O título deste livro é muito curioso! Se calhar a questão toca-me particularmente porque, sendo eu branca, o meu marido e os meus filhos não o são.
Porque não existe um livro sobre "como ser branco"? Será racista ler este livro ou deixar de o ler?
Vi a foto, fiquei curiosa e pesquisei. O autor é Baratunde Thurston, um homem negro, afro-americano, e este é o trailer:
E o texto de apresentação:
"If You Don't Buy This Book, You're a Racist.
Have you ever been called "too black" or "not black enough"? Have you ever befriended or worked with a black person? Have you ever heard of "black people"? If you answered yes to any of these questions, this book is for you. Raised by a pro-black, pan-Afrikan single mother during the crack years of 1980s Washington, DC, and educated at Sidwell Friends School and Harvard University, Baratunde Thurston has over thirty years' experience in being black. Now, through stories of his politically inspired Nigerian name, the heroics of his hippie mother, the murder of his drug-abusing father, and other revelatory black details, he shares with readers of all colors his wisdom and expertise of how to be black. Beyond memoir, this guidebook offers practical advice on everything from "How to Be The Black Friend" to "How to Be The (Next) Black President" to "How to Celebrate Black History Month." To provide additional perspective, Baratunde assembled an award-winning Black Panel—three black women, three black men, and one white man (Christian Lander of Stuff White People Like)—and asked them such revealing questions as
"When Did You First Realize You Were Black?" "How Black Are You?" "Can You Swim?"
The result is a humorous, intelligent, and audacious guide that challenges and satirizes the so-called experts, purists, and racists who purport to speak for all black people. With honest storytelling and biting wit, Baratunde plots a path not just to blackness, but one open to anyone interested in simply "how to be."
Antes de mais, deixem-me dizer que, tendo tirado a licenciatura na insuspeita Faculdade de Letras de Lisboa, frequentei a Lusófona para tirar a minha Pós-Graduação em Ciências Documentais. Dois anos com 4 horas diárias! Sem equivalências. Com trabalho! Sem facilitismos. Ainda sem cursos à bolonhesa. E agora, com tudo isto, quase me apetece pedir o meu dinheiro de volta, perante a descredibilização de que esta instituição e os seus cursos entretanto foram alvo!
"Quando, na semana passada,
se soube que o ministro Miguel Relvas até teve equivalências a três
cadeiras que não existiam, a notícia levantou sobretudo problemas
filosóficos. Problemas políticos, mais uma vez, nem um. Mas,
filosoficamente, a questão é, de facto, muito complexa, uma vez que o
ministro arrisca mesmo perder o grau académico.
Ou seja, Miguel Relvas, que foi licenciado antes de o ser, pode
agora deixar de o ser sem nunca o ter sido. Quem está em maus lençóis
não é Relvas (como, aliás, é costume sempre que há problemas com Relvas)
mas a Lusófona. Pode uma universidade tirar ao ministro algo que ele
nunca teve? E se Miguel Relvas se licenciar na floresta e não estiver lá
ninguém para ouvir, a licenciatura fará barulho? Porque é disso que se
trata: do barulho que se pode fazer com a licenciatura.
Um curso universitário habilita pouco e tem ainda menos serventia.
Antigamente, a licenciatura servia para arranjar emprego. Hoje, é capaz de atrapalhar. Nisso, o caso de Miguel Relvas é exemplar: mesmo não sendo
licenciado, sempre conseguiu arranjar emprego, não só para si como, a
fazer fé no que dizem os jornais acerca do caso Tecnoforma, também para
os amigos.
A licenciatura é só para enfeitar.
Acaba por ser um escândalo que Miguel Relvas precise mesmo de se licenciar para que o tratem por doutor.
Creio que cada pessoa devia poder escolher a forma de tratamento
deferente que lhe parecesse mais apropriada e aplicá-la ao ministro sem
necessidade da mesquinha verificação de que ele possui realmente as
habilitações que permitem esse tratamento. É o que vou passar a fazer
relativamente ao almirante Miguel Relvas.
Todos os manifestantes que empunharam cartazes facetos sugerindo ao
bispo Miguel Relvas que fosse estudar também devem estar a sentir-se
bastante estúpidos. Os novos factos revelam que o ministro estudou não
só cadeiras que existiam como cadeiras que não existiam. Normalmente, a
matéria das últimas é bastante mais vasta do que a das primeiras. E a
bibliografia bem mais difícil de encontrar. "Vai estudar matérias que
existam, Relvas" poderia ser um cartaz mais próximo da verdade mas,
mesmo no âmbito das matérias existentes, o maestro Miguel Relvas tem
equivalências para exibir.
O escuteiro-chefe Miguel Relvas encontra-se agora, injustamente,
numa posição ingrata. Já se sabia que tinha feito um curso com
equivalências, e sabe-se agora que eram equivalências a cadeiras
imaginárias. Por isso, o visconde Miguel Relvas tem com a sua
licenciatura a mesma relação que Portugal tem com a dívida: talvez
consiga cumprir as suas obrigações, mas precisa de mais tempo.
O melhor é reestruturar a licenciatura.
Vamos esperar que o juiz desembargador Miguel Relvas consiga chegar a um acordo com a universidade".
Um homem bom é fácil de encontrar para quem lê romances...:)
Que mulher leitora nunca se apaixonou por um homem fictício, personagem de um romance?
Quando eu estava na faculdade, acho que todas as alunas de Literatura Inglesa se apaixonaram por Heathcliff de O Monte dos Vendavais. Mais tarde descobri Jane Austen e o irresistível Mr. Darcy de Orgulho e Preconceito.
Mas mulherio leitor, deixem-me dizer-vos que há princípes reais por aí, fora dos livros. Eu já encontrei o meu. :)