with villainy and vice, and as crammed with wounds and festering sores as an overcrowded hospital ward".

Doctor and Patient: A Portuguese novelist dissects his country by Peter Conrad, New Yorker, 4 de Maio de 2009. Na íntegra aqui.


«A revista "New Yorker" publicou ontem, na sua versão on-line, um extenso artigo sobre António Lobo Antunes, assinado por Peter Conrad, que descreve o romancista português como alguém que "permanece obsessivamente local, preocupado com as dores herdadas da história portuguesa e as debilidades culturais do país". O contrário de Saramago, sugere Conrad, cujas "parábolas seculares, geralmente localizadas em países imaginários, zarpam facilmente para a universalidade".»

Peter Conrad, um académico australiano radicado nos Estados Unidos afirma que «à semelhança de "partidos políticos rivais ou equipas desportivas", ambos ( Lobo Antunes e Saramago) dispõem de "partidários ruidosos", e que os de Lobo Antunes afirmam que "o Nobel foi ganho pelo homem errado"».

Acho difícil comparar dois escritores com estilos de escrita tão diferentes, mas confesso que, a votar, votaria Lobo Antunes.

Os últimos dois excertos são de um  artigo da Ipsilon de 01 de Maio de 2009 que pode ser lido na íntegra aqui.

domingo, 13 de setembro de 2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Rebolando entre a pintura, a poesia e o amor total




Soneto do Amor Total
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Vinicius de Moraes

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Se imprimissem a Wikipédia...




...não dava muito jeito!

Qual o futuro dos blogues literários, os "litblogs"?

"One bright spot in recent years has been the emergence of literary blogs that are often more enthusiastic than professional, but nevertheless provide expanded coverage of literary fiction. Linking to newspapers and magazines all over the world, the "litblogs" provide lively and informative reading but they are generally run out of the proprietor's home on a shoestring, though some accept limited advertising to keep going.

To a certain extent, this has been a good thing for publishers, who now routinely send review copies to bloggers, as well as established reviewers. But no one has demonstrated that litblog readers are a significant part of the book- buying public.

More to the point, litblogs, like other Internet sites, pay nothing for the privilege of linking to the publications on their websites. If Google is thinking about paying for the news it reprints, why not what some have called a paywall for litblogs?"

Excerto de um interessante artigo do Denver Post, que pode ser lido na íntegra aqui.




Via Bibliotecário de Babel

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Emma Watson: uma feiticeira na biblioteca

Fotografia de Simon Procter, publicada na edição de Outubro 2008 da Harper's Bazaar, com Emma Watson, a jovem feiticeira sabichona da saga Harry Potter.(Cliquem na imagem para ampliar)

Fonte: Bibliofilmes

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