quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Eu leio porque.../ I read because...




I read because one life isn’t enough, and in the page of a book I can be anybody;



I read because the words that build the story become mine, to build my life;


I read not for happy endings but for new beginnings; I’m just beginning myself, and I wouldn’t mind a map;


I read because I have friends who don’t, and young though they are, they’re beginning to run out of material;


I read because every journey begins at the library, and it’s time for me to start packing;


I read because one of these days I’m going to get out of this town, and I’m going to go everywhere and meet everybody, and I want to be ready.


Richard Peck, Anonymously Yours (1995)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

"O que há num nome?" - Um Shakespeare e dois Sócrates

"O que há num nome?", perguntou Shakespeare pela boca de Julieta - prática que, a propósito, parece ser extremamente anti-higiénica. Uma rosa, dizia a rapariga que, certamente por perfeccionismo, primeiro fingiu matar-se e só depois se matou mesmo, teria igual beleza e o mesmo cheiro caso tivesse outro nome. É verdade. Se a rosa se chamasse, digamos, bidé, seria igualmente bela, por muito que pudesse ser um pouco embaraçoso oferecer a alguém um lindo ramo de bidés. Mas o Bardo refletiu apenas acerca do objeto que, mudando de nome, mantém as características. Por esquecimento ou preguiça, não se debruçou sobre os objetos que, tendo características diferentes, partilham o mesmo nome. Por exemplo, o que há num Sócrates? Será possível que dois Sócrates diferentes encontrem, no entanto, o mesmo destino? Não deixa de ser inquietante que Julieta não tenha colocado esta questão a Romeu, tendo preferido entreter-se com considerações sobre rosas. Mais sobra para nós, amigo leitor, meditarmos.

O que começa por ser curioso na comparação entre o Sócrates grego e o Sócrates português é o facto de as próprias diferenças os aproximarem. Repare: o Sócrates grego nunca disse ser sábio. Ao Sócrates português, até lhe atestaram a sabedoria ao domingo...

Excerto da última crónica de Ricardo Araújo Pereira para a revista Visão. Leia na íntegra AQUI. 

Brilhante pergunta! Eu também não sei.

Medo, por Thienbao.


"How strange it is. We have these deep terrible lingering fears about ourselves and the people we love. Yet we walk around, talk to people, eat and drink. We manage to function. The feelings are deep and real. Shouldn’t they paralyze us? How is it we can survive them, at least for a little while? We drive a car, we teach a class. How is it no one sees how deeply afraid we were, last night, this morning? Is it something we all hide from each other, by mutual consent? Or do we share the same secret without knowing it? Wear the same disguise?"



Don DeLillo, White Noise

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

"As mulheres são um cheiro. É pelo cheiro que as catalogamos no íntimo arquivo dos desejos"







«-...As mulheres são um cheiro. É pelo cheiro que as catalogamos no íntimo arquivo dos desejos. A que cheira uma mulher? -- perguntou-me um dia a Diana. Uma rosa cheira a rosa. Um cravo cheira a cravo. Não sei a que cheira uma orquídea. Mas sei que todas as orquídeas cheiram igual, respondi. Já as mulheres, nenhuma repete o cheiro. As que nos refrescam têm cheiro de rio, as que nos enchem têm cheiro de mar.



Todas as mulheres têm um cheiro húmido. Como a boca. Como o sexo. Só gostamos de uma mulher quando gostamos do seu cheiro. Quando tudo nos leva a bebe-la, como um chá quente, excitante, aromático. Se não gostarmos do seu cheiro não conseguimos ama-la, nem na pele nem na alma. Podemos ser amigos, companheiros, nunca amantes. Amar é beber um cheiro. É transporta-lo para dentro de nós. Amamos uma mulher quando cheiramos ao seu cheiro...»

João Morgado, Diário dos Infiéis, Oficina do Livro, 2010


Voz: Rui Almeida.
Fotos: GD Fotografias (Brasil)
Produção de vídeo: Francisco Cardona.

