sábado, 14 de novembro de 2009

Afagando o gato e a leitura


Pintura de Giuseppe Mariotti.

Uma tese curiosa sobre estudantes de biblioteconomia e SIDA


Dissertação sobre o que os alunos de biblioteconomia de uma Universidade Brasileira sabem sobre SIDA e quais as medidas que podem adoptar para aumentar a informação e sensibilização sobre a doença na comunidade onde actuam. Enfim, como actuar socialmente através do acesso dado à informação. Disponível aqui.




Sim porque nós, bibliotecários, somos agentes sociais, os 007 da informação!!!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O enjoo das metáforas sobre muros e pontes

:)


Excerto da crónica desta semana de Ricardo Araújo Pereira para a revista Visão:

"...o muro de Berlim caiu mesmo, e 20 anos depois da queda as metáforas sobre muros continuam pujantes. Quando, na passada segunda-feira, se comemorou o aniversário da queda do muro, ficou claro que as metáforas com muros estão para o muro de Berlim como a pergunta "Queria, já não quer?" está para os clientes dos cafés que, por educação, fazem o pedido no pretérito imperfeito. A queda do muro é uma efeméride que, ano após ano, ouve sempre as mesmas piadas. Todos, mas mesmo todos os comentadores lembraram outros muros que, à semelhança do de Berlim, devemos derrubar. O muro da intolerância, o muro da injustiça ou o muro da desigualdade social foram alguns dos muros mais citados. E todos, mas mesmo todos, apontaram a seguir as pontes que devem ser construídas nas ruínas dos muros. A ponte da esperança e a ponte do entendimento entre os povos foram as duas infra-estruturas metafóricas mais referidas. Se juntarmos a estes muros e pontes as auto-estradas da informação, percebemos que as metáforas sobre obras-públicas são, sem dúvida nenhuma, as mais populares do espaço público português. Somos um povo de construtores civis da metáfora, de patos-bravos da figura de estilo - o que não tem mal nenhum. Estou só a observar um fenómeno sem o julgar. Por favor, não me enfiem no túnel da incompreensão".

Podem ler na íntegra aqui.


Desenrascanço: o inglês precisa

Um site americano compilou as dez palavras estrangeiras que fazem falta à língua inglesa. A primeira é bem portuguesa: desenrascanço. Mais do que uma palavra, é toda uma cultura, a nossa cultura!  :)

Parece-me que além de desenrascados, temos na língua portuguesa uma riqueza a que muitas vezes não damos valor.

Pode ler tudo aqui.

Um homem não se mede pelo tamanho do seu livro!!!



E uma mulher também não!!! Mas já viram bem o tamanho daquele Kama Sutra?! E ele a ler a Bíblia...olha assustado para a esposa e reza, reza...:)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A galinha que atravessa todos os discursos



A questão de aviário mais célebre da história da filosofia. Porque atravessa o frango a estrada?




Eis as teorias dos iluminados do passado e do presente:



O frango atravessou a rua. Porquê?


Criança
"Porque sim."


Professora Primária
"Porque o frango queria chegar ao outro lado da rua."

Platão
"Porque queria alcançar o Bem."

Aristóteles
"Porque é da natureza do frango atravessar a rua."

Descartes
"O frango pensou antes de atravessar a rua, logo, existe."

Rousseau
"O frango por natureza é bom; a sociedade é que o corrompe e o leva
atravessar a rua."

Freud
"A preocupação com o facto de o frango ter atravessado a rua é um
sintoma de insegurança sexual."

Darwin
"Ao longo dos tempos, os frangos vêm sendo seleccionados de forma
natural, de modo que, actualmente, a sua evolução genética fê-los
dotados da capacidade de cruzar a rua."

Einstein
"Se o frango atravessou a rua ou se a rua se moveu em direcção ao
frango, depende do ponto de vista... Tudo é relativo."

Martin Luther King
"Eu tive um sonho. Vi um mundo no qual todos os frangos livres podem
cruzar a rua sem que sejam questionados os seus motivos. O frango
sonhou."

George W. Bush
"Sabemos que o frango atravessou a rua para poder dispor do seu
arsenal de armas de destruição massiça. Por isso tivemos de eliminar o
frango."

Cavaco Silva
"Porque é que atravessou a rua, não é importante. O que o país precisa
de saber é que, comigo, o frango vai dispor de uma conjuntura
favorável. Não colocarei entraves para o frango atravessar a rua."

José Sócrates
"O meu governo foi o que construiu mais passadeiras para frangos.
Quando for reeleito, vou construir galinheiros de cada lado da rua
para os frangos não terem de a atravessar. Cada frango terá um
documento único de identificaçãoo e será avaliado e tributado de
acordo com a sua falta de capacidade para atravessar a rua."

Mário Soares
"Já disse ao frango para desistir de atravessar a rua! Eu é que vou
atravessar! Não vou desistir porque sei que os portugueses querem que
eu atravesse outra vez a rua!!!"

Manuel Alegre
"O frango é livre, é lindo, uma coisa assim... com penas! Ele
atravessou, atravessa e atravessará a rua, porque o vento cala a
desgraça, o vento nada lhe diz!"

Jerónimo de Sousa
"A culpa é das elites dominantes, imperialistas e burguesas que
pretendem dominar os frangos, usurpar os seus direitos e aniquilar a
sua capacidade de atravessar a rua, na conquista de um mundo
socialista melhor e mais justo!"

Francisco Louçã
"Porque é preciso dizer olhos nos olhos que só por uma questão racista
o frango necessita de atravessar a rua para o outro lado. É uma
mesquinhice obrigar o frango a atravessar a rua!"

Valentim Loureiro
"Desafio alguém a provar que o frango atravessou a rua. É
mentira...!!! É tudo mentira!!!"

