domingo, 31 de outubro de 2010

"Não me deixes no livro que eu não li..."

É Intervalo, pelos Perfume com participação de Rui Veloso: belíssima música!






Vida em câmara lenta,
Oito ou oitenta,
Sinto que vou emergir,
Já sei de cor todas as canções de amor,
Para a conquista partir.
Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Notícia do jornal
O quadro minimal
Sou eu

Vida a média rés,
Levanta os pés
Não vás em futebóis, apesar
Do intervalo, que é quando eu falo,
Para não incomodar.
Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Notícia do jornal
O quadro minimal
Sou eu


Não me deixes na
história que não terminou
Não me deixes

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Notícia do jornal
O quadro minimal
Sou eu

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Notícia do jornal
O quadro minimal
Sou eu





sábado, 30 de outubro de 2010

Leituras para o Dia das Bruxas/ Halloween's readings


Judy Garland, assustada,  lê um livro de fantasmas acompanhada por um gato preto e pela própria sombra projectada na parede.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Porque é que Ricardo Araújo Pereira não conta piadas em inglês?

"Temo não saber inglês suficiente para compreender a música portuguesa. Não quero parecer velho, mas ainda sou do tempo em que a música portuguesa era cantada em português. Lembro-me bem dessa altura em que um aspirante a cantor conseguia pegar numa guitarra sem começar a verter as suas canções para uma língua que os turistas entendessem. Era estranho, claro. Gente portuguesa a exprimir-se em português sempre me fez confusão. Trata-se de um idioma bastante limitado, que restringe as possibilidades de expressão dos seus falantes, e portanto não admira que haja quem se veja forçado a recorrer à língua inglesa quando se trata de transmitir pensamentos realmente sofisticados, tais como "I love you, baby", "Please forgive me, baby", "Don't break my heart, baby" ou "Yeah, baby, you are my baby".

Não posso, no entanto, deixar de notar que ainda há um longo caminho para percorrer. Neste momento, os artistas portugueses que cantam em inglês ainda estão condenados a dar entrevistas em português. Como é evidente, fazem falta jornais portugueses escritos em língua inglesa - ou, pelo menos, jornais portugueses que, embora fazendo perguntas em português (se querem mesmo insistir nesse capricho), permitam que as respostas possam ser dadas em inglês. Caso contrário, prosseguirá esta violência desumana que consiste em forçar cidadãos a exprimirem-se na sua própria língua. Creio que há um ou dois artigos na Declaração Universal dos Direitos Humanos que censuram essa prática.

Felizmente, nem tudo joga contra os músicos portugueses que cantam em inglês. Por coincidência, a língua na qual eles se sentem mais à vontade é falada internacionalmente. Isso pode evitar-lhes embaraços parecidos com os que sempre afligiram os músicos portugueses com mais projecção lá fora. Todos nos lembramos dos concertos da Amália, sistematicamente interrompidos por espectadores que diziam: "Amália, what are you doing? Please sing in english! We don't understand you!" Para não falar do caso dos Madredeus, obrigados a tornar as suas letras mais acessíveis ao público estrangeiro ("À porta, I love you baby, daquela igreja, I miss you baby, vai um grande corrupio").

O meu único receio é que este desamor à língua portuguesa, e a ideia de que ela pode prejudicar o nosso ofício, tenham deflagrado no mundo da música e se propaguem a outras profissões. Que, por exemplo, um número considerável de canalizadores decida passar a consertar torneiras em inglês, para facilitar uma eventual carreira internacional, ou apenas porque tem mais estilo. "Let me unclog your toilet baby!" Enfim, não é o tipo de conversa que gostaria de ter com um canalizador. Embora reconheça que a frase talvez desse uma excelente música portuguesa".


Crónica de Ricardo Araújo Pereira para a Revista Visão de 27 de Outubro 2010 

Os robots e os porcos voadores também vão à biblioteca pública


Levamos o direito de acesso equalitário  à informação muito a sério! :)

A ilustração é de Quentin Gréban.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Tenha orgulho na sua biblioteca, nem que seja apenas uma estante com livros no canto da sala!

Ilustração de Kelly Light


"I declare after all there is no enjoyment like reading! How much sooner one tires of any thing than of a  book! When I have a house of my own, I shall be miserable if I have not an excellent library."


Jane Austen, Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito, um dos meus livros preferidos)

Vídeo: Ricardo Araújo Pereira entrevista António Lobo Antunes



A entrevista será publicada na íntegra na Revista Visão desta semana. Veja o vídeo de um excerto da entrevista AQUI.

Um pensamento apropriado para os tempos de crise económica em que vivemos



"We are all in the gutter, but some of us are looking at the stars."


Oscar Wilde (Lady Windermere's Fan)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Marilyn Monroe era leitora e tinha toda a razão! / Marilyn Monroe was right! And a reader!



"I'm selfish, impatient and a little insecure. I make mistakes, I am out of control and at times hard to handle. But if you can't handle me at my worst, then you sure as hell don't deserve me at my best."



Marilyn Monroe

Embrulhem!!! Esta senhora tinha razão!

Louca, louca, louca por dançar isto! :) Crazy!!!

Adoro dançar, esqueço-me da vida. E esta música é óptima para isso: a última de Shakira.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Trailer de "Verónica Decide Morrer" / The trailer of the movie "Veronika decides to die"

Já li Verónica Decide Morrer, de Paulo Coelho, há uns anos, não sei precisar quantos. A impressão que ficou? Um livro difícil sobre o suicídio mas que acaba por transmitir uma mensagem de esperança. Não tão emocionalmente penoso como eu havia antecipado. Não sou grande fã de Paulo Coelho mas apreciei a leitura.

Descobri agora que foi feito um filme (2009) baseado no livro. Aqui fica o trailer:

O momento é AGORA! / The Time is NOW!

Moloko canta The Time is Now:

sábado, 23 de outubro de 2010

Amor mudo

Amor Mudo


Ardendo de amor, as cigarras
cantam: mais belos porém são
os pirilampos, cujo mudo amor
lhes queima o corpo!



Canções de camponeses do Japão, O Bebedor Nocturno, poemas mudados para português por Herberto Helder.

A caminho das livrarias, numa edição da Assírio e Alvim.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Sir Ken Robinson e a revolução da educação... ilustrada!!!

Sir Ken Robinson apresenta discursos verdadeiramente brilhantes e revolucionários sobre a Educação e a mudança do paradigma educacional. Já publiquei, neste mesmo blogue, os seus discursos AQUI e AQUI.

Abaixo está um vídeo que esquematiza e ilustra de forma igualmente brilhante a visão deste ilustre senhor:

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