Uma citação de Philip Roth sobre os hábitos e o grau de loucura de um escritor







"I don’t ask writers about their work habits. I really don’t care. Joyce Carol Oates says somewhere that when writers ask each other what time they start working and when they finish and how much time they take for lunch, they’re actually trying to find out, “Is he as crazy as I am?” I don’t need that question answered."



domingo, 8 de agosto de 2010

As leitoras de Daryl Zang






A pintora fala de como a sua vida pessoal, a sua escrita e a sua pintura se interseccionam:

"Art, for me, is deeply personal and I often describe my paintings as autobiographical. The greatest turning point in my work came when I found myself at home as a new mother. I began to paint the emotions I experienced everyday in order to create relatable images of my particular time and place. In my paintings, I stress ambivalence, isolation, and exhaustion but also the private, restful moments of peace that we all treasure in our hectic lives.


Women’s lives are so multifaceted that the potential for subject matter is seemingly endless. Despite what may be perceived as a narrow niche, I have found that the personal component of my work resonates with both men and women. There are themes common to all of us which are simply human.


My process is somewhat different from other artists in that I develop my paintings from words. My journals serve as a guide and when I find myself dwelling on a particular experience, my writing becomes the foundation for a real and honest image.


I create paintings that reflect my own situation but in doing so address the unique challenges that many of us face. The emotional ups and downs of my life are the inspiration for my work. I know I have been successful when a viewer realizes they are not alone with these feelings. The stories of personal triumph and tragedy that my work often elicits validate my belief in my work. Those connections are incredibly gratifying and fuel my enthusiasm for painting.


Daryl Zang

A maior flash mob de sempre

As Flash Mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em locais públicos para realizar determinada acção inusitada previamente combinada. Muitas vezes estas dispersam-se tão depressa como se reuniram. A expressão aplica-se geralmente a reuniões organizadas através de e-mail ou meios de comunicação social.

E o melhor exemplo é também o maior: a maior flash mob de sempre ocorreu no dia 10 de Setembro de 2009: o grupo musical Black Eyed Peas conseguiu reunir cerca de 21 mil fãs na Avenida Michigan, em Chicago, nos EUA, para comemorar a passagem da 24ª temporada do programa de Oprah Winfrey na TV.

O grupo preparou-lhe uma surpresa ao tocar o grande hit I Gotta Feeling com uma coreografia inacreditável envolvendo toda a multidão presente.

Durante a entrevista que o grupo deu após a apresentação, o lider do grupo Will.i.am contou que chamou 800 fãs para ajudar na coreografia, que depois foi passada para as mais de 20 mil pessoas presentes no espectáculo.

Para quem ainda não viu, aqui fica:



Saiba mais sobre este fenómeno social AQUI.

sábado, 7 de agosto de 2010

Os seis livros preferidos de J.K. Rowling / J.K. Rowling's six favourite books

1. O livro preferido
Emma, de Jane Austen




"Virginia Woolf said of Austen, 'For a great writer, she was the most difficult to catch in the act of greatness,' which is a fantastic line. You're drawn into the story, and you come out the other end, and you know you've seen something great in action. But you can't see the pyrotechnics; there's nothing flashy".






 2. O escritor vivo preferido

Roddy Doyle


 3. Outro livro de eleição

Chéri, de Colette





E os livros preferidos da sua infância







4. The Little White Horse, de Elizabeth Goudge

"Goudge was the only one whose influence I was conscious of. She always described exactly what the children were eating, and I really liked knowing what they had in their sandwiches". 



 




5. The Story of the Treasure Seekers, de E. Nesbit

"She's the children's writer with whom I most identify. She said, 'By some lucky chance, I remember exactly how I felt and thought at 11.' That struck a chord with me. The Story of the Treasure Seekers was a breakthrough children's book. Oswald is such a very real narrator, at a time when most people were writing morality plays for children".


 

E o livro preferido do seu lado infantil da idade adulta...
 




6. Skellig, de David Almond

"It's the best children's book I have read recently". 










Fonte: O, The Oprah Magazine, em 15 de Janeiro de 2001, DAQUI.

