sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Receita contra a estupidez / A prescription against stupidity


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Quantos anos tenho?



"Quantos anos tenho? Isso a quem importa?
Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e o que sinto".

José Saramago

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

2 citações sobre o amor





"Amar verdadeiramente alguém é acreditar que, ao amá-lo, se alcançará a uma verdade sobre si. Ama-se aquele ou aquela que conserva a resposta, ou uma resposta, à nossa questão “Quem sou eu?”.



(...)


Alguns sabem provocar o amor no outro, os serial lovers – se posso dizer – homens e mulheres. Eles sabem quais botões apertar para se fazer amar. Porém, não necessariamente amam, mais brincam de gato e rato com suas presas. Para amar, é necessário confessar sua falta e reconhecer que se tem necessidade do outro, que ele lhe falta. Os que crêem ser completos sozinhos, ou querem ser, não sabem amar. E, às vezes, o constatam dolorosamente. Manipulam, mexem os pauzinhos, mas do amor não conhecem nem o risco, nem as delícias”.


Jacques-Alain Miller

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

"Ela era fascinada pelas palavras"/ "She was fascinated with words"





"She was fascinated with words. To her, words were things of beauty, each like a magical powder or potion that could be combined with other words to create powerful spells."


Dean Koontz

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

"Na leitura e na escrita encontramo-nos todos naquilo que temos de mais humano".



A escrita, ou a arte, para ser mais abrangente, cumpre funções que mais nenhuma área consegue cumprir. (...) Sinto que há poucas experiências tão interessantes como quando se lê um livro e se percebe "já senti isto, mas nunca o tinha visto escrito", procurar isso, ou procurar escrever textos que façam sentir isso, é uma das minhas buscas permanentes. Trata-se de ordenar, de esquematizar, não só sentimentos como ideias que temos de uma forma vaga mas que entendemos melhor quando os vemos em palavras. Trata-se também de construir empatia: através da leitura temos oportunidade de estar na pele de outras pessoas e de sentir coisas que não fazem parte da nossa vida, mas que no momento em que lemos conseguimos perceber como é. E isso faz-nos ser mais humanos. Na leitura e na escrita encontramo-nos todos naquilo que temos de mais humano.
José Luís Peixoto

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Estudo da Universidade de Roma prova que ler deixa as pessoas mais felizes



É senso comum dizer que ler faz bem, que proporciona aos leitores inúmeros benefícios intangíveis. No entanto, é difícil encontrarmos estudos que comprovem essas teses. Ou era difícil. Investigadores da Universidade de Roma 3, em Itália, realizaram um trabalho com cerca de 1.100 pessoas para encontrar a resposta para duas questões: «Quem lê livros é mais feliz do que quem não lê?» e «A leitura melhora o nosso bem-estar»? A conclusão, apresentada no artigo «The Happiness of Reading», é bastante clara: os leitores são mais felizes e encaram a vida de forma mais positiva que os não leitores.


Leia mais AQUI.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Um ano a ler um livro de cada país do mundo / "My Year Reading a Book from Every Country in the World"

Faz referência a José Saramago, nosso Prémio Nobel da Literatura. Muito interessante e louvável!

"Ann Morgan considered herself well read — until she discovered the "massive cultural blindspot" in her bookshelf. Amid a multitude of English and American authors, there were very few works from authors beyond the English-speaking world. So she set an ambitious goal: to read one book from every country in the world over the course of a year. Now she's urging other Anglophiles to read translated works so that publishers will work harder to bring foreign literary gems back to their shores". 
 



 

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Livros que nos fazem rir, segundo Ricardo Araújo Pereira





Um artigo publicado no Observador em 25 de Janeiro de 2016, da autoria de Joana Emídio Marques.




"Dos clássicos gregos à actual literatura de humor anglo-saxónica, Ricardo Araújo Pereira já deve ter lido mais livros do que Marcelo Rebelo de Sousa. Aqui, faz uma lista daqueles que nos ensinam a rir.



Não é fácil pensarmos em Portugal como um país bem-humorado, praticante da ironia inteligente, ágil profanador das regras do bom comportamento, do bom senso e do bom gosto. Apesar de termos inventado as cantigas de escárnio e maldizer, apesar de termos tido um Camilo e um Eça, e de sermos exímios praticantes da má língua no espaço privado eis que no espaço público agimos como aquele monge que, no Nome da Rosa, de Umberto Eco, queima o livro sobre o riso por este ser herético.

No Parlamento, nos media, nas ruas quantos são os que nos fazem rir? Quantos são os que manejam a língua portuguesa com erudição e perversidade para nos porem a rir de nós mesmos e do mundo em redor? Quantos nos mostram o lado mais cómico disto tudo?


Talvez porque o riso seja sempre um acto de rebeldia, uma forma de questionar as regras, uma vingança da inteligência sobre a brutalidade e a estupidez daquilo que se chama “ser sério”e nós somos um povo habituado a baixar a cabeça. Talvez porque preferimos a apagada e vil tristeza do faduncho e das suas divas, porque sonhamos em usar fato e gravata e ser chamados de “doutor”. Talvez porque queremos ser levados a sério, nós, portugueses, não rimos em público, não dizemos piadas, não fazemos críticas e tendemos a desprezar quem o faz.