Paulo Bento
"O frango atravessou a rua com naturalidade... Era isso que esperávamos
e foi isso que aconteceu, com muita naturalidade. O frango ainda é
muito jovem e estas coisas pagam-se caro, com naturalidade!!!"

Zézé Camarinha
"Porque foi ao engate! É um verdadeiro macho, viu uma franga camone do
outro lado da rua e já se sabe, não perdoou!!!"


Só falta aqui Obama, mas como ele se recusou a prestar declarações sobre este dilema tão actual e transcultural, recorremos à sapiência da nossa Lili Caneças:


"O frango atravessou a estrada porque se queria juntar aos outros mamíferos." :)))))))




terça-feira, 10 de novembro de 2009

Aliteração




Aliteração: Figura de estilo que consiste na repetição insistente do mesmo som consonântico em várias palavras consecutivas ou ao longo de vários versos. (Do tipo "Três tristes tigres").


aliteração. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-11-09].
Disponível na www:

Ricardo Araújo Pereira sugere prenda prática e elegante para este Natal

"O que se oferece a quem já tem tudo? Um cheque de 10 mil euros é uma boa hipótese. Há ofertas que sabem sempre bem, e um cheque de 10 mil euros é simultaneamente prático e elegante. É elegante por ser, no fundo, uma mensagem escrita num tempo em que as pessoas já não escrevem umas às outras, o que é desde logo comovente. É prático, porque ninguém se queixa de já ter um igual e, na hipótese remota de não gostar, trata-se de um presente que se pode trocar em qualquer altura. Nomeadamente, por bens no valor de 10 mil euros". 




Excerto da crónica de Ricardo Araújo Pereira para a Revista Visão desta semana. O texto completo aqui




Bem malta, não puxem mais pela cabeça, já sabem o que é que eu quero pró Natal!!! :)))) 

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Shiuuuu!


Há bibliotecários que se empenham realmente em manter o silêncio na biblioteca!
Posted by Picasa

Quatro citações de Olivier Rolin


Olivier Rolin, escritor francês de 62 anos fala de literatura, língua, a verdadeira recompensa de um escritor e tradução:


Se não existisse a literatura, esqueceríamos a cada geração o que se passou. Graças à literatura, podemos ser um homem ou uma mulher do século XX, ou do século XIX, eu posso ser Madame Bovary, Anna Karenina, Dom Quixote… – posso ter mil vidasSe não fosse a literatura, apenas teria a minha pequena vida. É claro que também há o cinema, também há as outras artes, mas aquela que permite multiplicar a vida assim é a literatura".




“A literatura é o que mantém o conhecimento e o amor pela língua, e sabemos muito bem que agora as línguas estão cada vez mais esquecidas, são cada vez mais simplificadas, as pessoas utilizam um vocabulário cada vez mais reduzido. Ora, é com a língua que pensamos, que reflectimos. Se temos muitas palavras e formas linguísticas e utilizarmos apenas algumas centenas ou milhares de palavras e de formulações muito simples, teremos também um pensamento muito simplista. A literatura é também aquilo que, no fundo, nos permite, através da língua, pensar. Tem uma importância enorme, mesmo que não sirva para nada. Serve para pensar, simplesmente."




Se um grande pintor ou um outro grande escritor me dissessem que tinham achado o meu livro magnífico, creio que seria uma grande recompensa. Creio que o que mais honra um escritor é isso: era se, por exemplo, António Lobo Antunes me dissesse que gosta dos meus livros”. 




"A tradução, o facto de o livro existir noutra língua e para outros públicos, que não são iguais, têm outro imaginário, fazem parte de outro mundo, para mim é muito importante. Prefiro ser traduzido em cinco, seis, dez línguas, ser bem traduzido, e ser lido nessas línguas, do que ser muito, muito lido em França. Se puder escolher entre as duas coisas, prefiro esta, esse prolongamento da vida do livro que dá o facto de ser traduzido para inglês, português, espanhol…"




Fonte: Destak

domingo, 8 de novembro de 2009

Eu ia ficar com a boca suja...




...embora gastasse os guardanapos todos...a ler.


Mais um criação do genial Chema Madoz.



Posted by Picasa

Recordando "Os Sonhos e Outras Perigosas Embirrações" de António Venda



Encontrei hoje António Manuel Venda no Facebook . Já li  Os Sonhos e Outras Perigosas Embirrações há uns anos e adorei. Este romance publicado em 2000 pela Temas e Debates faz parte da minha prazenteira bagagem e viagem livresca.






Aqui fica um excerto:


O mais certo é nem na outra vida se conseguir ter tudo.
Isso não se sabe bem, porque de lá, da outra vida, segundo por aí se diz, só voltam os fantasmas.
- Voltam os que voltam!
- Não, voltam todos. Os fantasmas voltam todos, por isso é que são fantasmas e têm aquelas particularidades absolutamente inegáveis, ainda que um pouco ambíguas, que depois os escritores aproveitam para os romances e que em alguns casos, mais cedo ou mais tarde, acabam nos ecrãs de cinema, ou pelo menos em séries de televisão. Se os cabrões não voltassem, está-se mesmo a ver, então é que não eram fantasmas.
- ...
- Não sei se me fiz compreender?
- Claramente, senhor professor, claramente. E neste ponto deixo a conversa".



Há mais aqui. E podem visitar o blogue do autor em Floresta do Sul.


É muito bom para encher um pouco mais a nossa mala de viagens pelos livros. E os fantasmas que sempre voltam não pesam na bagagem.



sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O inferno de um bibliotecário



Savage Chickens de Doug Savage

Nesta profissão, a desorganização pode originar dissabores de proporções épicas!

LinkWithin

Blog Widget by LinkWithin