"Black Eyed Peas", em português "Feijão Frade"

O nome resulta melhor em inglês, não é? :)

Meet Me Halfway, Black Eyed Peas

Não sou grande fã do vídeo mas a música é sexyyyyyy!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Já está disponível o InfoCEDI nº 28


Já está disponível o InfoCEDI nº 28, periódico digital de carácter mensal publicado desde Fevereiro de 2008 pelo IAC - Instituto de Apoio à Criança.

Cada número apresenta vários documentos referentes a uma temática relacionada com a Criança e os seus Direitos, tendo em conta a sua relevância científica e/ou pedagógica. Além de estudos científicos actualizados e de referência, definimos conceitos, apresentamos estatísticas e indicamos o enquadramento legal subjacente. Indicamos igualmente endereços de sites que possam complementar as leituras sugeridas.

O exemplo de como o leitor nem sempre precisa de ir à biblioteca quando a biblioteca vai todos os meses até ele.

O presente número pretende fazer uma retrospectiva de todos os temas até agora tratados.

Pode ler e subscrever AQUI.

Distinto leitor e estudioso do comportamento humano

s.id.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Don Tapscott afirma "A Internet deixa-nos mais inteligentes"



Excelente entrevista publicada no Jornal Público em 07.07.2010 sobre as Novas Tecnologias e os jovens da Geração Net:

Don Tapscott conduziu um projecto de investigação com um orçamento de quatro milhões de dólares e que envolveu 11 mil jovens em vários países. Os resultados contrariam muitas das críticas comuns ao impacto das novas tecnologias.

Investigador, professor universitário, consultor e autor de vários livros, Don Tapscott, um canadiano nascido em 1947, lançou, em 1997, o livro “Growing Up Digital - The Rise of the Net Generation”.

Mais de uma década depois, e tendo por base um projecto de investigação milionário, voltou ao tema e publicou, em 2008, “Grown Up Digital: How the Net Generation is Changing Your World” (pelo meio, escreveu outros quatro livros sobre o impacto das tecnologias, incluindo, em co-autoria, o best-seller Wikinomics).

Tapscott - que há um ano sugeriu a Barack Obama que pusesse os olhos na iniciativa portuguesa de distribuir computadores aos alunos - esteve em Portugal para a conferência A Escola do Futuro na Era da Economia Digital (organização Diário Económico). Depois da extensa investigação, Tapscott chegou à conclusão de que a maioria das críticas às novas tecnologias é infundada. Mas defende serem precisas muitas mudanças para se aproveitar o potencial da geração que já cresceu online.


Há muita gente a defender que as novas tecnologias estão a criar cérebros preguiçosos, a diminuir a capacidade de atenção e de sociabilização. Há até quem tenha escrito que o Google nos está a tornar estúpidos. A sua posição é que todas estas afirmações são erradas?

Acredito que boa parte do impacto da revolução digital na forma como pensamos, colaboramos e trabalhamos ainda é desconhecido. Mas não concordo, em geral, com quem diz isso. Os dados simplesmente não sustentam essas afirmações. Os jovens são mais espertos do que nunca, o QI está ao nível mais alto de sempre, há mais estudantes a licenciarem-se. Sou contra os argumentos de que os jovens só pensam em 140 caracteres [o limite de caracteres para as mensagens no Twitter] ou têm o nível de atenção de uma mosca.

Mas há um problema. Um terço desta geração é espectacular. Outro terço está a safar-se bastante bem. Mas os que estão em baixo, mesmo em países como os EUA, Canadá ou Portugal, nem sequer estão a acabar o liceu. Sempre foi assim, mas não devia ser. Devíamos ter melhorias nesse último terço, mas isso não está a acontecer. Algumas pessoas culpam a Internet. Mas isso é como culpar a biblioteca pela ignorância dos alunos.


Na sua pesquisa não encontrou nenhuma consequência negativa do uso das tecnologias?

Há todo o tipo de problemas. Os jovens precisam de equilíbrio e às vezes perdem-no. A minha mulher é portuguesa e está a visitar família aqui. Um dos miúdos joga videojogos 40 horas por semana. É demasiado. A privacidade também é outro problema. Os jovens expõem demasiada informação.


