quarta-feira, 10 de julho de 2013

Ainda uma questão sobre a (sentida) preguiça / Still thinking about (and feelling) laziness


:D

O elogio da preguiça segundo Virginia Woolf / In idleness



"My mind works in idleness. To do nothing is often my most profitable way."
Virginia Woolf

terça-feira, 9 de julho de 2013

Com este calor aqui fica "SORVETE & POESIA"









SORVETE & POESIA


Sorvete é ouro gelado. Quem não gosta
de sorvete que ande pelado pela Paulista

ou diga o porquê desse doce não querer.
Sorvete parece uma gostosa escultura pop:

bola colorida sobre cone. Ao telefone,
conheço quem se atrapalhou – Alô!

O sorvete no ouvido. Duvida? Verdade!
Era um sorvete de brevidade e breve foi

a conversa – fria e fiada e toda melada.
De outra feita, vi namorado e namorada

no semáforo, a lamber os lábios entre um
e outro beijo, os olhos nos sinais, sem mais

nem menos, como se bolas de sorvete: verde
abacate, amarelo manga, vermelho morango.

Coisa de maluco. Maluco por sorvete. Ninguém
chupa sorvete com cara amarrada. Sorvete

para a bem amada, sorvete para o mal-amado.
Sorvete faz todo mundo feliz, ainda que por um

triz. E tem sorvete para todas as tribos:
de abacaxi para quem abaixa aqui; de caju

para o nome que não cabe aqui; de caqui
para continuar rimando com aqui; de limão

para quem diz não; exótico para o gótico;
de ameixa para quem se queixa; de jabuticaba

para quem se acaba; de chocolate para o cão
que late; de uva para a viúva; de hibisco

para o bispo; de bacuri para Rita Lee; de suspiro
para Biro Biro; de abil para abril; de sapoti

para ti; de baunilha para a família; de geleia
de Pandora para Dulcineia Catadora; de rapadura

para a ditadura; de alecrim para o arlequim; de
jambo para o tocador de banjo; de paçoca para

quem não toca; de não sei de quê para a banda
Cansei de Ser; sexy para as patricinhas; quente

para os pracinhas; de creme para Carla Caffé;
de tapioca para os índios na oca; de atalarico

para Márcia Larica; de amendoim
para os praticantes de do in; de taperebá

para o bebê e a babá; de pera para Peri;
de açaí para Ceci e para o saci… Enfim, tem

sorvete que chega; para você, para mim.
Já viu que sorvete é o único doce gelado

que a boca come até o cabo? Coisa
gostosa é morder uma crocante casquinha

até o fim. Doce mágica: lambidas e mordidas
e tudo desaparece diante dos próprios olhos.

Numa sorveteria, os olhos são maiores
que a barriga. E chupar sorvete

de olhos fechados? A esfera gelada que
a língua contorna sinuosa em lentos

movimentos circulares… Posso continuar
a escrever um monte de palavras geladas

para você sorver como a um sorvete. Mas
o poema já está gordo. Pena que sorvete

engorda. Concorda? Mas isso já é
uma outra história.



Guilherme Mansur

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Como tirar fotografias na biblioteca? / Taking pictures at the library







Como tirar fotografias na biblioteca tirando o maior partido dos elementos à disposição?
Jennifer Polson conta-nos tudo NESTE post. As fotos acima são dela.


"Santas de Roca" de Costanza Givone a estrear este Sábado



ALCANENA | Cine-Teatro S. Pedro | Início: Praça Marechal Carmona. Neste sábado, às 21 horas. Da Artemrede Teatros Associados


Uma boneca solitária com olhos de santa leva-nos em viagem a um mundo feminino feito de procissões e proibições, de festas e descobertas. Vidas sonhadas, vidas vividas, vidas esquecidas. Um olhar sobre nós mesmas entre hoje e ontem.
Tudo começa com uma estranha procissão pelas ruas da cidade, que no teatro encontra o seu santuário. A princípio fala-se baixinho, como na igreja, sobrepõem-se as palavras de diferentes gerações, até que as palavras se tornam dança, a música invade o espaço, e a vitalidade das mulheres toma conta do teatro. Já não há obrigações nem proibições, não há roupinha branca para vestir, sapatos apertados, ombros cobertos, véus pretos. Os pedaços da grande boneca enchem o espaço de imagens extraordinárias e neste palco onde os sonhos se confundem com as lembranças uma saia pode ser um barco, um braço uma bengala, as procissões festas; os corpos caem e são levantados, os amores desejados voam como fantasmas e as pernas não têm cabeça. Um espectáculo feito por mulheres que leva o público para dentro de um universo feminino em que tudo se transforma e nada é o que parece.

©João Vladimiro


|| FICHA ARTÍSTICA

Concepção e direcção: Costanza Givone

Co-criação e interpretação: Inês Tarouca e Rafaela Salvador

Co-criação e interpretação comunidade: Catarina Pereira, Isabel Lobo, Maria do Céu Calçada, Mariana Ganaipo, Maria João Rodolfo, Sofia Frazão

Mais AQUI.

O buraco no nosso caminho / "There is a deep hole in the sidewalk"


"Down the rabbit hole" de vdelrey no deviantart

Chapter I

I walk down the street.
There is a deep hole in the sidewalk
I fall in.
I am lost … I am helpless.
It isn’t my fault.
It takes forever to find a way out.

Chapter II

I walk down the same street.
There is a deep hole in the sidewalk.
I pretend I don’t see it.
I fall in again.
I can’t believe I am in the same place.
But, it isn’t my fault.
It still takes a long time to get out.

Chapter III

I walk down the same street.
There is a deep hole in the sidewalk.
see it is there.
I still fall in … it’s a habit … but,
my eyes are open.
I know where I am.
It is my fault.
I get out immediately.

Chapter IV

I walk down the same street.
There is a deep hole in the sidewalk.
I walk around it.

Chapter V

I walk down another street.
-Portia Nelson, There’s a Hole in My Sidewalk: The Romance of Self-Discovery

quarta-feira, 3 de julho de 2013

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