quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A galinha poeta/ Savage Chickens: the damned poet


Savage Chickens de Doug Savage

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Imagens 'photoshopadas' de mulheres irreais

Luís Pedro Nunes escreveu um excelente artigo para o Expresso, publicado em 1 de Novembro de 2009. Aqui fica a transcrição:


Mas isto é uma mulher terráquea?

 

A manipulação digital de imagens está a criar aberrações que não existem. As mulheres têm carne. 

Sem embelezar a questão: o Photoshop é hoje o maior inimigo das mulheres, um grande pantomineiro com os homens e veremos se não irá pôr em causa toda a estrutura conceptual que tem sustentado a reprodução da espécie ao impedir a atracção por um padrão de beleza feminina correspondente a mulheres reais e férteis. E quando estivermos à beira da extinção não se esqueçam de ir responsabilizar o costureiro francês amaneirado e o seu amigo nerd do computador.
Ainda há semanas o estilista Ralph Lauren foi obrigado a morder a almofada e a pedir publicamente desculpas por ter despedido uma modelo que engordara uns gramas e que depois ele não tinha tido alternativa senão 'emagrecê-la' digitalmente para uma campanha. Sejamos francos... Ao olhar para a foto não podemos deixar de perguntar o que se passa de errado com esta gente. A bacia e cintura da modelo é menor que a cabeça. Anatomicamente não parece que aquilo se sustente de pé num planeta com a gravidade da Terra.
E estão a mexer com a nossa estrutura mental ancestral que se projecta ainda nas nossas volúpias procriadoras, encobertas de decisões estéticas ou racionais. Os biólogos e antropólogos evolucionistas já conseguiram determinar que em muitas culturas a beleza feminina tem medidas idênticas e não determinadas por estilistas de alta-costura de ar enjoadinho. Os homens escolhem como beleza ideal a mulher que se situa no ratio 0.7 (cintura 70% das ancas), o que se deve efectivamente a uma ligação à fertilidade feminina, o que, já se sabe, se deve ao jeito que dá uma mulher com gordura nas ancas sobreviver a um ciclo de fome quando os mamutes dão às de vila-diogo. Mas, mas... O cocktail de estrogénio parece que dita que o ratio 0.9 tem um terço menos probabilidade de ser fértil que 0.8. É a beleza da coisa... Não é quanto mais larga melhor, dizem os dados científicos e não "os ditames do homem ocidental dominador".
Já na passerelle apontam-se as armas aos distúrbios alimentares, atacam-se as modelos magricelas e pesam-se as miúdas como se fosse gado antes dos desfiles para determinar cegamente o seu Índice de Massa Corporal como se o IMC fosse panaceia para uma questão de base que é a imposição ideológica e sem contestação da perda das formas femininas - e, já agora, sem sequer terem questionado uma das partes interessadas, os homens. O Photoshop nem é tido como arguido...
O termo Photoshop vulgarizou-se de tal forma que é hoje usado com um sentido de demérito. No discurso masculino serve de alerta: "Cuidado... só a conheces da Net? Olha, ela lá está muito photoshopada." E no feminino é insulto desdenhoso. "Eu vi-a, mas ela precisa é de muito photoshop naquele corpinho."
Tanto nos EUA como em França e Espanha discute-se se a questão da ética na manipulação das imagens digitais não deve então abranger a publicidade. Devem as imagens 'photoshopadas' (a partir de que distorção? de que aveludamento da perna da modelo?) ter um aviso de que são modificadas, dado o seu impacto na percepção dos consumidores, nomeadamente no ideal de beleza das adolescentes como é tanta vez referido?
A questão é mais óbvia quando se aplica ao campo noticioso e a casos emblemáticos como foi o de escurecer sinistramente a cara de O.J. Simpson, na capa da "Newsweek" em 1994, ou de tirar o pneuzinho de Sarkozy em férias, como a "Paris Match" fez recentemente, ou mesmo esverdear os olhos de Sócrates num cartaz político.
O problema, reforço, está no impacto no inconsciente masculino. Brevemente vamos ter sonhos eróticos com mulheres cabeçudas com a pélvis do tamanho de uma galinha e estaremos deitados ao lado de aberrações com um ratio 0.7.
Não sei, rapazes, como iremos sobreviver ao choque de acordar.

Retirado daqui.


Há por aí muitas adolescentes e mulheres adultas com distúrbios alimentares, anorexias e bulimias, devido à distorção da imagem corporal de que sofrem. Os exercícios de comparação do seu reflexo no espelho com as fotografias 'photoshopadas' que aparecem aos magotes nas revistas são penosos e enganadores. Abaixo o "photoshopanço"!

Acabei de ler...e estou agora a ler...