E isso é um problema ou é simplesmente uma questão de divisão geracional sobre o que é a privacidade?

Há muitas pessoas que não vão conseguir o emprego dos seus sonhos porque alguém os pesquisou e os viu bêbados [numa foto] no Facebook, ou a dizer algo que não deviam.

Cada um de nós está a criar uma versão virtual de si próprio. E este eu virtual sabe mais sobre nós do que nós próprios, porque nós não nos lembramos do que dissemos há anos. Isto cria uma situação em que a informação pode ser usada contra a pessoa, nomeadamente pelo Estado. Nós não temos problemas, porque temos governos democráticos. Mas ainda sou do tempo em que não havia um governo democrático em Portugal.


Os jovens não estão cientes desses riscos ou simplesmente não querem saber?

A minha pesquisa diz-me que os jovens estão a disponibilizar mais informações do que os mais velhos. Mas um estudo recente do PEW [um centro de investigação e think tank americano] disse que os jovens tinham mais conhecimento sobre os problemas da privacidade do que os mais velhos. Simplesmente porque cresceram a fazer isto.

(...)


Que razões terá esta geração para explodir nos países democráticos?

Que tal 40 por cento de desemprego em Espanha? [O desemprego] é um grande problema. É a geração mais esperta de sempre, é globalizada, tem ferramentas fabulosas. Se não tiver como ganhar a vida, vai começar a questionar o funcionamento da sociedade. E isso é um conflito de gerações.

(...) os dados mostram que os jovens estão a votar menos. Excepto nos EUA. A diferença é que os EUA tiveram um candidato que se dirigiu aos jovens [Barack Obama].

Isso foi por causa das ideias ou pelo facto de Obama ter usado todo o tipo de ferramentas on-line, desde o Twitter ao Facebook?

Ambos. Uma das razões pelas quais os jovens não estão envolvidos nas instituições democráticas é o facto de os modelos estarem errados. Temos um modelo de democracia com 100 anos: "Eu sou um político. Ouçam-me. Votem em mim. E depois vou dirigir-me durante quatro anos a receptores passivos." O cidadão vota, o político governa. Isso está bem para a minha geração. Eu cresci a ser um receptor passivo. Cresci a ver televisão 24 horas por semana, como todos os baby boomers. As escolas transmitiam-me informações e eu era um receptor passivo. Ia à igreja, onde era a mesma coisa. Cresci num modelo de família onde a comunicação funcionava só num sentido [dos pais para os filhos]. Mas estes jovens estão a crescer de forma interactiva, habituados a colaborar e a serem activos.


Muitas das instituições, como a escola e a igreja, ainda têm um modelo de comunicação unidireccional.

Isso está a mudar. Lentamente. Estamos aqui por causa desta iniciativa do e-escola. Isto não é uma questão tecnológica. Algumas pessoas pensam que sim, mas estão enganadas. É uma questão de mudar o modelo de pedagogia, afastá-lo do modelo de transmissão unidireccional. Todas as instituições precisam de mudar: a democracia, a aprendizagem nas escolas, os modelos de trabalho.


Acha que esta mudança vai acontecer quando esta geração for mais velha e estiver em posição de poder ou acontecerá antes disso?

Já há tensão. Há uma barreira geracional em muitas instituições. Por exemplo, nos locais de trabalho. Quando os jovens chegam ao mercado de trabalho, têm na mão ferramentas melhores do que as que existem nos governos e nas empresas. Têm toda uma cultura de colaboração. E nós o que fazemos? Fechamo-los em cubículos e tratamo-los como o Dilbert [o personagem criado pelo cartoonista Scott Adams]. Banimos as ferramentas que têm. Há empresas que proíbem o Facebook.
 
 
Não há o risco de desperdiçarem tempo com essas ferramentas?


O tempo que os jovens passam online não é roubado ao tempo que passam com os amigos, ou em que estão a fazer os trabalhos de casa ou a trabalhar no emprego. É roubado, sobretudo, à televisão. É isso que os dados mostram. Há quem diga que os jovens ainda vêem demasiada televisão. Mas estão a ver menos e estão a ver de forma diferente. Têm o computador ligado e a televisão é música ambiente, ao fundo. Há quem confunda o monitor da televisão com o monitor do computador. Mas têm efeitos opostos em termos de desenvolvimento do cérebro.

