terça-feira, 30 de abril de 2013

Novos contos para crianças / New stories for kids


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Miguel Esteves Cardoso e a felicidade em Portugal




Ninguém Tem Pena das Pessoas Felizes


Ninguém tem pena das pessoas felizes. Os Portugueses adoram ter angústias, inseguranças, dúvidas existenciais dilacerantes, porque é isso que funciona na nossa sociedade. As pessoas com problemas são sempre mais interessantes. Nós, os tontos, não temos interesse nenhum porque somos felizes. Somos felizes, somos tontaços, não podemos ter graça nem salvação. Muitos felizardos (a própria palavra tem um soar repelente, rimador de «javardo») vêem-se obrigados a fingir a dor que deveras não sentem, só para poderem «brincar» com os outros meninos.
É assim. Chega um infeliz ao pé de nós e diz que não sabe se há-de ir beber uma cerveja ou matar-se. E pergunta, depois de ter feito o inventário das tristezas das últimas 24 horas: «E tu? Sempre bem disposto, não?». O que é que se pode responder? Apetece mentir e dizer que nos morreu uma avó, que nos atraiçoou uma namorada, que nos atropelaram a cadelinha ali na estrada de Sines.
E, no entanto, as pessoas felizes também sofrem muito. Sofrem, sobretudo, de «culpa». Se elas estão felizes, rodeadas de pessoas tristes, é lógico que pensem que há ali qualquer coisa que não bate certo. As infelizes acusam sempre os felizes de terem a culpa. É como a polícia que vai à procura de quem roubou as jóias e chega à taberna e prende o meliante com ar mais bem disposto. Em Portugal, se alguém se mostra feliz é logo suspeito de tudo e mais alguma coisa. «Julgas que é por acaso que aquele marmanjo anda tão bem disposto?», diz o espertalhão para outro macambúzio. É normal andar muito em baixo, mas há gato se alguém andar nem que seja só um bocadinho «em cima». Pensam logo que é «em cima» de alguém.

Ser feliz no meio de muita gente infeliz é como ser muito rico no meio de um bairro-de-lata. Só sabe bem a quem for perverso.
Infelizmente, a felicidade não é contagiosa. A alegria, sim, e a boa disposição, talvez, mas a felicidade, jamais. Porque a felicidade não pode ser partilhada, não pode ser explicada, não tem propriamente razão. Não se pode rir em Portugal sem que pensem que se está a rir de alguém ou de qualquer coisa. Um sorriso que se sorria a uma pessoa desconhecida, só para desabafar, é imediatamente mal interpretado. Em Portugal, as pessoas felizes sofrem de ser confundidas com as pessoas contentes.


Miguel Esteves Cardoso, in 'Os Meus Problemas'

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Amanhã é o Dia Mundial do Livro. O cartaz alusivo é de Gémeo Luís. / World Book Day 2013


Ilustração de Gémeo Luís para a DGLAB.


O Dia Mundial do Livro é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril. Este ano, a imagem da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas é da autoria de Gémeo Luís, ilustrador premiado e internacionalmente conhecido.

A DGLAB disponibiliza para impressão o cartaz alusivo a este dia AQUI.


Sobre este dia a UNESCO informa:

"23 April is a symbolic date for world literature for on this date in 1616, Cervantes, Shakespeare and Inca Garcilaso de la Vega all died. It is also the date of birth or death of other prominent authors such as Maurice Druon, Haldor K.Laxness, Vladimir Nabokov, Josep Pla and Manuel Mejía Vallejo.

It was a natural choice for UNESCO's General Conference, held in Paris in 1995, to pay a world-wide tribute to books and authors on this date, encouraging everyone, and in particular young people, to discover the pleasure of reading and gain a renewed respect for the irreplaceable contributions of those who have furthered the social and cultural progress of humanity. In this respect, UNESCO created both the World Book and Copyright Day and the UNESCO Prize for Children's and Young People's Literature in the Service of Tolerance".

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Tendências nos ebooks: infográfico / Ebook trends: an infographic

Há pouco tempo converti-me aos e-books. Principalmente depois de descobrir a quantidade enorme de publicações gratuítas disponíveis por aí (sobretudo em inglês). Mas atenção: o livro em papel continua a ser o meu formato de eleição.

De qualquer modo, o meu interesse cresceu em relação ao livro digital. Assim, aqui fica um infográfico sobre as principais tendências em relação  a este.


Ler e aprender compensam... / Learning and reading are their own rewards


Garfield :)

LinkWithin

Blog Widget by LinkWithin