Mostrar mensagens com a etiqueta escrita criativa. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta escrita criativa. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A rotina de criação de Gabriel Garcia Marquez



“When I started writing full-time I was forty years old, my schedule was basically from nine o’clock in the morning until two in the afternoon when my sons came back from school. Since I was so used to hard work, I felt guilty that I was only working in the morning; so I tried to work in the afternoons, but I discovered that what I did in the afternoon had to be done over again the next morning. So I decided that I would just work from nine until two-thirty and not do anything else. In the afternoons I have appointments and interviews and anything else that might come up. I have another problem in that I can only work in surroundings that are familiar and have already been warmed up with my work. I cannot write in hotels or borrowed rooms or on borrowed typewriters. This creates problems because when I travel I can’t work. Of course, you’re always trying to find a pretext to work less. That’s why the conditions you impose on yourself are more difficult all the time. You hope for inspiration whatever the circumstances. That’s a word the romantics exploited a lot. My Marxist comrades have a lot of difficulty accepting the word, but whatever you call it, I’m convinced that there is a special state of mind in which you can write with great ease and things just flow. All the pretexts—such as the one where you can only write at home—disappear. That moment and that state of mind seem to come when you have found the right theme and the right ways of treating it. And it has to be something you really like, too, because there is no worse job than doing something you don’t like.

One of the most difficult things is the first paragraph. I have spent many months on a first paragraph, and once I get it, the rest just comes out very easily. In the first paragraph you solve most of the problems with your book. The theme is defined, the style, the tone. At least in my case, the first paragraph is a kind of sample of what the rest of the book is going to be. That’s why writing a book of short stories is much more difficult than writing a novel. Every time you write a short story, you have to begin all over again.”

Gabriel Garcia Marquez

domingo, 14 de agosto de 2011

Um conselho de escritor para escritor / From one writer to another


Ernest Hemingway


One of the vital things for a writer who’s writing a book, which is a lengthy project and is going to take about a year, is how to keep the momentum going. It is the same with a young person writing an essay. They have got to write four or five or six pages. But when you are writing it for a year, you go away and you have to come back. I never come back to a blank page; I always finish about halfway through. To be confronted with a blank page is not very nice. But Hemingway, a great American writer, taught me the finest trick when you are doing a long book, which is, he simply said in his own words, “When you are going good, stop writing.” And that means that if everything’s going well and you know exactly where the end of the chapter’s going to go and you know just what the people are going to do, you don’t go on writing and writing until you come to the end of it, because when you do, then you say, well, where am I going to go next? And you get up and you walk away and you don’t want to come back because you don’t know where you want to go. But if you stop when you are going good, as Hemingway said… then you know what you are going to say next. You make yourself stop, put your pencil down and everything, and you walk away. And you can’t wait to get back because you know what you want to say next and that’s lovely and you have to try and do that. Every time, every day all the way through the year. If you stop when you are stuck, then you are in trouble!

Roald Dahl

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O que escrevo é para mim!

 cannot write to anyone outside myself—if I tried, it would be a horrible story, flat and lifeless. I write to myself. That’s the only person I’m trying to please.

Shannon Hale

sexta-feira, 1 de julho de 2011

"É mais fácil ter sexo do que escrever sobre ele"

Recomendo este divertido texto de Mike Fingers, publicado no "blogue para ovelhas negras" do JL, Três Pastorinhos.  Aviso os mais susceptíveis que a linguagem é atrevida.

Aqui ficam alguns excertos para criar o ambiente :) :

"Elias apenas queria aprender a escrever sobre sexo, que como se sabe é coisa sobre a qual a maior parte dos escritores preferem ficar calados..."

"Elias não queria ser escritor, escritores há muitos e a maioria passa fome..."


"Elias era um hedonista de ambições mundanas e toda a sua ambição literária se limitava ao sexo. Esse era o seu leitmotiv, a sua divisa, a sua luta. Sexo. Desde que lera "Amor em tempos de cólera", Elias ficara obcecado com a personagem de Florentino Ariza, que escrevia cartas de amor a soldo e com isso se tornara um Casanova melancólico.

Elias queria ser uma espécie de Florentino Ariza da internet, um predador romântico, cujo domínio do poder sexual das palavras lhe permitisse seduzir mulheres sensíveis as palavras impregnadas daquele cheirinho contagiante a feromonas..."

Leia AQUI as aventuras literário-sexuais de Elias.

