segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Os e-readers conquistaram os leitores mais jovens / E-Readers finally caught younger eyes



Aqui ficam alguns excertos de um artigo de Julie Bosman para o New York Times, em 4 de Fevereiro de 2011:



In their infancy e-readers were adopted by an older generation that valued the devices for their convenience, portability and, in many cases, simply for their ability to enlarge text to a more legible size. Appetite for e-book editions of best sellers and adult genre fiction — romance, mysteries, thrillers — has seemed almost bottomless.

But now that e-readers are cheaper and more plentiful, they have gone mass market, reaching consumers across age and demographic groups, and enticing some members of the younger generation to pick them up for the first time.

“The kids have taken over the e-readers,” said Rita Threadgill of Harrison, N.Y., whose 11-year-old daughter requested a Kindle for Christmas.

(...)

Digital sales have typically represented only a small fraction of sales of middle-grade and young-adult books, a phenomenon usually explained partly by the observation that e-readers were too expensive for children and teenagers.

Another theory suggested that the members of the younger set who were first encouraged to read by the immensely popular Harry Potter books tended to prefer hardcover over any other edition, snapping up the books on the day of their release. And anecdotal evidence hinted that younger readers preferred print so that they could exchange books with their friends.

That scene may be slowly replaced by tweens and teenagers clustered in groups and reading their Nooks or Kindles together, wirelessly downloading new titles with the push of a button, studiously comparing the battery life of the devices and accessorizing them with Jonathan Adler and Kate Spade covers in hot pink, tangerine and lime green.

(...)

“There’s something I’m not sure is entirely replaceable about having a stack of inviting books, just waiting for your kids to grab,” Ms. Garcia said. “But I’m an avid believer that you need to find what excites your child about reading. So I’m all for it.”



Pode ler este artigo na íntegra AQUI.



"Diário dos Infiéis" é o primeiro romance de João Morgado. Venham mais! :)

"Quatro casais, oito personagens e a pergunta que nos assalta quando percebemos o fim: ainda me amas? Não sabem o que os faria felizes, nem se lembram do dia em que sentiram o peso da solidão, em que se amaram ou se desejaram. Hoje, não se reconhecem, não têm coragem para mudar de vida, para assumir o fim e procurar noutro amor o caminho de volta para o compromisso maior: ser feliz. Num diário de emoções íntimas, falam na primeira pessoa do que sentem em relação a si e aos outros. Concluem que, cada um à sua maneira, todos foram infiéis: por pensamentos, actos, ou omissões. Com vidas entrelaçadas, cada um descreve no diário a sua viagem pelo mundo do sexo, do desejo, do pudor, do egoísmo, do amor-próprio, do envelhecimento, do sonho, da morte... Enfim, a matéria-prima da qual é feita a existência de gente vulgar. «Sobre nós ninguém escreverá um romance», diz uma das personagens. Talvez desconhecendo que todos os dias a vida nos ensina o contrário".


Acabei agora de ler este Diário dos Infiéis, editado em 2010 pela Oficina do Livro.  Uma excelente surpresa: João Morgado escreve frases lindas, daquelas que voltamos atrás para voltar a saborear. Até as inúmeras descrições de cenas de sexo são descritas de forma bonita e original.

Também é um livro triste, repleto de gente infeliz, frustrada, acomodada. Infiéis nas suas relações mas sobretudo infiéis a sim mesmos, aos seus próprios sentimentos, incapazes de lutar pela sua própria felicidade.

Ao ler este romance fica-se com a impressão de tudo são traições, silêncios corrosivos e omissões, que não há casamentos felizes, o que não é verdade. Há casamentos felizes, em que se diz e se dá tudo, em que somos fiéis ao outro e a nós mesmos.

Curiosamente, nesta história de vozes múltiplas que semeiam desencontros, cobardias e infidelidades, proclamam a inexistência do amor e a omnipotência do desejo, acaba por acontecer o imprevisto: ainda há quem morra por amor.

Este é o primeiro romance de João Morgado. Venham mais! :)


sábado, 5 de fevereiro de 2011

Onde está o gerente deste planeta?




"Depois de uma olhadela neste planeta, qualquer visitante extraterrestre dirá: eu quero falar com o gerente."

Era uma vez no Oeste: o Western Spaguetti

Quem viu não esquece Era uma vez no Oeste (Once Upon a Time in the West) de Sergio Leone e  muito menos a banda sonora SOBERBA composta por Ennio Morricone em 1968. O filme emblemático do género western spaguetti, i.e.  filmes de cowboys made in Itália.


