sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Quatro livros, quatro leituras: as minhas. E uma crispação.

O que ando a ler? Antes de mais declaro-me uma leitora abrangente, diversificada, despreconceituosa ou com personalidade múltipla, como quiserem. Gosto de alternar, misturar sabores, como se faz com um bom prato de comida.

São livros totalmente diferentes uns dos outros e até em línguas diferentes. Os dois primeiros em português, (o segundo obviamente uma vez que é de um autor português!) e os dois últimos em inglês. Que eu saiba não há edições destes últimos em português. No entanto, On Writing de Stephen King merecia e muito. Excelente livro sobre a arte da escrita, surpreendentemente EXCELENTE.



Comer, Orar, Amar - Comer na Itália, Orar na Índia, Amar na Indonésia de Elizabeth Gilbert


Em relação ao primeiro "já comi" e agora reflicto sobre a oração, a meditação e a nossa relação com Deus, temas de que trata a segunda parte do livro. Ainda não alcancei a parte do "Amar". Esta leitura desliza como se fosse água. É muito positivo.




O Apocalipse dos Trabalhadores de Valter Hugo Mãe

É a primeira vez que leio Valter Hugo Mãe. Foi-me apresentado literariamente pela minha cunhada que me emprestou o livro. Escreve muito bem embora não goste de maiúsculas e os diálogos por vezes pareçam ter saído de um livro de Saramago (é difícil perceber quem diz o quê). Reconhecemos e reconhecemo-nos no Portugal que escreve. É triste.





On Writing: A Memoir of the Craft de Stephen King

É genial e está tudo dito. Por mim já não me faz falta mas acho que os portugueses mereciam uma edição em português. É a minha estreia em relação a Stephen King porque não gosto do género literário a que ele se dedica, o horror fantástico mas, fora do seu registo habitual, surpreendeu-me pela positiva. É um misto de autobiografia e manual sobre a escrita. Directo. Simples. Sem papas na língua. 

 



Mr. Darcy Takes a Wife de Linda BerdollUma das muitas sequelas de Orgulho e Preconceito de Jane Austen. Algum enredo e muito sexo. Caricato porque os romances de Jane Austen nem um beijo têm. Distraí o leitor e mais não se lhe exige. O inglês não é dos mais acessíveis, ao contrário do anterior que se lê sem problemas para quem domina razoavelmente a língua inglesa. É Light.

 

Um último reparo. Para quem lê bem em inglês compensa mais, em termos de preço, comprar os livros na Amazon ou no Book Depository do que numa livraria em Portugal. O que não ajuda sobretudo os autores portugueses e irrita como o caneco! Destes quatro livros um é emprestado, o outro foi prenda do maridão pelo Natal e os restantes dois comprei na Amazon (o que tende a tornar-se cada vez mais frequente).

"Nunca me interrompas quando eu estou a ler um livro" / Don't you dare, I'm reading a book

"Nunca me interrompas quando eu estou a ler um livro" é o refrão da música I’m Reading a Book, de Julian Smith. "Don’t you ever interrupt me while I’m reading a book". :)








E a letra:

 At home
sitting in my favorite nook
My girls trying to get me eat some dinner she cooked
Im reading a book, girl
I’m reading a book
dont you ever interrupt me while i’m reading a book
On the shoulder
I got pulled over
Pigs trynna get me, roll my window lower
Im reading a book, pig
Im reading a book
Dont you ever interrupt me while i’m reading a book
Why are all these people always interrupting me
What i gotta do to try to make them see
(Don’t you ever interrupt me while i’m reading a book)
Im reading a book, i’m reading a book
dont you ever interrupt me while i’m reading a book
(Don’t you ever interrupt me while i’m reading a book)
Im reading a book, i’m reading a book
dont you ever interrupt me while i’m reading a book
I’m at the library, where they call me a crook
I never even pay for my library books
I take them from the shelf
and if anyone looks i say
Im reading a book, man
Im reading a book
At a stupid birthday party for some stupid kid
take a book from a present
They were supposed to be his
Now i’m about to find out what happens to Captain Hook
Cause i’m reading your book, kid
I’m reading your book
Why are all these people always interrupting me
What i gotta do to try to make them see
(Don’t you ever interrupt me while i’m reading a book)
Im reading a book, i’m reading a book
dont you ever interrupt me while i’m reading a book
(Don’t you ever interrupt me while i’m reading a book)
Im reading a book, i’m reading a book
dont you ever interrupt me while i’m reading a book
If you ever interrupt me
you can bet your gonna see
the nasty me, the nasty me, the nasty me
Im reading a book, i’m reading a book
dont you ever interrupt me while i’m reading a book
(Don’t you ever interrupt me while i’m reading a book)
Im reading a book, i’m reading a book
dont you ever interrupt me while i’m reading a book
Im reading a book, i’m reading a book
dont you ever interrupt me while i’m reading a book
(Don’t you ever interrupt me while i’m reading a book)
Im reading a book, i’m reading a book
dont you ever inte…

(E termina inesperadamente ao som de uma Gaita de Foles com direito a saia escocesa e tudo!) :)


Fonte: BiblioFilmes

Este vídeoclip é um filme de animação de um livro/ Listen to my music-book

Thomas Ricks criou este vídeo para a canção “I’d Rather be with you”, de Joshua Radin. A história é contada através da animação das páginas de um livro.



Joshua Radin I'd Rather be with you from Thomas Hicks on Vimeo.

Via Revista Zás!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

As belas leitoras adormecidas de Francine Van Hove



Posted by Picasa

O Almocreve das Palavras

Cliquem na imagem para aumentar porque vale a pena ler este "Auto-Retrato" de Henrique Segurado.
Posted by Picasa

Desafiando a gravidade / Defying gravity

Mais leitoras nuas de Francine Van Hove / Naked readers by Francine Van Hove






Já publiquei outras AQUI.

