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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

A contadora de histórias / The storyteller


Hugues Merle (1823–1881)


"A man who tells secrets or stories must think of who is hearing or reading, for a story has as many versions as it has readers. Everyone takes what he wants or can from it and thus changes it to his measure. Some pick out parts and reject the rest, some strain the story through their mesh of prejudice, some paint it with their own delight. A story must have some points of contact with the reader to make him feel at home in it. Only then can he accept wonders.

John Steinbeck, The Winter of Our Discontent               


quarta-feira, 22 de março de 2017

Os 13 escritores mais bem pagos em 2016 / 2016 best paid writers





Todos os anos, a Forbes revela a lista dos escritores que, ao longo desses doze meses, lucraram mais com os seus livros. Aqui fica a lista dos 13 sortudos:

13 – Dan Brown – 9,5 milhões de dólares (8,9 milhões de euros) — Só no último ano, o autor de “O Código Da Vinci”, “Anjos e Demónios” ou “Inferno” conseguiu angariar 8,9 milhões de euros. Editora nos EUA: Penguin Random House / Editora em Portugal: Bertrand.

12 – Rick Riordan
– 9,5 milhões de dólares (8,9 milhões de euros) — O autor de uma das grandes séries infanto-juvenis, “Percy Jackson”, viu alguns dos seus livros serem adaptados ao cinema e continua ativamente a escrever sobre outros braços da mitologia e do mundo sobrenatural além das aventuras do seu herói original, Percy. Editora nos EUA – Disney Hyperion / Editora em Portugal – Planeta.

11 – George R. R. Martin
– 9,5 milhões de dólares (8,4 milhões de euros) — O autor da saga “Uma Canção de Fogo e Gelo” não publica um livro há seis anos e tem o mundo inteiro à sua espera, mas ainda entra na lista dos autores mais bem pagos devido aos honorários que recebe da série adaptada dos seus livros. Editora nos EUA – Random House / Editora em Portugal – Saída de Emergência.

10 – Paula Hawkins – 10 milhões de dólares (9,3 milhões de euros) — Uma das grandes estreias da lista do ano passado foi a autora de “A Rapariga no Comboio”. Antes do lançamento desta obra, Hawkins não era muito conhecida, mas o thriller mais lido do ano passado transportou-a diretamente para os tops de todo o mundo. Editora nos EUA – Penguin Random House / Editora em Portugal – 20|20 Editora.

9 – John Green
– 10 milhões de dólares (9,3 milhões de euros)
“A Culpa é das Estrelas” e “Cidades de Papel”, duas das suas obras mais conhecidas, já foram adaptadas para o cinema. “À Procura de Alaska” e “Uma Abundância de Katherines” ainda não, mas tendo em conta a receita dos dois primeiros, que Green ainda está a receber, há a possibilidade de também serem. Editora nos EUA – Penguin Random House / Editora em Portugal – LeYa.

8 – Veronica Roth
– 10 milhões de dólares (9,3 milhões de euros) — A autora de uma das séries mais populares entre o público infanto-juvenil, “Divergente”, lançou já este ano uma nova obra, mas no ano passado, mesmo sem contar com ela, ainda lucrou 9,3 milhões de euros. Editora nos EUA – Harper Collins /Editora em Portugal – Porto Editora.

7 – Stephen King
– 15 milhões de dólares (14 milhões de euros) — Outro membro veterano da lista dos mais bem remunerados é outro elemento da realeza, desta vez do horror e do sobrenatural. No último ano, King conseguiu mais de 14 milhões de euros com as suas obras, e no final do verão deste ano vai chegar mais uma adaptação ao cinema de uma delas. Editora nos EUA – Doubleday / Editora em Portugal – Bertrand.

6 – E. L. James
– 14 milhões de dólares (13,1 milhões de euros) — Graças à trilogia erótica “As Cinquenta Sombras de Grey”, à qual se juntou este ano um quarto volume, “Grey”, rendeu à autora a entrada na lista dos vips. Editora nos EUA – Random House / Editora em Portugal – LeYa.

5 – Danielle Steel – 15 milhões de dólares (14 milhões de euros) — Uma das autoras românticas mais bem-sucedidas em todo o mundo continua na lista ano após ano. Ao todo, já conta com 129 obras publicadas. Editora nos EUA – Delacorte Press / Editora em Portugal – Bertrand.

4 – Nora Roberts
– 15 milhões de dólares (14 milhões de euros) — A rainha do romance norte-americano conseguiu a mesma soma que Steele, e continua imparável. Já tem mais de 200 livros editados e, por ano, dá aos leitores mais cinco razões para sorrir. Editora nos EUA – Penguin Random House / Editora em Portugal – Saída de Emergência.