Muito, muito bom...as irmãs Brontë surpreendem-me! Tendo em conta a época em que viveram, enquanto mulheres... apesar de presas à sua condição e a vidas difíceis, o que adivinhamos das suas mentes pelo que escreveram demonstra grande independência e liberdade de pensamento. 



Um livro onde nada é preto no branco, em que é difícil condenar ou perdoar...e é aí que reside o seu encanto.

domingo, 1 de novembro de 2009

Diz-me o que fazes, dir-te-ei quem és...

The Real Meaning of Your "True Calling" é um artigo escrito pelo escritor-filósofo contemporâneo Alain de Botton para o site da Oprah sobre a descoberta da nossa vocação profissional. Fica aqui um excerto: 

One of the first questions we face when we meet new acquaintances is "What do you do?" And according to how we answer, they will either be delighted to see us or look with embarrassment at their watches and shuffle away. The fact is, we live in a world where we are defined almost entirely by our work.

This can be hugely liberating for people who are happily employed. But the problem for many of us is that we don't know what job we're supposed to do and, as a result, are still waiting to learn who we should be. The idea that we have missed out on our true calling—that somehow we ought to have intuited what we should be doing with our lives long before we finished our degrees, started families, and advanced through the ranks—torments us. This notion, however, can be an illusion. The term calling came into circulation in a Christian context during the medieval period to describe the abrupt imperative people might encounter to devote themselves to Jesus' teachings. Now a secularized version has survived, which is prone to give us an expectation that the meaning of our lives might at some point be revealed in a ready-made and decisive form, rendering us permanently immune to confusion, envy, and regret.

I prefer to borrow from psychologist Abraham Maslow, who said: It isn't normal to know what we want. It is a rare and difficult psychological achievement.

Continua aqui.

Muito interessante, como a generalidade do que Alain de Botton escreve. Já aqui falei da minha leitura do seu livro Status Ansiedade.


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Os livros a preto e branco de Chema Madoz: fotografias com figuras de estilo









Fotografias sempre inesperadas de Chema Madoz



"No todo es lo que parece, y Chema Madoz (Madrid,1958) se encarga de ponerlo en evidencia. Ocultos entre la cotidianeidad surgen nuevos mundos. Nuevas dimensiones que de la mano de la metáfora alteran la percepción de la realidad más inmediata. El absurdo, la paradoja, el humor -por qué no la gregería- se dan cita en el estudio del fotógrafo. La idea inicia su proceso de superación del objeto y establece una descontextualización Dadá. La ironía con la que Madoz asalta modelos reconocibles establece una relación con el espectador que le conduce por los caminos de un universo paralelo".

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A leitura enquanto tapete voador

«Ler um livro é desinteressar-se a gente deste mundo comum e objectivo para viver noutro mundo. A janela iluminada noite adentro isola o leitor da realidade da rua, que é o sumidouro da vida subjectiva. Árvores ramalham. De vez em quando passam passos. Lá no alto estrelas teimosas namoram inutilmente a janela iluminada. O homem, prisioneiro do círculo claro da lâmpada, apenas ligado a este mundo pela fatalidade vegetativa do seu corpo, está suspenso no ponto ideal de uma outra dimensão, além do tempo e do espaço. No tapete voador só há lugar para dois passageiros: leitor e autor.»

Augusto Meyer, in «À Sombra da Estante»

A alegria de uma boa livraria









Imagens do filme de animação A Bela e o Monstro, com a princesa leitora da Disney.

Booklife: dicas para o escritor do Séc. XXI



A acompanhar o livro Booklife: Strategies and Survival Tips for the 21st Century Writer, de Jeff VanderMeer, existe o blogue Booklifenow.com:

"Booklife integrates discussion of the topics traditional to such manuals with how the landscape has changed as a result of the innovations of the electronic age. Although many of these changes are wonderful, it isn’t a uniformly positive development—new media can fragment you, disrupt your ability to be creative, and make you pursue tactical goals that don’t support your overall career. It also may be hard to determine how to be an effective advocate for your book without sacrificing what’s most important: your personal joy stemming from the creative impulse, your intimate relationship with your writing".


domingo, 25 de outubro de 2009

A biblioteca digital da União Europeia

A União Europeia lançou no dia 16 uma biblioteca digital, a  EU Bookshop, que  permite o acesso a publicações de instituições e agências europeias. Disponibiliza também um catálogo e arquivo de todas as publicações da União Europeia. Dá jeito.

Há livros que nos dão esperança...



Mais Garfield. :)))))

sábado, 24 de outubro de 2009

Caidinho pela bibliotecária gira...



As tiras de Garfield, o gato mais encantadoramente egoísta, preguiçoso e cruel da história. E do seu dono socialmente desajustado a quem deviam oferecer o livro "Animais de estimação para tótós".

Uma criação deliciosa de Jim Davis.
Posted by Picasa

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