Leitora com atento leitor canino

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A leitora descalça de Yang Fudong


Perseguição impressionante on e off-line / The Chase: Praga (República Checa), Facebook, YouTube, Microsoft Office...

Alucinante, em constante transição entre os mundos real e virtual:






Divertido, o final!


Intel is building excitement around the 2nd Generation Intel® Core™ i5 processor through “The Chase”, an action-adventure video titled “The Chase.” The spot demonstrates the performance capabilities of the new processors by creating an action-movie style chase sequence that takes place through a wide variety of program windows on a computer desktop. Filmed on location in Prague, Czech Republic, the video features a multitude of programs and sites, including Apple’s iTunes, Facebook, YouTube, Microsoft Office and the Adobe Creative Suite.


O Arquivo Virtual de Abel Salazar já está on-line

Clique na imagem para aumentar.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Kick Buttowski e a bibliotecária malvada (uma animação Disney XD)



Quem diz que não podem haver cenas de acção numa biblioteca?! Com perseguições de mota e tudo! Além de malvada, esta bibliotecária é radical! :)



Saiba mais AQUI.

O vídeo está em espanhol porque a versão em português deixou de estar disponível, tendo sido necessário actualizar o link.

Vestida para ler / Dressed to read

Pelo frou frou do vestido deve-se tratar de um clássico da literatura, um conto de fadas talvez...se fosse de vampiros apostaria mais num look gótico subtilmente sedutor, se fosse Paulo Coelho talvez adoptasse um estilo hippie, a ler as crónicas de Ricardo Araújo Pereira seguiria a moda das collants às grandes riscas coloridas :) ...a cada livro o seu vestido. 

Uma leitora pensativa / Reading and dreaming are alike


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A leitura pelo traço de Almada Negreiros



Desenho a lápis sobre papel amarelo / 63 x 53 / assinat. Almada / 1939


Os nomes próprios e as vacas

Almada Negreiros



"Das duas uma: ou as pessoas se fazem ao nome que lhes deram no baptismo, ou ele tem de seu o bastante para marcar a cada um. Será imprudente deduzir o nome próprio através de fisionomias ou dos caracteres; no entanto, uma vez conhecido o nome próprio de uma pessoa, ficamos logo convencidos de que este lhe assenta muito bem. Jules Renard tirou um esplêndido retrato da vaca em tamanho natural: «On l'appelle la vache et c'est le nom qui lui va le mieux.». Como vedes, este corpo-inteiro está extraordinariamente parecido, é vaca por todos os lados.


Por sorte, a vaca não tem apelidos de família para lhe complicarem a existência. Mas, como é animal doméstico, vem a dar-lhe na mesma que tenha ou que não tenha apelidos. O ser animal doméstico faz com que fique dentro da circunscrição dos apelidos da família em casa de quem serve. A vaca é «Pomba», «Estrela», «Aurora» ou «Vitória» como uma pessoa podia ser apenas José, Maria, Luís ou Judite. É a domesticidade que leva a estas designações e para evitar o opróbrio da fria enumeração. São feitos da gentileza com facilidades para distinguir. Mas a verdade é que o facto de alguém ser Joana ou Manuel já é mais do que ser apenas homem ou mulher. Ser homem ou mulher é apenas a natureza; chamar-se João ou Manuela já é a natureza mais a vida inteira: é o problema. E se o João é Sousa e a Manuela é Pereira, então, à natureza e à vida junte-se-lhes ainda por cima a existência e complicou-se o problema".

Almada Negreiros in Nome de Guerra, 1938

Nome de Guerra, escrito em 1925 e editado pela primeira vez em 1938, é o romance de iniciação de um jovem provinciano proveniente de uma família abastada. Quando o tio de Luís Antunes o envia para Lisboa, ao cuidado do seu amigo D. Jorge (descrito como “bruto como as casas e ordinário como um homem”), com o propósito de o educar nas “provas masculinas”, não imaginava o desenlace de tal aventura. Apesar de, na primeira noite, D. Jorge ter ficado convencido da inutilidade dos seus préstimos, Antunes concluiu que o “corpo nu de mulher foi o mais belo espectáculo que os seus olhos viram em dias de sua vida”, decidindo-se a perseguir Judite. Esta “via perfeitamente que o Antunes não estava destinado para ela”, mas “não lhe faltava dinheiro e dinheiro é o principal para esperar, para disfarçar, para mentir a miséria e a desgraça”. 

Assim se inicia a história de Luís Antunes e Judite, que terminará com a prodigiosa e desconcertante frase, “não te metas na vida alheia se não queres lá ficar”.


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