3 – J. K. Rowling
– 19 milhões de dólares (17,7 milhões de euros) — A autora britânica mais lida das últimas décadas, autora da série infanto-juvenil mais lida de sempre, “Harry Potter”, continua de pedra e cal na lista dos mais bem pagos do mundo. Editora nos EUA – Bloomsbury / Editora em Portugal – Porto Editora.

2 – Jeff Kinney – 19,5 milhões de dólares (18,2 milhões de euros) — Outra das presenças habituais na lista dos autores mais bem pagos é Jeff Kinney, graças à sua série O Diário de um Banana, uma das mais populares entre o público infanto-juvenil. Editora nos EUA – Abrams / Editora em Portugal – Booksmile (20|20 Editora).

1 – James Patterson
– 95 milhões de dólares (88,9 milhões de euros) — É, por uma larga margem, o autor mais rico do mundo. Só no último ano, ele e os seus escritores-adjuntos publicaram mais de uma dúzia de livros, numa autêntica indústria. Editora nos EUA – Hachette Book Group / Editora em Portugal – TopSeller.


sábado, 11 de março de 2017

7 citações sobre bibliotecas (devidamente comentadas)

Leslie Herman




Há pessoas que têm uma biblioteca como os eunucos um harém.

Victor Hugo

(é verdade, há quem colecione livros como meros objetos de decoração, depois arrumam-nos por cores ou alturas, e ficam só a olhar para eles, sem curiosidade, sem espírito de aventura para desbravar os novos mundos que habitam as suas páginas...numa espécie de impotência intelectual!)


No Egipto, as bibliotecas eram chamadas "Tesouro dos remédios da alma". De facto é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.

Jacques Bossuet


A maior parte do tempo de um escritor é passado na leitura, para depois escrever; uma pessoa revira metade de uma biblioteca para fazer um só livro.

Samuel Johnson

Se temos uma biblioteca e um jardim temos tudo.

Marcus Cícero

(aqui o Cícero exagera um bocadinho, adoro livros e jardins mas há amores ainda maiores que constituem o TUDO da minha vida...)



Pela grossura da camada de pó que cobre a lombada dos livros de uma biblioteca pública pode medir-se a cultura de um povo.

John Steinbeck

(é por estas e por outras que guardo os meus livros numa estante com portas de vidro. Assim não tiram conclusões sobre as minhas ignorâncias e sobre há quantas semanas não limpo o pó ;)...)



Toda uma biblioteca de Direito apenas para melhorar em quase nada os Dez Mandamentos.

Millôr Fernandes

(O homem não deixa de ter uma certa razão!)



Nenhum lugar proporciona uma prova mais evidente da vaidade das esperanças humanas do que uma biblioteca pública.

Samuel Johnson

(Oh Samuel, não é vaidade, é auto-estima, homem! Um bocadinho de vaidade nunca fez mal a ninguém!)

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Primeiro leitor, depois escritor / First a reader, then a writer




"Like many others who turned into writers, I disappeared into books when I was very young, disappeared into them like someone running into the woods. What surprised and still surprises me is that there was another side to the forest of stories and the solitude, that I came out that other side and met people there. Writers are solitaries by vocation and necessity. I sometimes think the test is not so much talent, which is not as rare as people think, but purpose or vocation, which manifests in part as the ability to endure a lot of solitude and keep working. Before writers are writers they are readers, living in books, through books, in the lives of others that are also the heads of others, in that act that is so intimate and yet so alone".

quinta-feira, 19 de março de 2015

Escritores que também eram pais / Writers who were also fathers

Albert Camus com a sua filha Catherine




Charles Dickens lendo para as suas filhas mais velhas Mary e Kate
 



Ernest Hemingway com o seu filho Jack “Bumby” (1927)
 



Francis Scott Fitzgerald e “Scottie” em Roma (1924-1931)



Gabriel García Márquez com a sua esposa Mercedes Barcha e os seus filhos Rodrigo e Gonzalo



JRR Tolkien com a sua família em 1940
 



León Tolstói e a sua esposa Sofia com oito dos seus treze filhos em 1907




Mark Twain com a sua esposa Olivia Langdon e as suas três filhas
 
 
Veja mais AQUI.


terça-feira, 29 de julho de 2014

10 dicas sobre escrita criativa de Zadie Smith / Zadie Smith’s 10 rules of writing


  1. When still a child, make sure you read a lot of books. Spend more time doing this than anything else.
  2. When an adult, try to read your own work as a stranger would read it, or even better, as an enemy would.
  3. Don’t romanticise your ‘vocation’. You can either write good sentences or you can’t. There is no ‘writer’s lifestyle’. All that matters is what you leave on the page.
  4. Avoid your weaknesses. But do this without telling yourself that the things you can’t do aren’t worth doing. Don’t mask self-doubt with contempt.
  5. Leave a decent space of time between writing something and editing it.
  6. Avoid cliques, gangs, groups. The presence of a crowd won’t make your writing any better than it is.
  7. Work on a computer that is disconnected from the ­internet.
  8. Protect the time and space in which you write. Keep everybody away from it, even the people who are most important to you.
  9. Don’t confuse honours with achievement.
  10. Tell the truth through whichever veil comes to hand — but tell it. Resign yourself to the lifelong sadness that comes from never ­being satisfied.