Se os jovens estão no local de trabalho a desperdiçar tempo no Facebook, isso não é um problema de tecnologia. É um problema de fluxos de trabalho, motivação, supervisão. A minha geração não entende a cultura de colaboração, não entende as novas ferramentas e não entende a nova geração. Os blogues, redes sociais, wikis são o novo sistema operativo das empresas.


Apesar de tudo isso, quem cria e determina o funcionamento de muitas das novas ferramentas são pessoas que estão na casa dos 50 anos e não na casa dos 20.

Isso é irrelevante. Não quero saber quem faz as ferramentas. Estamos a falar da primeira geração de nativos digitais. O Steve Jobs [da Apple] e o Michael Dell [fundador da empresa de computadores Dell] já usavam tecnologia quando eram adolescentes, por isso, de certo modo, estavam à frente. Eu comecei a usar computadores quando tinha 25 anos. O período crítico é dos 8 aos 18. E a forma como se passa o tempo nessa idade é, a seguir aos genes, a variável mais importante a determinar o funcionamento do cérebro. Quem passa 24 horas por semana a ser um receptor passivo de televisão tem um determinado tipo de cérebro. Quem passa esse tempo a ser um utilizador activo de informação, tem outro tipo de cérebro, que é um cérebro melhor, mais apropriado ao século XXI.


Pode ler esta entrevista na íntegra AQUI.

A experiência que Don Tapscott descreve em relação ao computador vs televisão é exactamente a minha! Hoje em dia, a televisão é para mim, durante a maior parte do tempo, música ambiente enquanto estou ao computador a ser uma utilizadora activa de informação. :) 

Acredito que os jovens de hoje têm mais recursos de informação e participação do que qualquer outra geração do passado.

Concordo igualmente que a internet, os blogues e as redes sociais são ferramentas de trabalho estruturantes numa empresa.

Quanto à afirmação "A Internet deixa-nos mais inteligentes", espero que sim"...pelo tempo que passo on-line (no trabalho e em casa), o Einstein que se cuide!!! :))))

Para que serve o Amor? / A Quoi ÇA Sert L'amour?

Oh, L'amour!!! :)




Um dueto de Edith Piaf e Théo Sarapo (1962)

Aqui fica a letra:

A quoi ça sert l'amour?
On raconte toujours
Des histoires insensées.
A quoi ça sert d'aimer?



L'amour ne s'explique pas!
C'est une chose comme ça,
Qui vient on ne sait d'où
Et vous prend tout à coup.



Moi, j'ai entendu dire
Que l'amour fait souffrir,
Que l'amour fait pleurer.
A quoi ça sert d'aimer ?


L'amour ça sert à quoi?
A nous donner d' la joie
Avec des larmes aux yeux...
C'est triste et merveilleux!


Pourtant on dit souvent
Que l'amour est décevant,
Qu'il y en a un sur deux
Qui n'est jamais heureux...


Même quand on l'a perdu,
L'amour qu'on a connu
Vous laisse un goùt de miel.
L'amour c'est éternel!


Tout ça, c'est très joli,
Mais quand tout est fini,
Il ne vous reste rien
Qu'un immense chagrin...



Tout ce qui maintenant
Te semble déchirant,
Demain, sera pour toi
Un souvenir de joie!


En somme, si j'ai compris,
Sans amour dans la vie,
Sans ses joies, ses chagrins,
On a vécu pour rien ?



Mais oui ! Regarde-moi!
A chaque fois j'y crois
Et j'y croirai toujours...
Ça sert à ça, l'amour!



Mais toi, t'es le dernier,
Mais toi, t'es le premier!
Avant toi, 'y avait rien,
Avec toi je suis bien!
C'est toi que je voulais,
C'est toi qu'il me fallait!
Toi qui j'aimerai toujours...
Ça sert à ça, l'amour!...

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