"Retratar um livro" e unir dois prazeres: a fotografia e a leitura





Apoiar e estimular iniciativas e acções culturais em defesa da difusão da Literatura Portuguesa é um dos objectivos da Fundação José Saramago. E para recuperar nomes que deveriam ser imprescindíveis tanto nas nossas bibliotecas como nos corações de todos os leitores, a Fundação lança um prémio em que as novas tecnologias se unem ao prazer da leitura. José Saramago propôs o nome de Almada Negreiros como primeiro protagonista do Prémio de Fotografia Retratar um livro já que é o responsável, segundo Saramago, “pela segunda grande revolução estilística da nossa língua e da nossa literatura. A primeira foi a do Garrett, com as Viagens na Minha Terra, e a segunda foi a do Almada Negreiros com o Nome de Guerra.”
(...)

A Fundação optou por unir a imagem ao texto, propondo para isso que todos os fotógrafos, amadores ou profissionais, alunos de universidades ou de liceus que queiram participar nesta primeira edição, leiam Nome de Guerra, de Almada Negreiros com atenção e procurem a forma de expressar, em fotografias, o espírito do livro, o alento que o anima, a respiração que o mantém. A arte é capaz de ver o invisível, a fotografia pode fazê-lo de forma magistral, por isso o Prémio de Fotografia Retratar um Livro pode ser a ocasião para expressar a capacidade de síntese e de entusiasmo que habita nos leitores e criadores da nossa terra. De qualquer idade e formação, basta que tenham lido, entendido e tenham uma máquina de fotografia.

Os trabalhos apresentados serão observados por um júri internacional e as fotografias seleccionadas serão posteriormente objecto de uma exposição que se inaugurará em Lisboa e que, em continuação, percorrerá as Escolas e Bibliotecas do país que a solicitem. Os três primeiros prémios têm dotação económica: Para o primeiro 1.000,00 euros, 500,00 € para o segundo e 250,00 € para o terceiro.

Às entidades que apoiam este projecto, a Câmara Municipal de Lisboa, a editora Assírio & Alvim e o BPI (Banco Português de Investimento) desde já o nosso obrigado.

Para qualquer esclarecimento, podem contactar-nos através do e-mail:retratarumlivro@josesaramago.org



Consulte o regulamento do concurso AQUI.



quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ler do direito e do avesso

 

A VISÃO lançou no dia 20 de Janeiro, a segunda série da coleção Frente e Verso, que reúne autores de língua portuguesa que publicam, simultaneamente, prosa e poesia.
 
É este o fio condutor da segunda série da coleção "Frente e Verso" da revista VISÃO, que durante sete semanas junta no mesmo livro obras do mesmo autor: de um lado em prosa, do outro, em verso.

Esta coleção que pretende ser uma forma de diálogo entre dois géneros literários junta sete grandes escritores.

Alice Vieira: Prosa Às Dez a Porta Fecha Poesia Dois corpos tombando na água

José Jorge Letria Prosa Coração Sem Abrigo Poesia Produto Interno Lírico

Luísa Dacosta Prosa Corpo Recusado Poesia A Maresia do Sargaço dos Dias

Urbano Tavares Rodrigues Prosa O Eterno Efémero Poesia Horas de Vidro

Natália Correia Prosa A Madona Poesia Sonetos Românticos

José Mário Silva Prosa O Efeito Borboleta e outras histórias Poesia Luz Indecisa

Ana Paula Tavares Prosa A Cabeça de Salomé Poesia Dizes-me Coisas Amargas como Frutos

Brincando com Shakespeare

Clique na imagem para aumentar.


De 26 a 30 de Janeiro, o CCB/Fábrica das Artes vai receber a companhia Shakespeare Women Company que irá apresentar “Uma Tempestade num Copo de Água”, um espetáculo de teatro de objetos baseado em “A Tempestade”, de William Shakespeare.


Mas a tempestade não fica por aí. Poucos dias após a estreia, as atrizes Ana Cloe e Teresa Macedo vão marcar presença na Fábrica das Artes com duas oficinas para Miúdos e Graúdos a não perder:



- “Brincando com Shakespeare”, 1 a 11 de Fevereiro (dos 6 aos 10 anos)



- “Shakespeare e teatro de objetos”, 28 e 30 de Janeiro (Graúdos)


Clique nos nomes das oficinas para saber mais informação.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Bebe-me, come-me, lê-me / DRINKme-EATme-READme

Magnífico e-book!



DRINKme-EATme-READme from Irina Neustroeva on Vimeo.


Eu quero este e-book e aquele queque!

Fama: um poema / Fame: a poem

Fame por Irene McKinney





That I would become known;
that someone would know me.
I would be recognized, and not
pitiable; and I would remain
as strong as I was, if not stronger,
and overcome my circumstances
through sheer will, and that
others younger or less talented
would not become known,
or at least not until I was.
Then, that recognition would
reward me for all I’d undergone,
my bravery of thought, my refusal
of dishonest love, and my goodwill
would be returned to me manyfold,
after the years and years.
And I would not be bitter, nor petty,
nor would I act on selfish interests,
nor suppress my generosity.
And none of this was me.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Um pequeno poema meu :)

n. id.


Os livros são o rio que corre e a jangada,
e o comboio e o avião e a estrada.
E o sabor do vento na cavalgada
São a viagem e a paisagem e a chegada.
São a nossa casa e o sorrido da pessoa amada.

Ana Tarouca (euzinha:))

Uma leitora atenta / An attentive reader



An Interesting Story (Miss Ray), 1806, William Wood.

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