Zadie Smith

Fonte

quinta-feira, 27 de março de 2014

O medo de não ter o que ler: "Fobias", texto de Luís Fernando Veríssimo

 


"Não sei como se chamaria o medo de não ter o que ler. Existem as conhecidas claustrofobia (medo de lugares fechados), agorafobia (medo de espaços abertos), acrofobia (medo de altura) e as menos conhecidas ailurofobia (medo de gatos), iatrofobia (medo de médicos) e até a treiskaidekafobia (medo do número 13), mas o pânico de estar, por exemplo, num quarto de hotel, com insônia, sem nada para ler não sei que nome tem. É uma das minhas neuroses. O vício que lhe dá origem é a gutembergomania, uma dependência patológica na palavra impressa. Na falta dela, qualquer palavra serve. Já saí de cama de hotel no meio da noite e entrei no banheiro para ver se as torneiras tinham “Frio” e “Quente” escritos por extenso, para saciar minha sede de letras. Já ajeitei o travesseiro, ajustei a luz e abri uma lista telefônica, tentando me convencer que, pelo menos no número de personagens, seria um razoável substituto para um romance russo. Já revirei cobertores e lençóis, à procura de uma etiqueta, qualquer coisa.
Alguns hotéis brasileiros imitam os americanos e deixam uma Bíblia no quarto, e ela tem sido a minha salvação, embora não no modo pretendido. Nada como um best-seller numa hora dessas. A Bíblia tem tudo para acompanhar uma insônia: enredo fantástico, grandes personagens, romance, sexo em todas as suas formas, ação, paixão, violência, – e uma mensagem positiva. Recomendo “Gênesis” pelo ímpeto narrativo, “O cântico dos cânticos” pela poesia e “Isaías” e “João” pela força dramática, mesmo que seja difícil dormir depois do Apocalipse.
Mas e quando não tem nem a Bíblia? Uma vez liguei para a telefonista de madrugada e pedi uma Amiga.
– Desculpe, cavalheiro, mas o hotel não fornece companhia feminina…
– Você não entendeu! Eu quero uma revista Amiga, Capricho, Vida Rotariana, qualquer coisa.
– Infelizmente, não tenho nenhuma revista.
– Não é possível! O que você faz durante a noite?
– Tricô.
Uma esperança!
– Com manual?
– Não.
Danação.
– Você não tem nada para ler? Na bolsa, sei lá.
– Bem… Tem uma carta da mamãe.
– Manda!"


(VERISSIMO, Luis Fernando. Banquete com os deuses: cinema, literatura, música e outras artes. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003. p. 97-98)

Fonte

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

10 dicas para aspirantes a escritores / 10 things aspiring novelists should know


Someecards


10 Things Aspiring Novelists Should Know



  1. Your novel is not a personal journal. Consider the reader. 
  2. Writing is a business. You enter into an agreement with a reader. You agree to entertain in exchange for their money and emotion. You agree to inform for their time.
  3. Readers don’t like charmless heroes. Just because your protagonist happens to be an anti-hero does not mean you are free to make him or her 100% unlikable.
  4. Only experienced novelists who have successfully completed two published books should attempt to use an anti-hero as a protagonist.
  5. Antagonists should be people, not things.
  6. If you aren’t willing to listen to advice, if you aren’t able to learn from your mistakes, and if you aren’t prepared to let go of stories nobody wants to read, you will probably not succeed.
  7. You have to read a lot to be able to write.
  8. Using examples of famous authors who were published more than 30 years ago to justify long passages of description in your boring manuscript is not a good idea. Publishing has changed. Readers have changed.
  9. Self-publishing does not mean you don’t need to pay somebody to proofread and edit your book. Readers are insulted when they find mistakes in books. It’s like serving guests dinner on dirty plates.
  10. Always delete the first three chapters of the first draft of your first three novels. It will always be filled with backstory you don’t need. 


Fonte: 

Writers Write



terça-feira, 24 de setembro de 2013

O cachimbo d'um autor / A writer's pipe




O Cachimbo

Trigueiro, negro, enfarruscado,
Sou o cachimbo d'um autor,
incorrigível fumador,
Que me tem já quase queimado.

Quando o persegue ingente dor,
Eu, a fumar, sou comparado
Ao fogareiro improvisado
Para o jantar d'um lenhador.

Vai envolver-lhe a torva mente
O fumo azul e transparente
Da minha boca em erupção...

A sua dor, prestes, se acalma;
Leva-lhe o fumo a paz à alma,
Vai alegrar-lhe o coração!




Charles Baudelaire

Trad. de Delfim Guimarães 

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