E se não leu Amor em Tempos de Cólera, do Nobel da Literatura Gabriel Garcia Marquez, digo que é um "must" literário. Lindo. Com pouco sexo mas lindo. :)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O princípio para os principiantes / The Beginner’s Beginning



“Nobody tells this to people who are beginners, I wish someone told me. All of us who do creative work, we get into it because we have good taste. But there is this gap. For the first couple years you make stuff, it’s just not that good. It’s trying to be good, it has potential, but it’s not. But your taste, the thing that got you into the game, is still killer. And your taste is why your work disappoints you. A lot of people never get past this phase, they quit. Most people I know who do interesting, creative work went through years of this. We know our work doesn’t have this special thing that we want it to have. We all go through this. And if you are just starting out or you are still in this phase, you gotta know its normal and the most important thing you can do is do a lot of work. Put yourself on a deadline so that every week you will finish one story. It is only by going through a volume of work that you will close that gap, and your work will be as good as your ambitions. And I took longer to figure out how to do this than anyone I’ve ever met. It’s gonna take awhile. It’s normal to take awhile. You’ve just gotta fight your way through.”

Ira Glass
 
 
Via Fashion Copious

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A escrita enquanto acto religioso / Writing is a religious act




Writing is a religious act: it is an ordering, a reforming, a relearning and reloving of people and the world as they are and as they might be.



People read it: react to it as to a person, a philosophy, a religion, a flower: they like it, or do not. It helps them, or it does not. It feels to intensify living: you give more, probe, ask, look, learn and shape this: you get more monsters, answers, color and form, knowledge.
 
The Unabridged Journals of Sylvia Plath

segunda-feira, 18 de abril de 2011

"Blogs e redes sociais são aliados dos escritores. Porém…"


Na revista e muito ampliada área de livros do site do jornal inglês “The Guardian”, a escritora de romances históricos Sara Sheridan passa uma reprimenda severa (em inglês, acesso gratuito) em todos os colegas que resistem a ter uma presença ativa em blogs e redes sociais. “Me entristece ver esses escritores – comunicadores profissionais – ficarem distantes de um meio que clama por suas habilidades e que é, comprovadamente, a melhor forma de comunicação com os leitores”, escreve ela.

Sheridan tem uma dose de razão, claro, mas acredito que os recalcitrantes também tenham. Deixando de lado fatores prováveis como ranzinzice e acomodação, é razoável supor que grande parte deles sinta medo de, caindo feito Alice nessa toca de coelho, para usar uma imagem de Margaret Atwood, acabar sem tempo ou cabeça para escrever algo além de posts e tweets.

Escritores talvez sejam enquadráveis, tecnicamente, na categoria de comunicadores, e sem dúvida sempre houve os que se notabilizaram mais pelo talento promocional do que pela qualidade do texto. Isso não muda o fato de que escrever requer uma medida de recolhimento, de silêncio mental, sem a qual é impossível distinguir o que é a própria voz e o que é a gritaria do mundo.

Quem não escreve talvez ache que isso é uma bobagem romântica, um resquício da velha torre de marfim. Com a razoável experiência de quem escrevinha diariamente em blogs, para não mencionar o Twitter e o Facebook, garanto que não é. Acredito que a maioria dos escritores, mesmo sem chegar a tais extremos, compreenda a motivação de Jean Cocteau, que certa vez declarou: “Não passo os olhos num jornal há vinte anos. Se introduzem um no aposento, saio correndo. Isso não é porque eu seja indiferente, mas porque não é possível seguir todos os caminhos”.

Vinda de um sujeito que seguiu uma penca de caminhos – foi poeta, dramaturgo, romancista, cineasta, desenhista e empresário de boxe – a frase de Cocteau merece reflexão. Hoje, seguir todos os caminhos é considerado não só possível, mas indispensável. E o pior é que talvez seja mesmo. Escreva-se com um barulho desses.

Texto de Sérgio Rodrigues para a revista Veja publicado em 15 de Abril de 2011. (O destaque a negrito é meu).










segunda-feira, 11 de abril de 2011

"Como escrevem os escritores?" por João Ventura

Mais uma ilustração do genial Fernando Vicente.



Como escrevem os escritores? Por que territórios da escrita se aventuram para deixar visíveis os rastos no papel? E a que instrumentos recorrem para gravar a consternação do mundo?
 
Primeiro, há a página em branco que é a praia onde se derrama a escrita. E que pode ser, também, a figura atrás da qual se escondem os rostos dos escritores. Muitos escrevem na banal folha A4 espécie de praia comum e sem surpresas, pronta a ser apagada pela subida da maré, que é como quem diz, a ser jogada no cesto dos papéis sempre que a corrente da escrita segue um curso diferente daquele que o escritor procura.
 
