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quarta-feira, 10 de julho de 2013
terça-feira, 9 de julho de 2013
Com este calor aqui fica "SORVETE & POESIA"
SORVETE & POESIA
Sorvete é ouro gelado. Quem não gosta
de sorvete que ande pelado pela Paulista
ou diga o porquê desse doce não querer.
Sorvete parece uma gostosa escultura pop:
bola colorida sobre cone. Ao telefone,
conheço quem se atrapalhou – Alô!
O sorvete no ouvido. Duvida? Verdade!
Era um sorvete de brevidade e breve foi
a conversa – fria e fiada e toda melada.
De outra feita, vi namorado e namorada
no semáforo, a lamber os lábios entre um
e outro beijo, os olhos nos sinais, sem mais
nem menos, como se bolas de sorvete: verde
abacate, amarelo manga, vermelho morango.
Coisa de maluco. Maluco por sorvete. Ninguém
chupa sorvete com cara amarrada. Sorvete
para a bem amada, sorvete para o mal-amado.
Sorvete faz todo mundo feliz, ainda que por um
triz. E tem sorvete para todas as tribos:
de abacaxi para quem abaixa aqui; de caju
para o nome que não cabe aqui; de caqui
para continuar rimando com aqui; de limão
para quem diz não; exótico para o gótico;
de ameixa para quem se queixa; de jabuticaba
para quem se acaba; de chocolate para o cão
que late; de uva para a viúva; de hibisco
para o bispo; de bacuri para Rita Lee; de suspiro
para Biro Biro; de abil para abril; de sapoti
para ti; de baunilha para a família; de geleia
de Pandora para Dulcineia Catadora; de rapadura
para a ditadura; de alecrim para o arlequim; de
jambo para o tocador de banjo; de paçoca para
quem não toca; de não sei de quê para a banda
Cansei de Ser; sexy para as patricinhas; quente
para os pracinhas; de creme para Carla Caffé;
de tapioca para os índios na oca; de atalarico
para Márcia Larica; de amendoim
para os praticantes de do in; de taperebá
para o bebê e a babá; de pera para Peri;
de açaí para Ceci e para o saci… Enfim, tem
sorvete que chega; para você, para mim.
Já viu que sorvete é o único doce gelado
que a boca come até o cabo? Coisa
gostosa é morder uma crocante casquinha
até o fim. Doce mágica: lambidas e mordidas
e tudo desaparece diante dos próprios olhos.
Numa sorveteria, os olhos são maiores
que a barriga. E chupar sorvete
de olhos fechados? A esfera gelada que
a língua contorna sinuosa em lentos
movimentos circulares… Posso continuar
a escrever um monte de palavras geladas
para você sorver como a um sorvete. Mas
o poema já está gordo. Pena que sorvete
engorda. Concorda? Mas isso já é
uma outra história.
Sorvete é ouro gelado. Quem não gosta
de sorvete que ande pelado pela Paulista
ou diga o porquê desse doce não querer.
Sorvete parece uma gostosa escultura pop:
bola colorida sobre cone. Ao telefone,
conheço quem se atrapalhou – Alô!
O sorvete no ouvido. Duvida? Verdade!
Era um sorvete de brevidade e breve foi
a conversa – fria e fiada e toda melada.
De outra feita, vi namorado e namorada
no semáforo, a lamber os lábios entre um
e outro beijo, os olhos nos sinais, sem mais
nem menos, como se bolas de sorvete: verde
abacate, amarelo manga, vermelho morango.
Coisa de maluco. Maluco por sorvete. Ninguém
chupa sorvete com cara amarrada. Sorvete
para a bem amada, sorvete para o mal-amado.
Sorvete faz todo mundo feliz, ainda que por um
triz. E tem sorvete para todas as tribos:
de abacaxi para quem abaixa aqui; de caju
para o nome que não cabe aqui; de caqui
para continuar rimando com aqui; de limão
para quem diz não; exótico para o gótico;
de ameixa para quem se queixa; de jabuticaba
para quem se acaba; de chocolate para o cão
que late; de uva para a viúva; de hibisco
para o bispo; de bacuri para Rita Lee; de suspiro
para Biro Biro; de abil para abril; de sapoti
para ti; de baunilha para a família; de geleia
de Pandora para Dulcineia Catadora; de rapadura
para a ditadura; de alecrim para o arlequim; de
jambo para o tocador de banjo; de paçoca para
quem não toca; de não sei de quê para a banda
Cansei de Ser; sexy para as patricinhas; quente
para os pracinhas; de creme para Carla Caffé;
de tapioca para os índios na oca; de atalarico
para Márcia Larica; de amendoim
para os praticantes de do in; de taperebá
para o bebê e a babá; de pera para Peri;
de açaí para Ceci e para o saci… Enfim, tem
sorvete que chega; para você, para mim.
Já viu que sorvete é o único doce gelado
que a boca come até o cabo? Coisa
gostosa é morder uma crocante casquinha
até o fim. Doce mágica: lambidas e mordidas
e tudo desaparece diante dos próprios olhos.