Somos um povo ancestralmente pobre e analfabeto, daí estarmos mais à vontade com a violência do sarcasmo, do que com as subtilezas da ironia. A ironia é uma prerrogativa dos ricos, da burguesia, dos que podem ter distanciamento suficiente dos factos para poderem fixar sobre eles uma linguagem rebuscada e complexa. O sarcasmo está mais próximo do corpo, da luta pela sobrevivência. Está mais próximo da obscenidade carnavalesca: a libertação da ansiedade, da tristeza, do medo e da morte fazem-se com as palavras obscenas. Ferenczi, discípulo de Freud, escreveu que os palavrões serviam para descarregar a violência recalcada em nós. Uma violência que sai do corpo e se faz palavra para aliviar a nossa tensão.

Porque o riso é também um prazer físico, ele foi durante milénios reprimido pela igreja e por todas as ditaduras. O riso é visto como uma falta de fé, uma manifestação de dúvida que faz tremer o altar de qualquer Deus. Ou, como dizem as pessoas que se querem “de respeito”: “não se brinca com coisas sérias.”

Ricardo Araújo Pereira pertence à linha de cómicos eruditos que procura nas palavras e pelas palavras fixar o mundo de outra forma. Defende que as palavras, na sua remota origem corporal, são aquilo que faz com que o corpo ceda ao riso, à convulsão da gargalhada. As palavras são o órgão visceral do humor.

RAP sabe também que a frase “uma imagem vale mais que mil palavras” é mentira, pois cada palavra contém um universo de significados, de possibilidades, de trocadilhos, de imagens em constante metamorfose. As suas crónicas escritas têm um poder que nenhuma das suas personagens televisivas ou publicitárias tem. E reconhece que no humor que actualmente se produz em Portugal há muita falta de auto-ironia ao bom estilo de Woody Allen, Ricky Gervais, Larry David.



Porque não somos capazes de rir de nós mesmos?



Mais difícil do que rir dos outros é rir de nós mesmos, como aquela personagem de Dinis Machado no conto Reduto Quase Final, que, acabada de cair da escada abaixo, se pergunta:qual é o lado cómico disto?

Ricardo Araújo Pereira diz que em Portugal vigora “o homem sério”, aquele “a quem o mundo nunca surpreende”. Que “o poder da igreja, que ligou o riso ao mal, à loucura, ao desrespeito ainda nos fazem ver o riso como sinónimo de falta de respeito”. Somos muito defensivos e usar a “auto-ironia” é visto como um sinal de fraqueza e não de espirituosidade”, continua o humorista.

Aprender a ironia e a auto-ironia é, pois, uma urgência neste país. As gerações dos anos 80 e 90 aprenderam a rir com Herman José, com Miguel Esteves Cardoso, com Luíz Pacheco — como as gerações do novo milénio aprenderam a rir com o Gato Fedorento, com Bruno Nogueira, com O Mundo Catita de Manuel João Vieira.

O que parece ter-se perdido entretanto foi o humor na literatura. Qual é o escritor ou poeta português que ainda nos faz rir? Ricardo Araújo Pereira lembra-se de Mário de Carvalho e dos poetas Jorge Sousa Braga, Adília Lopes e Alberto Pimenta. Depois há os mortos: Mário-Henrique Leiria, Alexandre O’Neill, Vilhena, Luiz Pacheco.

“Há falta de humor no feminino”, reconhece Ricardo Araújo Pereira. “As mulheres sempre foram obrigadas a uma seriedade impiedosa para não serem tomadas como sedutoras, pouco ajuizadas, pouco responsáveis. A sua caminhada para o riso e para fazer humor foi muito mais árdua, mas hoje já encontramos humoristas importantes como Tina Fey ou a escritora Dorothy Parker.”

Ricardo Araújo Pereira não é só um extraordinário humorista que nos põe a brincar com a língua portuguesa, é também um profundo conhecedor da literatura de humor e não só (mesmo que ele não goste de dar esta imagem de si mesmo). Dos clássicos gregos à actual literatura de humor anglo-saxónica, podemos estimar que ele já leu mais livros do que Marcelo Rebelo de Sousa, embora certamente mais devagar.

Por isso, lembra que há autores que nos fazem rir de formas muito diferentes: uns porque são claramente cómicos, outros porque têm breves momentos de sátira, e outros ainda que nos fazem rir apenas dentro da cabeça. Percorremos a literatura portuguesa, francesa e anglo-saxónica e fizemos uma lista dos 28 livros fundamentais para aprender a rir. Um deles, claro, é Oblomov, do escritor russo Ivan Goncharov, que saiu em dezembro na coleção de literatura de humor que Ricardo Araújo Pereira dirige na Tinta da China. Mas há muitos mais. Livros que vão desde o Renascimento ao século XXI. O único problema é que alguns deles só se encontram, com devoção e persistência, nos alfarrabistas".



[Veja nesta fotogaleria a lista recomendada por Ricardo Araújo Pereira]


Fonte



 



terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Nu com a mão no livro: bibliotecários brasileiros tiram a roupa em calendário 2016 para a construção da 1ª Biblioteca da Diversidade


"Depois dos calendários da Pirelli e da revista LOVE, repletos de musas, o mais novo projeto a chamar a atenção de HT é o desenvolvido pelo bibliotecário Cristian Santos, que usou sua indignação com o descaso governamental em relação ao público LGBT e resolveu convidar alguns colegas de profissão para se despirem. Mas tudo por uma boa causa: a turma, que reúne profissionais de São Paulo, do Distrito Federal, do Rio de Janeiro e por aí vai, posou nua para arrecadar fundos para a construção da Biblioteca da Diversidade, um acervo com livros que abordem minorias religiosas e de gênero, assim como quebrar os paradigmas de que a profissão é formada exclusivamente por mulheres".

Veja mais imagens AQUI.

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