Mas a praia, qualquer praia de papel, nunca é virgem, a areia da página já foi percorrida de uma ou outra maneira e a sua geografia condiciona a inscrição da escrita. A lápis, com caneta de tinta permanente, com esferográfica ou, mecanicamente, utilizando a máquina de escrever, ou a tecnologia do computador, o suporte da escrita condiciona a sua inscrição.
 
Heidegger desconfiava da técnica, da máquina de escrever: «A máquina de escrever arranca a escrita ao domínio essencial da mão, ou seja, da palavra». Outros evocam a máquina de escrever como instrumento de escrita a contra-relógio. «Veio-me à memória um [filme] onde um escritor que não tinha dinheiro encontrava o lugar ideal para escrever, a sala de dactilografia da cave biblioteca da Universidade de Austin. Ali, em filas ordenadas, havia uma dúzia de velhas Remington ou Underwood que se alugavam por dez centavos a meia hora. O escritor metia a moeda, o relógio começava o seu tiquetaque enlouquecido, e o escritor punha-se a escrever como um selvagem para acabar o seu conto antes que o tempo se esgotasse» (in Doutor Pasavento, Enrique Vila-Matas). Nesse tempo havia ainda alguma intimidade entre os escritores e as máquinas de escrever, que até tinham nomes de gente: Remington, Olivetti ou de deuses, como Hermes, o deus das mensagens. Eram nomeáveis e fiáveis, à medida do nosso desejo. Delas, disse Clarice Lispector que «O ruído baixo do teclado acompanha directamente a solidão de quem escreve». Talvez por isso, Álvaro Mutis continue, ainda, a escrever na mesma Smith Corona onde inventou Maqrol.
 
Hoje, os computadores, que têm nomes metálicos, baniram as máquinas de escrever, instaurando uma modalidade de escrita sujeita a margens, barras, menus, ferramentas, conexões, links… que tolhem errância na praia deserta da página, deixando-nos mais sós. Ou talvez não. Para Bragança de Miranda, o seu computador «é uma selva de heterónimos, um drama em máquinas», por isso, estima-o como se fosse a «última máquina». Mas se é verdade que por culpa do computador as máquinas de escrever já quase desapareceram, as ferramentas que são uma espécie de extensão da mão – o lápis e a caneta – resistem, deixando os seus rastos em qualquer folha de papel.
 
Como Hermann Hesse que escrevia nas costas de folhas de calendário, em facturas, em provas tipográficas, anúncios, sem fazer esboços ou correcções. Ou Novalis que em folhas limpas desenhava belas iniciais como se pretendesse imitar as iluminuras medievais, aventurando-se num romance fragmentário. Ou Hemingway e Bruce Chatwin que escreviam em cadernos moleskine. Ou Robert Walser que escreveu a lápis 526 «microgramas» em folhas separadas: envelopes, margens das folhas dos jornais, formulários oficiais, etc., autênticos labirintos de escrita que levaram vinte anos a ser decifrados e foram recentemente editados em duas mil páginas com o título Território do lápis (para quando a sua edição em Portugal?). Ou Robert Musil cujo fogo da escrita só verdadeiramente incendiava o papel no momento da correcção das provas tipográficas. Ou Jack Kerouac que, num ritmo alucinante alimentado a café e ao som do jazz improvisado, como se fosse um Proust «só que mais rápido», como ele gostava de afirmar, dactilografou Pela Estrada Fora num parágrafo único, sem pontuação num rolo de trinta e seis metros de comprimento que o próprio manufacturou juntando 13 folhas de papel com três metros de comprimento cada uma, coladas com fita-cola e recortadas depois para que pudessem entrar na máquina. «Um único e magnífico parágrafo, de vários quarteirões, rodando, como a estrada em si», disse Allen Ginsberg. Ou Alexander Kluge que escreve, primeiro, num caderno escolar e só depois trancreve para o computador onde redistribui capítulos. Ou António Lobo Antunes que continua a escrever em folhas de prescrição médica do hospital Miguel Bombarda. Ou, numa situação extrema, Vila-Matas que numa viagem de avião, tendo esquecido o diário em casa, transformou o saco higiénico da Ibéria num rascunho de ideias destinadas a uma crónica espasmódica.
 