Numa sorveteria, os olhos são maiores
que a barriga. E chupar sorvete
de olhos fechados? A esfera gelada que
a língua contorna sinuosa em lentos
movimentos circulares… Posso continuar
a escrever um monte de palavras geladas
para você sorver como a um sorvete. Mas
o poema já está gordo. Pena que sorvete
engorda. Concorda? Mas isso já é
uma outra história.
Guilherme Mansur
segunda-feira, 8 de julho de 2013
domingo, 7 de julho de 2013
sábado, 6 de julho de 2013
Shane Koyczan: do bullying à poesia / Shane Koyczan: from bullying to poetry
Shane Koyczan: "Até ao dia de hoje"... dedicado aos belos e vítimas de bullying"
sexta-feira, 5 de julho de 2013
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Como tirar fotografias na biblioteca? / Taking pictures at the library
Como tirar fotografias na biblioteca tirando o maior partido dos elementos à disposição?Jennifer Polson conta-nos tudo NESTE post. As fotos acima são dela.
"Santas de Roca" de Costanza Givone a estrear este Sábado
ALCANENA | Cine-Teatro S. Pedro | Início: Praça Marechal Carmona. Neste sábado, às 21 horas. Da Artemrede Teatros Associados
Uma boneca solitária com olhos de santa leva-nos em viagem a um mundo feminino feito de procissões e proibições, de festas e descobertas. Vidas sonhadas, vidas vividas, vidas esquecidas. Um olhar sobre nós mesmas entre hoje e ontem.
Tudo começa com uma estranha procissão pelas ruas da cidade, que no teatro encontra o seu santuário. A princípio fala-se baixinho, como na igreja, sobrepõem-se as palavras de diferentes gerações, até que as palavras se tornam dança, a música invade o espaço, e a vitalidade das mulheres toma conta do teatro. Já não há obrigações nem proibições, não há roupinha branca para vestir, sapatos apertados, ombros cobertos, véus pretos. Os pedaços da grande boneca enchem o espaço de imagens extraordinárias e neste palco onde os sonhos se confundem com as lembranças uma saia pode ser um barco, um braço uma bengala, as procissões festas; os corpos caem e são levantados, os amores desejados voam como fantasmas e as pernas não têm cabeça. Um espectáculo feito por mulheres que leva o público para dentro de um universo feminino em que tudo se transforma e nada é o que parece.
©João Vladimiro
|| FICHA ARTÍSTICA
Concepção e direcção: Costanza Givone
Co-criação e interpretação: Inês Tarouca e Rafaela Salvador
Co-criação e interpretação comunidade: Catarina Pereira, Isabel Lobo, Maria do Céu Calçada, Mariana Ganaipo, Maria João Rodolfo, Sofia Frazão
Mais AQUI.
O buraco no nosso caminho / "There is a deep hole in the sidewalk"
"Down the rabbit hole" de vdelrey no deviantart
Chapter I
I walk down the street.
There is a deep hole in the sidewalk
I fall in.
I am lost … I am helpless.
It isn’t my fault.
It takes forever to find a way out.
Chapter II
I walk down the same street.
There is a deep hole in the sidewalk.
I pretend I don’t see it.
I fall in again.
I can’t believe I am in the same place.
But, it isn’t my fault.
It still takes a long time to get out.
Chapter III
I walk down the same street.
There is a deep hole in the sidewalk.
I see it is there.
I still fall in … it’s a habit … but,
my eyes are open.
I know where I am.
It is my fault.
I get out immediately.
Chapter IV
I walk down the same street.
There is a deep hole in the sidewalk.
I walk around it.
Chapter V
I walk down another street.
I walk down the street.
There is a deep hole in the sidewalk
I fall in.
I am lost … I am helpless.
It isn’t my fault.
It takes forever to find a way out.
Chapter II
I walk down the same street.
There is a deep hole in the sidewalk.
I pretend I don’t see it.
I fall in again.
I can’t believe I am in the same place.
But, it isn’t my fault.
It still takes a long time to get out.
Chapter III
I walk down the same street.
There is a deep hole in the sidewalk.
I see it is there.
I still fall in … it’s a habit … but,
my eyes are open.
I know where I am.
It is my fault.
I get out immediately.
Chapter IV
I walk down the same street.
There is a deep hole in the sidewalk.
I walk around it.
Chapter V
I walk down another street.
-Portia Nelson, There’s a Hole in My Sidewalk: The Romance of Self-Discovery
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Mais uma da Rádio Comercial: faltava aqui a música da demissão de Paulo Portas
Mais um ministro que cai, mais uma noite que o Palmeirim não dorme, mais uma música "pra" malta se rir embora a situação, na verdade, não tenha piada nenhuma (porque quem sofre somos nós, portugueses) :
Curso de Escrita Criativa na Biblioteca Municipal de S. Lázaro
Já se encontram abertas as inscrições para o curso de Escrita Criativa, que se irá iniciar a 13 julho na BM S.Lázaro. Para mais informações ligue para 210 99 822.
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