Eis como sempre se escreveram os livros, sujeitos às várias modalidades de deambulação pelos territórios do papel, por geografias secretas cujo itinerário o escritor persegue e onde grava com ferramentas pessoais a memória do mundo.
 
 
Bonito texto escrito por João Ventura em O leitor sem qualidades.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Confessa-te no que escreves II / Reveal yourself in what you write II




“ Write books only if you are going to say in them the things you would never dare confide to anyone. ”





Confessa-te no que escreves I / Reveal yourself in what you write I

s.id.



The most important things are the hardest things to say. They are the things you get ashamed of, because words diminish them - words shrink things that seemed limitless when they were in your head to no more than living size when they’re brought out. But it’s more than that, isn’t it? The most important things lie too close to wherever your secret heart is buried, like landmarks to a treasure your enemies would love to steal away. And you may make revelations that cost you dearly only to have people look at you in a funny way, not understanding what you’ve said at all, or why you thought it was so important that you almost cried while you were saying it. That’s the worst, I think. When the secret stays locked within not for want of a teller, but for want of an understanding ear.

Stephen King, On Writing

Como já disse, adoro este livro!


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

As boas vindas ao FMI!

O Sr. bp63 de A Sombra das Imagens escreve com humor e acutilância. Há muito tempo que gosto de ler o que escreve...já nos conhecemos virtualmente de outras paragens. Aqui vos apresento um excerto de um texto seu: 

"A mãe compôs-lhe o laço, não havia meio de ficar direito, parecia que estava vivo o apêndice têxtil, com personalidade própria, teimava sempre em descair para o lado esquerdo; depois, ajeitou-lhe o cabelo, mas o sucesso também não foi o melhor – raios parta a gadelha do rapaz, não há quem lhe acadime isto, é a ruindade a eriçá-lo, sai ao pai que tem cá uma feitio que não se pode –, só mesmo uma boa dose de gel lhe permitiu assentar o desconcerto capilar e obter, assim, de risco ao meio e com a cabeleira pegada à cabeça, um ar angelical de menino bem comportado. No fim, colocou a criança em frente ao espelho e sentiu-se orgulhosa: como estava lindo o seu menino!

Já estava a fechar a porta da rua quando a mãe reparou que a bandeirinha colorida, anteriormente entregue ao seu petiz, ficara esquecida, talvez caída, em casa. No meio de umas vociferações – andas sempre com a cabeça no ar, só prestas atenção no que te interessa -, e depois de ter dado umas boas sapatadas para refrescar memórias infantis que teimavam em sucumbir ao primeiro momento, voltou a casa para recolher o distinto objecto. Felizmente que, quando chegaram à paragem do autocarro, o 45 ainda não tinha passado, caso contrário chegavam atrasados ao aeroporto".

Continue a ler AQUI.



domingo, 9 de janeiro de 2011

Elizabeth Gilbert sobre como alimentar a criatividade artística / Elizabeth Gilbert on nurturing creativity

Uma vez que estou a ler com prazer


Quis saber mais e descobri este fascinante discurso da escritora, Elizabeth Gilbert, sobre como alimentar a criatividade artística. Questões que se aplicam não apenas à escrita como à música e à dança.





"Elizabeth Gilbert medita sobre as coisas impossíveis que esperamos dos artistas e dos génios - e partilha a ideia radical de que, em vez de uma pessoa rara "ser" um génio, todos nós "temos" um génio. É uma apresentação divertida, pessoal e surpreendentemente tocante".

Fonte: TED

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

10 conselhos para escrever melhor

Jonathan Wolstenholme


Para escrever melhor:


1.Use uma linguagem positiva: em vez de “habitualmente não chegava à hora”, diga “habitualmente chegava tarde”; em lugar de “não recordou” diga “esqueceu” – e isso porque, consciente ou inconscientemente, o leitor prefere que se diga o que é a o que não é.

2.Seja concreto: “Sobreveio um período de tempo desfavorável” constitui uma vagueza. “Choveu diariamente uma semana” seria a boa fórmula.

3.Abrevie o mais que puder: escrever “atos de natureza hostil” é alongar de dois centímetros “atos hostis”.

4.Não qualifique: sempre que não se tratar de estabelecer uma opinião, a qualificação prévia é desnecessária. Dizer que é “interessante” o fato que se vai narrar, é pichar o leitor de inimaginativo.

5.Não use adornos: o estilo não é um molho para temperar uma salada; o estilo deve estar na própria salada.

6.Coloque-se atrás do que escreve: escreva de tal forma que a atenção do leitor seja despertada sobretudo pelo sentido e pela substância do que está dito, e não pelo temperamento e pelos modismos do autor. O primeiro conselho a dar ao escritor que começa seria, pois: para chegar a um estilo, comece por não ter nenhum.

7.Use substantivos e verbos: evite o mais possível adjetivos e advérbios. Não há adjetivo no mundo que possa estimular um substantivo exangue ou inadequado; isto sem subestimar adjetivos e advérbios, quando corretamente empregados. Mas a verdade é que são os nomes e os verbos que dão sal e cor ao estilo.

8.Não superescreva (significando aqui, don’t overwrite): a prosa excessivamente rica, adornada ou gorda torna-se mais facilmente nauseante.

9.Não exagere e seja claro: primeiramente, porque o exagero pode tornar o leitor suspicaz; e a clareza, é lógico, facilita a comunicação. Mais vale recomeçar uma frase longa com que se está brigando, que persistir na briga. Freqüentemente uma frase longa nada mais é que duas curtas.

10.Não opine sem razão: ter por hábito ventilar opiniões próprias é prejulgar que o leitor as esteja pedindo, o que constitui um sinal de vaidade.

(William Strunk citado por Vinicius de Moraes na coletânea de crónicas Para Viver Um Grande Amor)



Fonte: Escrever.net
Via Livros e afins

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Porque escreve um escritor? Why does the writer write?



Três citações que sublinham a necessidade de vencer a solidão, a procura de reconhecimento, a busca de um espírito introspectivo em alcançar a comunicação com o Outro.


"A writer writes not because he is educated but because he is driven by the need to communicate. Behind the need to communicate is the need to share. Behind the need to share is the need to be understood. The writer wants to be understood much more than he wants to be respected or praised or even loved. And that perhaps, is what makes him different from others".



Leo Rosten


"I only wish that when I write, the other person, a kindred spirit, would rejoice at what I rejoice at, would be angry at what angers me, or would cry with the same tears with which I cry. I don’t know the need to say something to the whole world, but I know the pain of solitary pleasure, crying, suffering".

Leo Tolstoy, em carta a um amigo (1857)
 
 
 
"I had the lonely child’s habit of making up stories and holding conversations with imaginary persons, and I think from the very start my literary ambitions were mixed up with the feeling of being isolated and undervalued. I knew that I had a facility with words and a power of facing unpleasant facts, and I felt that this created a sort of private world in which I could get my own back for my failure in everyday life".

George Orwell, Why I Write

sábado, 28 de agosto de 2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O escritor é um optimista




"Anybody who writes a book is an optimist. First of all, they think they’re going to finish it. Second, they think somebody’s going to publish it. Third, they think somebody’s going to read it. Fourth, they think somebody’s going to like it. How optimistic is that?"

Margaret Atwood

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Cinco citações de Rui Zink sobre a escrita



1. Os escritores não podem cair na armadilha de dizer o que acham que o leitor quer ouvir – isso é tarefa de político.



2. “Qual o sentido do dito ‘ler é escrever, escrever é ler’?” A leitura é um prolongamento, por letras, de um acto que fazemos desde o nascimento até à morte: ler o mundo, ler os sinais, unir os pontos no desenho, não para atingir o desenho que o autor imaginou, mas um outro, sempre um outro.
 
3. A escrita é íntima, a publicação não. Se acho que uma pessoa tem talento para cantar, aconselho-a tentar gravar um disco, pois é simpático partilhar. Além de que, publicando e tendo eco (aplausos, bombons, dinheiro), a pessoa tem incentivo para trabalhar mais e crescer.



4. Tal como eu não posso pintar a cor verde com tinta vermelha, também não posso imaginar sem ser a partir da pessoa que sou e fui. O que somos é a matéria-prima a utilizar, mas obviamente que é apenas o trampolim, não o salto. E todos nós já lemos livros em que tivemos a percepção de que o escritor não fazia ideia do que estava a falar e nos soaram a falso, não é?



5. Um autor é livre de escrever sobre o que quiser com o seu tempo livre. E uma pessoa não escreve sobre o que quer, escreve sobre o que pode. Há assuntos sobre os quais eu gostava de versejar, mas sinto/sei que não consigo. Felizmente, com sorte, aparece sempre alguém que o faz melhor.



Retiradas da entrevista do escritor à revista brasileira Samizdat, em Outubro de 2008.

Agradeço a João Miguel Alves (no Facebook) a informação. :)

LinkWithin

Blog Widget by LinkWithin